terça-feira, dezembro 2

III Workshop de Formação Prática - Certificação em Método PROJECT@ - 17 Janeiro 2009‏

O curso realizar-se-á no Sábado, DIA 17 DE JANEIRO DE 2009, entre as 15h e as 19h30.
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O Plano de Formação pretende realizar Acções de Formação para vários sectores de actividade, num quadro genérico de aplicação da Filosofia a temas/problemas do mundo contemporâneo.
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Assim, o público-alvo do curso é o mais diverso, desde professores, educadores, consultores, pais e encarregados de educação, gestores, técnicos, licenciados em Filosofia à procura do 1º emprego e todos os profissionais com funções profissionais que exijam competências de comunicação, orientação e aconselhamento.
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Tema: «Certificação em Método PROJECT@ - Consultoria Filosófica»
Programa:
1. Introdução ao Método.
2. Competências e Técnicas.
3. Consulta filosófica - Supervisão.
4. Conclusões e Avaliação.
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Inscrições:
Preço: € 35,00 - Estudantes: € 30,00 (inclui material de trabalho).
Reserva: € 5,00 (pago até 1 semana antes).
Pagamento no dia do Workshop: € 35,00 + € 5,00.
Tel: 289301356
Local:FAUST – Instituto de Língua e Cultura
Rua do Forte Novo, 758125 Quarteira - Portugal
Mais Informações

domingo, novembro 30

WORKSHOP Filosofia para Crianças, Criatividade & Meia Dúzia de Chapéus às Cores‏

Formadora: Joana Sousa – Certificação em Six Thinking Hats® de Edward de Bono
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Público-alvo: professores, educadores de infância, profissionais da educação, pais… Todos os interessados em conhecer e dominar técnicas que visem desenvolver a capacidade cognitiva da criança, bem como as competências dos pensamentos crítico, criativo…
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Data de realização: 13 de Dezembro de 2008 Duração: 6 horas
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Valor: 50€ + IVA (Inclui todo o material de trabalho e Coffe Break) <--
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No final do Workshop será entregue a cada um dos participantes um Certificado de Frequência emitido pelo Centro Immensus Saberes.
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Módulos de trabalho:
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I – Introdução à Filosofia para Crianças
II – Metodologias possíveis em Filosofia para Crianças
III – A Proposta Educativa de Edward de Bono
IV – Tony Buzan e os mapas mentais para crianças
V – Aplicabilidade das técnicas no processo ensino-aprendizagem
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Inscrições e informações através dos seguintes contactos:
Tlm: 969371927 Tlf: 219174529 E-mail: info@immensus-saberes.pt

+inf: O Blog da Joanita

quarta-feira, novembro 26

Bernardo Sassetti em Angra do Heroísmo


No "A União" de hoje - A FELICIDADE

O conformismo é uma forma de optimismo, da mesma maneira que melancolia é uma depressão “saudável”.
Uma pessoa optimista acredita na melhoria de determinada acção, um conformista para além de acreditar, não a revela. Um melancólico é um depressivo não medicado. Ambas estas situações têm como fundamento a felicidade. Não existe nenhum padrão de felicidade, por isso é que se torna tão subjectivo falar de tal coisa. O que pode ser felicidade para a Vânia, pode não o ser para a Joana.
O Filósofo Leibniz, por exemplo, defendia que o Homem é regido por um ser superior (Deus) e que a inteligência (razão) teria a capacidade de dominar todos os instintos maniqueístas do homem, dizia ele, que mesmo havendo desgraças nas acções humanas ou de fenómenos naturais, estas deveriam ser encaradas sempre como “o melhor dos mundos possíveis”. Então ficaríamos com o seguinte: - Tive um acidente grave… mas podia ter morrido. Este tipo de pensamento é válido em diversas situações, porém, não acredito que seja uma boa definição de felicidade, isto porque, o “melhor dos mundos possíveis” só é valido para crentes. Quem não é crente não pode relacionar as acções boas ou más como o melhor dos mundos possíveis.
Se dermos uma pequena vista de olhos na amazon, reparamos que os livros de auto-ajuda, onde a felicidade está subentendida, são os que mais vendem, isto porque descobriu-se que a felicidade é rentável, é um tema urgente, que ultrapassará os limites da lógica. O optimista acredita que será feliz, um pessimista só o é, porque é realista, ora, quais os argumentos para tornar alguém feliz? Epicuro dizia que temos de conseguir controlar as emoções, ou seja, entrar em estado de ataraxia – ausência de perturbações. Como conseguimos ausentar-nos de inquietações, sem ignorar os tempos modernos? Dinheiro, guerras, fome etc… conseguir, conseguimos, para isso basta seguirmos a nossa virtude, o nosso desprendimento com o material, e seguir a via da verdade, da nossa verdade, e essa verdade tem um nome, Felicidade, o que é afinal a felicidade? Não sei o que é a felicidade, mas sei que há pessoas felizes.

domingo, novembro 23

quarta-feira, novembro 19

A minha crónica de hoje no "A União" - “A escola é a retrete cultural do opressor”

