domingo, abril 9


Muito brevemente. Verdade e mentira, pavor e ilusão. Todo o Ser quer e procura a verdadeira essência da felicidade, nada mais pode confrontar o homem senão a busca eterna pela felicidade. Se hoje falamos do eterno retorno ou do ciclo hermenêutico é porque nunca deparamos a essência monstruosa da nossa função. Se para Platão a filosofia é a busca da felicidade, então é porque tem razão, na medida em que ao questionarmos todo o pormenor criativo com que nos deparamos podemos é certo entrar no mundo das verdades e, fugirmos do tal circulo a que a maioria das almas (Ser) está condenado.
Se no mito de Sísifo o pesadelo da pedra no cimo da montanha for concluído então é porque queremos mesmo saber a verdade e entrar na revelação que nos vai libertar do eterno retorno.
Se no filme de Igmar Bergman -Sonata de Outono, as duas e principais personagens “lutam” por uma verdade, que apesar de tudo nunca foi construída neste tal começo de luta, o passado é confrontado com o futuro/presente (nenhuma delas pensou que voltaria a entrar em confronto directo por uma causa tão nobre como a felicidade). Se a mãe (Ingrid Bergman) tinha a sua felicidade no mundo da música, já a filha (Eva) procurava a felicidade numa mãe ausente.
Se hoje andamos confusos, cegos, ou até mesmo se somos desordeiros de um pensamento intacto, então é porque e acredito que seja o melhor caminho para a felicidade que não vai aparecer hoje, mas quem sabe, um dia. Hoje andamos aos circulos, amanha em linha recta.

sexta-feira, abril 7

Um Conto para adultos

Houve em tempos grandiosos um homem que se achava inteligente, mas que na realidade era muito mais inteligente do que ele proprio se achava. Na verdade a vida dele foi feita sempre dentro de um percurso um pouco tradicional mas sempre com uma grande veia progressista. O tal percurso foi maravilhoso porque na realidade ele só deu valor a toda esta riqueza humana e experimental quando de vez em quando olhava para trás e reparava no valente sentido que a vida nos pode dar.
Entretanto com o passar do tempo o seu património cultural, cientifico e humano começou a ter muita e pesada influencia num pequeno país chamado Lvzity, porque todas as pessoas começaram a ter um medo submisso a uma pessoa que simplesmente era genial mas cuja capacidade intelectual aterrorizava o mundo em seu redor. Começando ele a aperceber-se dessa manipulação horrível e tornou-se escravo de uma maneira muito própria, que era o medo do mundo.
Para ele todas as pessoas podiam ser ladras, ele pensava constantemente que os simpáticos queriam roubar a sua inteligência e por exemplo, que os, desordeiros estavam com muita inveja do seu saber e que deveriam ser aniquilados de repente. O império durava à mais de 2 décadas, tinha já um mundo controlado onde os seus empregados o olhavam de uma maneira virtuosa.
Nada o conseguia parar a não ser o amor que tinha em olhar para um belo de um sorriso honesto, até que um dia ele se apercebeu que as pessoas não o amavam pelo que ele era mas sim pela inteligência. A inteligência não lhe dizia nada porque ele achava que se devia aproveitar os dons que Deus lhe tinha dado, então era como se de um serviço público se, trata-se. Com tanto pensar descobriu que o mundo todo era uma fraude e com tanta raiva ficou, que escreveu um livro intitulado :”O Saber que nunca alcança o Ser”. Com este livro ganhou prémios e muitos mais prémios, o que, o deixavam enfurecido, porque mais uma vez era a sua inteligência que ganhara e não ele.
O livro era uma critica pura e dura a toda a forma de ciência e modelos teóricos criados com um intuito puramente de enclausurar o ser numa plataforma fácil e desonesta.
Para tentar remediar esta revelação ontológica, ele parte para uma reestruturação da sua mente. Foi então que descobriu o que poderia significar a morte e, com isto o tempo que ele não teria para compor o seu reino. Partiu o mais rápido possível para a descoberta da sua verdadeira razão de existir. Conheceu mestres, discípulos diferentes, mas não chegou a conclusão nenhuma porque toda a verdade não era diferente de todas as verdades que já possuía. Enlouqueceu, porque deixou de usar a inteligencia para usar a humildade humana e o coração atestado de pura inteligência.