Os professores são uns desgraçados, sempre foram. A profissão nunca teve uma autonomia digna das suas funções. O ensino universitário, aquele que devia servir de alavanca para a inovação, perde todos os anos financiamentos importantíssimos, isto porque, passaram de estruturas académicas sólidas do conhecimento, a estruturas polivalentes do ensino secundário. O problema dos professores é o mesmo problema do estado, desorientação total. Os professores sabem disso, e estas manifestações são prova disso. Os professores sempre foram o verdadeiro exército particular do estado. O estado ordena e os Docentes obedecem. Estas são as regras que ditam o “negócio” da educação. Os recrutas - os alunos, são meros cabaços que se limitam a uma prestação de serviços que ignorantemente desconhecem, e aqueles cuja consciência é rara, ou são domesticados à força ou estudam numa privada. Os motins acentuam-se porque esta epifania global que iluminou os docentes, veio fortalecer a ideia de que não há ensino em Portugal. Ensinar é um conceito abstracto que poucos conseguem decifrar, tanto ex ministros da educação como do ensino superior fizeram o que conseguiram para manter o seu exército ignóbil o mais ordenado possível, mas os Socialistas tinham razão, a liberdade adquirida no 25 de Abril é a liberdade dos portugueses, ou seja, dos professores também, e eles sabem muito bem que são livres de se manifestar, mas não de reformar a instituição feita por eles e não pelo estado.
Amanha celebra-se o dia Mundial da Filosofia. Esta data decretada pela UNESCO em 2005 veio relembrar ao mundo que o Homem deve agir de forma ética e integral, num mundo globalizado e multicultural. A única formação capaz de criar um espírito critico e criativo é banalizada e massacrada no ensino porque a sua “utilização” pode criar ainda mais destabilização à velha e arcaica instituição, o estado.
O estado chama projecto nacional a mega obras públicas, os portugueses também… a educação e cultura, que são o pilar de uma civilização, têm que ser vistas como um projecto nacional, e aí, os professores pecam, porque são um projecto nacional mas desconhecem essa realidade, logo, não reivindicam o que é seu por direito.
Será a procura dessa realidade um problema exclusivo da filosofia? A realidade é a verdade, esta é a nossa verdade, infelizmente já não se ensina a pensar.

quarta-feira, novembro 12

A minha crónica de hoje no "A União" - Convencer faz bem!

A populaça gosta de ser convencida, é genético. No teatro político, ganha quem convencer melhor, nos empregos mantém-se quem conseguir convencer da forma mais genuína, no desporto a ideia é convencer os adeptos. Já imaginaram se o desporto não tivesse adeptos? Será que valia a pena fazer desporto, claro que valia, mas não teríamos aquele mediatismo típico dos desportos, nunca devemos esquecer o caso de Pequim 2008.
Em todas as campanhas políticas existem matrizes que se devem seguir para alcançar a atenção do eleitorado. Um beijinho ali, um miminho nas criancinhas e um sorrisinho que conquista qualquer pessoa. Porém, este fenómeno eleitoral é típico e característico. O certo, é que continua a convencer.
Convencer é uma arte milenar. A retórica, no verdadeiro sentido, apresenta-se como – o convencer para o “bem comum”, ao contrário dos sofistas, que convencem com o imperativo do “bem próprio”.
Parece que todo este jogo (visto por uma perspectiva Vieirinha) é um horror cheio de manipulações e interesses oportunistas e uma incansável luta por uma posição anti-altruísta. Contudo, sempre fomos assim, de uma maneira mais inocente, mas sempre mantendo a nossa posição individual.
Ao nascermos, choramos para convencer os mais velhos. São estes mecanismos que nos conduzem à evolução. Progredimos porque nos deixamos convencer, e regredimos porque gostamos de ser convencidos. O mais interessante é que detestamos pessoas convencidas. Não suportamos fundamentalistas porque estes não se deixam convencer, aliás, já estão convencidos com o seu conhecimento, daí não se deixarem entranhar num outro modelo epistemológico.
Não existe nenhum paradigma nisto, o mundo não está pior ou melhor do que há 2000 anos, Jesus Cristo, por exemplo, fazia os milagres, para quê? Para convencer, a nossa lista poderia ser infindável mas o que se torna interessante é que as técnicas evoluem, e são essas que nos interessam, isto porque, quanto mais e melhores foram as técnicas mais nós evoluímos e mais felizes nos tornamos, porquê? Porque é genético e nós gostamos.

quinta-feira, outubro 30

Inovação na Gestão, empatia na construção.

Coaching é um método de gestão “sempre em alerta”, cuja função consiste em proporcionar a todos os colaboradores de uma – organização um desempenho notável de crescimento emocional e profissional. Conseguir responder a todos os desafios da malha organizacional é fazer parte de uma tarefa com contornos que rondam o social e pessoal, é neste comprometimento profissional que o coaching realça a mais-valia do relançamento intuitivo, emotivo do indivíduo. UPPER HUMAN solidifica-se num mercado onde a ética empresarial é uma sombra e onde os valores sensíveis do humano são descredibilizados , porém, a afirmação de uma disposição nobre onde existe a subscrição absolutamente necessária do conhecimento e da vontade emotiva cheia de objectivos autênticos renascem para dar forma ao HOMEM AUTÊNTICO.Nascida em Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, este projecto liderado por Gustavo Couto, um emergente gestor nas relações contemporâneas, provoca um calafrio na atitude de liderança e consegue provar que a teoria e prática existem como fundamento sapiente de uma necessidade intemporal da economia e da gestão. A necessidade de um portal de investigação e de divulgação está a caminho. Passem pela UPPER HUMAN... AQUI com uma nova dimensão para breve mas com capacidade de intervenção para já.

segunda-feira, outubro 6

Herbie e o 5 de Outubro

O dia 5 de Outubro de 2008 ficou marcado para a maioria dos portugueses por duas coisas; O discurso do Presidente da República e a estreia dos Gato Fedorento. Para a minoria dos Portugueses, o dia 5 de Outubro ficou marcado pelo belíssimo concerto do Herbie Hancock, que encerrou o X AngraJazz, e é precisamente pela minoria que me vou debruçar.
Herbie ganhou (2008) o grammy de álbum do ano e melhor álbum de jazz contemporâneo pelo álbum River: The Joni Letters, a humildade com que se apresentou em cena fazia prever uma interessante noite de jazz com um vestígio de funk. Porém concordo muito com a ideia apresentada no filme – 24 h party people de Michael Winterbottom, de que “o jazz é uma merda, porque divertem-se mais os músicos em palco que os espectadores”. Um dos motivos do sucesso de Herbie passa pela inovação criativa e pela variação musical com que se apresenta sempre em cada actuação, o que refuta a tese apresentada em cima.
O musico de Chicago veio até Angra do Heroísmo com um sexteto e pronto a entranhar e devastar toda uma sala esgotada do Centro de Congressos. De inicio, o modo afável com que abordou o público agradecendo a todos a presença, e onde o humor primou por ser a tempo inteiro e não o típico – Olá Portugal com sotaque estranho, evoluiu para uma sonoridade decadente e quase nihilista, porém a progressividade sonora e o espiritualismo artístico e contemporâneo elevaram o auditório a um estado de transe raro onde diversos momentos geniais fizeram o publico aplaudir verdadeiramente e honestamente o momento de puro prazer musical. Herbie apresentou o último álbum, e deu-nos o prazer de um encore muito divertido. As imagens estarão disponíveis muito brevemente.

sexta-feira, outubro 3

World Philosophy Day 2008

From 20-11-2008 to 21-11-2008 (Global Event - Palermo, Italy)
The international event for Philosophy Day will take place in Palermo, Italy, on 20 and 21 November 2008. Philosophers, students, journalists, academics, diplomats and other friends of philosophy will discuss in Palermo “Power and Rights” The topic has been chosen to contribute to debates on the occasion of the 60th anniversary of the Universal Declaration of Human Rights.

Melhor é Possível - Filme de campanha PSD

O pequeno filme faz parte de um elemento de propaganda eleitoral que o Partido Social Democrata dos Açores apresentou recentemente. A animação é simples e tenta promover a acusação de uma realidade açoriana, se bem que a crise é geral. A ideia de uma animação chamou-me a atenção e merece destaque. Tentar captar um novo eleitorado através da criatividade é positivo, mas será que resulta? Isto porque a narrativa não foi propriamente direccionada para os mais novos, faltou um outro elemento que conseguisse ter a mesma valorização que a animação teve. Mas a ideia está lá.

quinta-feira, setembro 25

Porno Diesel - 11 de Outubro de 2008

Este anuncio publicitário revela-se crucial para activar o espírito critico da populaça. Do ponto de vista artistico ou criativo; o pequeno anuncio não vulgariza, mas também não pasma a alma. É simplesmente arrojado e isso basta para dar que falar, enfim... a ideia é essa não é?!

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quinta-feira, setembro 18

Bibliografia - Contributos, Filosofia da Mente, Corpo - Mente.

CURADO, M, Luz misteriosa. A consciência no mundo físico, Vila Nova de Famalicão, Quasi Edições 2007
E. Swedendorg, Regnum Animale, 1744.
H. Bergson, A Evolução Criadora, Edições 70, Lisboa, 2001
K. Jaegwon, Mind in a Physical World, MIT Press, 2000.
K. Nordström e J. Ridderstrale, Capitalismo Karaoke, Editor Público, 2006
Lutjen – Drecoll / Rohen, Atlas da Anatomia: Os Sistemas Funcionais do Corpo Humano, Editora Manole, 2002
P. S. Churchland, Brain-Wise Studies in Neurophilosophy, MIT Press, 2002.
REY, G, Contemporary Philosophy of Mind, Blackwell Publishers Inc., 1997
Santo Agostinho, Confissões, Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa, 2000

Recursos Multimédia:

http://books.google.com/
Newsweek, edição online de 26 de Janeiro de 2004
http://en.wikipedia.org/wiki/Emergence
http://www.lehigh.edu/~mhb0/emergence.html
http://www.rmki.kfki.hu/biofiz/cneuro/tutorials/como/comoall/

sexta-feira, setembro 12

The Love Guru - A ignorância é rentável

“The Love Guru” apresenta-se como uma sarcástica e irónica homenagem aos valores espirituais e não religiosos da actual sociedade ocidental. Ainda sem data de estreia marcada para Portugal, o filme remete-nos para uma sociedade básica a nível de pensamento e ingénua nas causas do amor e da relação. O argumento é inteligente e atinge a subtileza, comparado com o estilo de filme que é, a narrativa é típica de filmes desta natureza (grandes produtoras = grandes lucros logo grandes clichés) mas a leveza com que o filme expressa o “espiritualismo” e o “comercio” do mesmo é certamente perspicaz e merece algum destaque.
Mike Myers apresenta-se menos exposto à caracterização que lhe é característica em filmes como "Austin Power – GoldMember", porém este alcança um bom nivel na performance musical, "The love guru" é um filme obrigatório para toda a populaça e culturas.
Circulou uma petição lançada pela comunidade Hindu americana onde se sentiu ofendida pela imagem que o filme transmitia do Hinduísmo, depois de ver o filme não achei o filme delinquente nem tampouco a roçar a ofensa religiosa. O filme é sim, um sábio e irónico “ataque” em que até Gil Vicente se iria identificar.
O Oriente está na moda, as pessoas procuram palavras que tenham o efeito aspirina C, ou seja, que resolvam os seus problemas, querem conforto, e toda a espiritualidade oriental dá o que procuram. A crítica como sempre, deu nota negativa ao filme, mas... vejam!

quarta-feira, setembro 10

O Ateísmo ciêntifico emergente - Monsenhor Ângelo Alves

A Fundação Voz Portucalense acabou de editar 500 exemplares de uma belíssima obra filosófica, onde reúne um conjunto de textos publicados por Monsenhor Ângelo Alves no jornal Voz Portucalense. O sub titulo é Evolução Natural ou Criação Divina? O prefácio é de D. Manuel Clemente.
A compilação revela sem preconceitos toda a ideia e polémica criacionista que assola a nova tendência cientifica e filosófica.
M. Ângelo Alves apresenta uma imparcialidade relevante e contesta o espírito livre do pensamento Humano. O que me fascinou também, foi o facto de que existem pensadores que fogem da "seita" dos analíticos. É interessante mas ao mesmo tempo assustador saber que a "Internet" é dominada por poucos analíticos, mas são bastante aguerridos no seu pensamento. É possível adquirir o livro nas Editoras religiosas de cada Diocese (Jornal da Beira - Viseu p.e) ou então por mail vp@voz-portucalense.pt
M. Ângelo Alves é professor Jubilado da Faculdade de Teologia do Porto - Universidade Católica. Doutor em Filosofia pela Universidade Gregoriana de Roma, é autor entre outras obras, dos livros - O sistema Filosófico de Leonardo Coimbra (1962) e - Leonardo Coimbra, Filósofo da Liberdade e do Amor Infinito (2003)

terça-feira, setembro 9

Alan Ball regressa com True Blood



Client: HBO Agency: Digital Kitchen Concept: Rama Allen, Shawn Fedorchuck Executive Creative Director: Paul Mattheaus CD/Designer: Matthew Mulder Designer/Compositor: Ryan Gagnier Designer: Rama Allen, Camm Rowland, Ryan Rothermel Director: Rama Allen, Morgan Henry, Matthew Mulder, Matt Clark, Trevor Fife Executive Producer: Mark Bashore Producer: Morgan Henry, Kipp Christiansen

A Liberdade de Existir (2/2)

Uma outra tese apresentada por diversos autores é a da Superveniência. Como já foi referido atrás, o Homem existe como – Ser num mundo físico.[1] Existe um Dualismo, que faz com que o Corpo propriamente dito se apresente num nível básico da física, e os fenómenos mentais, como a consciência etc. emergem num nível superior da física.
A Superveniência apresenta-nos uma teoria em que os fenómenos de nível superior emergem dos de nível básico.
O relacionamento de propriedades provoca um estímulo irredutível, ou seja, a relação entre o físico e o não físico é inegável, porque existe uma ligação (Epifenomenismo).
Jaegwon Kim reivindica as propriedades que emergem do físico como o Fisicalismo da Superveniência. O grande paradigma dos Fisicalistas é não conceber um lugar para a mente e que esta não seja propriedade da mesma. Contudo, Kim vai mais longe e consegue de forma refinada expor a questão primordial do mundo físico. De onde vem o Físico? O mundo tal como o conhecemos é um conjunto de “nadas” que se juntam para formar propriedades de matérias agregadas em partes. A congregação física (Fisicalismo) é por si só uma Superveniência das próprias substâncias.[2] Como já vimos, estes níveis básicos da física (massa, forma, tamanho, electricidade etc.) mas àquilo que chamamos se sistemas complexos (organismos biológicos) parecem à primeira vista não – físicos, porque não são investigados ou estudados pelas ciências físicas. De acordo com isto os sistemas mentais (juízo, sentimentos, emoções…) são propriedades relacionadas à existência não - física.
Se a substância X emerge da Y então X apresenta-se como Y x 2? A Superveniência indica (supera) a independência, ou a maioridade atingida pelas propriedades mentais junto das físicas, ou seja, existe uma independência entre as propriedades “básicas” das “superiores”. A física fica de “fora” dos eventos mentais.
Kim devora todo este conceptualismo fisicalista porque analisa o fenómeno Humano na categoria da demonstração. Isto quer dizer que quando olhamos por exemplo para uma escultura, apesar de pedra o efeito trabalhado cria a emoção de ser belo ou não, eis a Superveniência resumida.
Epifenomenismo, Superveniência e Emergentismo possuem o mesmo grau de identificação. São na prática a mesma coisa, cujo papel é refutar de certa forma o radicalismo do fisicalismo reducionista. O Emergentismo foca a relação entre as partes, é precisamente nessa mesma união que surge a matéria sensível. Esta relação só pode ser solidificada perante várias possibilidades, como a necessidade de existir uma condição e uma espécie de conjuntura. Depois desta abordagem sistémica a dinâmica “emerge” dando a possibilidade aos “nadas” de se conseguirem articular para fomentar a capacidade de se tornarem propriedades novas.
Estas redes independentes podem ser vistas como um formigueiro. Onde a escala de cada habitat é visto como propriedades dos sistemas biológicos ou seja, emergentistas. A ideia trabalhada pelos actuais “emergentistas” é quase toda ela computacional e onde envolve questões sobre a Inteligência Artificial e da Computação.
Considere uma mesa de cozinha. Uma mesa parece ser uma entidade de seu próprio direito - grande, com uma forma particular, sólida, capaz de suportar objectos menores, e assim por diante».
Mas nós supomos também que esta é feita de moléculas, e, por sua vez, átomos, e, numa volta mais adicional, várias partículas sub-atomicas. Talvez a única realidade física é o swarm dos quarks, neutrões, e electrões que compõem a tabela, e todas as outras propriedades, do sólido, não dão forma, e assim por diante, não são mais do que manifestações das interacções entre aquelas partículas. [3]
É na computação de sistemas de informação complexos que o emergentismo se desloca para a contemporaneidade. Se na Superveniência os sistemas ditos complexos são de foro social e cognitivo, e onde o ente é analisado num ambiente do próprio sistema naturalista, o emergentismo tem o mesmo efeito mas em matérias e redes de produtos de propriedades novas e mecânicas ou artificiais. Porque o Futuro passa por tudo aquilo que esteja fora de uma manualidade. Assim, a nova ferramenta tem o nome de mente (criatividade).
Contudo, a definição mais proclamada sobre o emergentismo é a de uma visão da natureza estratigráfica, por camadas e essas camadas são dispostas em termos de complexidade de forma crescente.
[1] Referimo-nos a teses de Brian McLaughlin, Karen Bennett e Lloyd Morgan.
[2] K. Jaegwon, Mind in a Physical World, MIT Press, 2000.
[3] M. H. Bickhard e D. T. Campbell, Emergence in http://www.lehigh.edu/~mhb0/emergence.html. Todas as traduções apresentadas são da minha autoria.

sábado, setembro 6

Paulo Pedroso na AR

O Ex- Porta voz do Partido Socialista, Paulo Pedroso, vai regressar já esta Segunda - Feira (dia 8 de Setembro de 2008) à Assembleia da Républica. O mais inquietante é que este senhor é acusado, ou foi acusado, de práticas sexuais com menores, menores estes, da Casa Pia de Lisboa. O que choca mais nesta situação, é o facto deste senhor ter mesmo cara de rabeta. Agora, o
o estado vai ser obrigado a indemnizar este senhor que se portou mal. É claro que vai ser o contribuinte a pagar. Esta história é tipica e começa já a entrar no cliché, senão vejamos. O governo é socialista, o pederasta é socialista, logo (as premissas estão quase certas) o estado paga, mas paga, não porque é justo, mas porque fica tudo em casa. Todos sabemos da desacreditação dos órgãos estatais, aliás, é fácil desvirtuar toda a constituição, basta saber bem o código penal. A lei é feita para estar acima do homem e nunca o contrário. Existiram actos graves de abusos a menores, haviam culpados, onde estão eles? Melhor ainda, e quem vai indemnizar as crianças? Não terão as crianças razões naturais e verdadeiros para se sentirem também elas lesadas pelo estado? Onde se encontra o Estado para proteger e reservar o acompanhamento da dignidade humana? Pois bem... O pederasta Pedroso acha que com o dinheiro é definitivamente compensado por todas estas “injurias”, em quanto? 650 mil euros por prisão ilegal? As crianças não pedem nada e sabem porquê? Porque sabem que não existe dinheiro que pague a dignidade humana.

Logradouro e uns tantos Amigos - CONVITE

Um grupo de amigos estudantes da Faculdade de Belas Artes em Lisboa organizam uma exposição de alguns dos seus trabalhos. Pintura, fotografia, escultura etc... A inauguração é dia 11 de Setembro às 22 horas (ver destaques).

sexta-feira, setembro 5

Cinema Brasileiro

O cinema brasileiro é desmedidamente rico. Para além de ter um corpo cultural deveras rico, a industrial brasileira desde o inicio do século XX mantém latente o talento natural da representação com a indústria audiovisual. O Brasil é um pólo de desenvolvimento experimental em todas as áreas, porém, tal como na Europa, os governos não desenvolvem as capacidades de incentivos para a criação artística. A solução passa pelos privados, onde a estratégia comercial passa por difundir produtos e meios no cinema. “Desde 2002 o investimento da Petrobras em projectos culturais aumentou 190% e passou de R$ 90 milhões para R$ 261 milhões. Em 2005 foram R$ 235 milhões.” Mesmo assim, a Lei do Audiovisual brasileira, tem feito um grande esforço na construção de infra-estruturas nas zonas mais recônditas do imenso Brasil.
Inicialmente, os italianos emigrantes, foram responsáveis por aquilo que conhecemos do cinema brasileiro, foram os impulsionadores, (mais do que os portugueses) é esta influência que ainda se mantém em diversas áreas (Telenovelas, publicidade etc…) os vizinhos americanos do norte, não se esqueceram do nicho brasileiro e grandes produtoras de Hollywood estão atentas a projectos válidos, se bem, que a ideia existente entre as artes independentes e “comerciais” trazem alguma desconsideração no que se produz. O canal Globo, que muitos portugueses conhecem através das novelas, é um belo exemplo da aposta cinematográfica. Como ambos os governos estão mais interessados em manter as relações económicas, e onde mesmo assim, Portugal não consegue impor-se, será que algum dia conseguiu? Resta-nos aceder ao cinema brasileiro através do download, e é aqui que temos acesso a importantes obras da ficção brasileira. Menciono por exemplo este e este e deixo aqui a ligação do mininova. Relativamente à industria musical brasileira, deixo isso a cargo de Henrique Amaro da Antena 3.

Ligações: 1_2

Brazilian Cinema - Randal Johnson, Robert Stam (books Google)

quinta-feira, setembro 4

Um mail pela Bemposta

Sejamos persistente na defesa do património nacional. A Ponte Romana situada na Bemposta precisa de uma emergente atenção. A necessidade de pressionar as entidades "competentes" tem que ser rápida. por isso enviemos um mail ao Director do IPPAR de Castelo Branco para que este leve a sério o caso da Bemposta. Basta um mail com o assunto: "Pela Ponte Romana da Bemposta".
drcb.ippar@ippar.pt (Director Arqtº José da Conceição Afonso)
NO DIA 22 DE AGOSTO DE 2008, DEU ENTRADA O PROCESSO nº 576382 NO INSTITUTO PORTUGUÊS DO PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO DIRECÇÃO REGIONAL DE CASTELO BRANCO, O PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO DA PONTE ROMANA DE BEMPOSTA, FOI ENTREGUE A SEGUINTE DOCUMENTAÇÃO:

- MEMÓRIA DESCRITIVA, FICHA DE INVENTÁRIO,
- LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO,
- LEVANTAMENTO ARQUITECTÓNICO,
- DADOS CARTOGRÁFICOS,
- ORIGEM, ENQUADRAMENTO,
- DESCRIÇÃO E PORMENORES IMPORTANTES,
- ESTADO DE CONSERVAÇÃO,
- BIBLIOGRAFIA,
- CARACTERIZAÇÃO ARQUITECTÓNICA.

O PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO PODE LEVAR ANOS, MAS FICA A ESPERANÇA DE A VER RESTAURADA UM DIA EM QUE AS ENTIDADES LOCAIS, REGIONAIS E NACIONAIS, PERCEBEM QUE SE TRATA DE UM IMPORTANTE MONUMENTO NACIONAL.

SEMPRE EM ACTUALIZAÇÃO, VISUALIZAÇÃO DO DOCUMENTO EM WWW.GENS-ISIBRAIEGA.BLOGSPOT.COM



P´ELO PATRIMÓNIO DE BEMPOSTA

DANIEL LOPES

A voz da Irmã Glenda

Tenho medo das pessoas que são atraentes vocalmente. A atracção não tem que ser necessariamente visual ou estética, a voz por exemplo é um excelente meio de atracção. Tenho uma sensação quase inata de que as pessoas são tão bonitas (esteticamente) como a sua voz, porém engano-me sempre. Quando era mais novo, admirava muito a voz da Irmã Glenda, não pela sua mensagem musical ou espiritual porque não percebia muito de espanhol, mas aquela voz era impressionante e acalmava-me o espírito. Certo dia tive a oportunidade de -A ver ao vivo em Toronto. Como qualquer jovem acabado de sair da puberdade, aquela seria uma oportunidade de ver um “ídolo” ao vivo, é claro que estava nervoso, porque não saberia como aguentar a pressão de estar junto à mulher mais bonita do mundo, não que eu já a tivesse visto, não havia youtube, mas porque eu tinha criado uma imagem muito própria da sua beleza. Imaginava-a com uns belos cabelos ruivos e uma altura que me obrigava a olhar bem cá de baixo. As suas mãos seriam delicadas e o seu estilo seria o mais alternativo possível.
A história apresenta a voz como um feitiço capaz dos maiores feitos, sejam eles positivos ou negativos, no caso de Ulisses o canto das sereias tinha um poder de atracção (tentação), na liturgia a voz é a alma da oração. Pois bem, que se pode fazer quando se está encantado?
Tinha já planeado uma vida feliz a dois. Eu e a Glenda. Estava a chegar ao Exhibition Place quando vejo um grupo de jovens de diversas nacionalidades a rirem desalmadamente, ao passar junto a eles, o meu amigo Agostinho avisa-me que estava ali a Irmã Glenda. Por momentos, na minha ingénua imagem mental, julgava estar certo e perguntei-lhe se era a que estava com a viola às costas e que usava um belo aparelho com as cores do Peru. Mas não, a minha musa inspiradora, aquela que me acalmara durante anos o espírito inquieto era uma simples e modesta freira. Baixa, cheiinha, cabelos pretos e muito branca. A minha alma ficou parva. Voltara de novo para a condição humana. Como foi triste descobrir que a voz é única e solitária, e só a alma acompanha o que a voz alcança. Tive medo e fugi, não sei se do espanto pretensioso se da voz da Irmã Glenda. A voz pode ser ouvida mas não vista, aqui.

sexta-feira, agosto 22

A Liberdade de Existir (1/2)

Em 2005 os principais meios de comunicação europeus expunham uma verdadeira tragédia portuguesa. Mais mediático que a queda da ponte de Entre – os – Rios (2001), eram os incêndios que faziam o medo e o terror de milhares de pessoas.
Um verão escaldante percorria sem piedade matas, pinhais, florestas, casas e tudo que fosse inflamável. Nada fazia prever que aquele verão de 2005 fosse o início de uma revolta institucional e pública. Os homens portugueses pouco habituados a grandes alaridos naturais repararam o quão pequenos são perante a grandiosidade da Mãe Natureza. Portugal no ano de 2005 ficou com uma área ardida no valor de 91.627 ha. [1]
Passados três anos novas casas se implementaram, espaços verdejantes, e onde parecia impossível, seres vivos emergiam prontos a reclamar um habitat.
O que aconteceu verdadeiramente é a associação de um fenómeno grandioso e que deve ser levado muito a sério. Na Filosofia da Mente existem as chamadas teses emergentistas (que emergem), como por exemplo a Superveniência, o Epifenomenismo e claro está, o Emergentismo.
O Epifenomenismo afirma-se como uma solução primeira para o Fisicalismo onde as substâncias mentais conseguem emergir em propriedades físicas, isto porque os fenómenos mentais são diferentes dos físicos, existe uma causa – efeito (causalidade) entre o físico e o mental. O fenómeno mental não pode alterar nem causar um outro efeito físico. Estes fenómenos acompanham o corpo (físico), mas que não o influenciam, portanto é algo secundário. Por exemplo: Quando assistimos ao Rally de Portugal, ouvimos os carros ao longe a aproximarem-se, o fenómeno (corpo) é o funcionamento dos carros e o “roncar” é um fenómeno secundário que decorre da actividade do próprio veículo. O barulho não afecta o veículo, mas sim o contrario. O ruído é o Epifenomenismo do processo mecânico do automóvel (Fisicalismo).
[1] Estatísticas do Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas.

sexta-feira, agosto 15

Fast Relief: Man-made Machines



Client: Himani Fast Relief Agency: Ambience Publicis Creative Director/Copywriter: Ashish Khazanchi Creative Director/Art Director: Prasanna Sankhe Art Director: Prashant Godbole, Akash Das Agency Producer: Hozefa Alibhai Director: Ram Madhvani Production Company: Equinox Films Line Producer: Manoj Shroff Director of Photography: Kartik Vijay Production Designer: Sahrudananda Sahoo, Anna Ipe VFX: Khvafar Vakharia Editor: Anshuman Gokel Music: Vishal & Shekhar

quinta-feira, agosto 14

Recensão ao “Elogio ao Amor” de Miguel Esteves Cardoso

Para MEC o verdadeiro amor já não existe, acabou. As pessoas que se afirmam independentes estranham a própria dependência da independência. Esta antagónica relação é o refúgio dos “tempos modernos”, porque as pessoas usam o “amor” para alcançar um fim, que para MEC é a conveniência – “Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido.”.
Estas palavras são relevantes porque levantam várias questões pragmáticas. Mas porque razão é que o amor tem que ser sofredor? É claro que não temos que ser todos como a Penélope, mas a verdade diz - que o amor é a própria felicidade. Se assim é, porque havemos de sofrer? Se temos um(a) colega ao nosso lado que até simpatiza com a nossa personalidade e até tem um sorriso cativante, isso terá que ser -um inicio de qualquer coisa, amor? Paixão? Conveniência?
MEC usa o – amor em tudo. Amor para ali, amor para acolá enfim… por mais estranho que pareça faz parte da substância humana querer entranhar o – Outro (nem sempre no sentido literal).
É perceptível a mensagem transmitida pelo autor, a dimensão do texto é cativante emocionalmente, o dramatismo é actual… consegue-se identificar o recado que MEC nos propõe. “O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.”. Entre ser estóico e epicurista os românticos preferem descobrir a pessoa certa experimentando, daí o romantismo experimental.
“O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima.” -Precisamente. Daí que os casais contemporâneos sejam assim, pessoas que procurem mais e melhor. Socializar, socializar, socializar… eis o novo mote dos contemporâneos. Agora não se dão flores, partilham-se músicas e vídeos no youtube. O hi5 e o skype são os verdadeiros pontos de encontro. É lá que tudo acontece. É claro que (a)os colegas do emprego, ou até do voluntariado, são importantes e completamente necessárias para fomentar um amor, isto para quem não tem internet, claro!
“A vida dura a vida inteira, o amor não.” Claro que o amor dura a vida toda, por isso é que se chama amor. O amor é incorruptível, a vida também… a pessoa não. Que se lixe o amor, há lá gajas ou não?

Podem ler o Elogio ao amor no blog da Ana, AQUI

Fogo

terça-feira, agosto 12

Àgua - Denver Water






Client: Denver Water
Agency: Sukle Advertising & Design
Creative Director: Mike Sukle
Art Director: Andy Dutlinger, Jeff Euteneuer
Copywriter: Jim Glynn -Photographer: Brian Mark

segunda-feira, agosto 11

sábado, agosto 9

10 Exercícios Zen, para se sobreviver ao Ocidente (3/10)

Ao sair de casa ter sempre em mente uma coisa: - Existe mais mundo. Ter a ideia de humildade só favorece o crescimento e amadurecimento intelectual de nós mesmos. Se somos realizadores, pintores, arquitectos, escritores, jornalistas, designs etc etc, temos que pensar que existem pessoas mais avançadas na técnica (teckné), daí o respeito ao Mestre (professor), se o Mestre não é o maior e o melhor, todo o conceito de escola fica degradado, porque são essas pessoas que nos motivam a crescer na arte e na individualidade. Para perceber se Portugal é ou não um país potencialmente pouco desenvolvido basta olhar para os produtos que vendemos. A publicidade é sem dúvida um reflexo da nossa menoridade, isto porque somos aquilo que consumimos. Não quero com isto incentivar ao consumismo, mas existem coisas que nos marcam e que nos podem tornar pessoas melhores. Nunca vimos na televisão este anúncio porquê?
Nesta altura já deve estar no emprego, ou seja, é um funcionário de uma empresa qualquer, para ser feliz no trabalho um funcionário é a pessoa que funciona, e quando não funciona é porque é um perfeito idiota. Mesmo assim, não desanime, nunca se esqueça, só trabalha porque não tem mais nada para fazer (Oscar Wilde).

quarta-feira, agosto 6

A Identidade Transcende a Física

Logo quando nascemos é-nos dado um nome. Chegando à adolescência é-nos atribuído um número. Já ao entrar na vida adulta é-nos dado mais números (Carta de condução, NIF etc.) Só depois de morrer é que voltamos outra vez a ser um nome, isto no nosso epitáfio. Esta “Identidade” é a característica mais preciosa do mundo em que vivemos. Sem esta “Identidade” fazíamos parte integral do mundo físico. A Consciência e a Mente do Homem encontram-se a um nível superior do Fisicalismo “básico”.
O Monismo diz-nos que Mente e Corpo estão unidos na mesma substância. O Dualismo afirma que a Mente e Corpo estão separados. Segue-se o Vitalismo que apresenta uma solução interessante, onde declara que a diferença está nas propriedades animadas e inanimadas. Esta posição afirma também que nas propriedades animadas existe uma força de “nível superior” que move-se num “impulso vital” longe de um sistema físico onde os movimentos e acções do corpo são ocorrências físicas ou mecânicas, é como se vivêssemos todos num sistema mecânico. [1]
O problema da identidade não é próprio da filosofia contemporânea, é, antes, um tema que acompanha toda a história da filosofia. O que faz com que um sujeito seja um sujeito? Que indivíduo é este que eu sou? Em que circunstâncias é que uma pessoa, existindo num determinado tempo, é idêntica a outra pessoa (a mesma pessoa) existindo num outro determinado tempo? O que entendemos por pessoa? Como é que a pessoa persiste ao longo do tempo? O que faz de mim uma pessoa, o meu corpo, o meu cérebro ou os meus estados mentais? Estes são exemplos de questões relacionadas com a identidade pessoal.
Identidade não é algo de físico, mas será que apresenta-se como algo metafísico com contornos que influenciam o espaço, o físico? Conseguimos entender que este eterno laço “afectivo” é dualista, mas ao contrário da mutabilidade das propriedades físicas, a identidade permanece fiel a si mesma. Renegociar esta aparente forma de permanecer no mundo vai tornar seguras as teorias emergentistas.
Foi Severino Boécio, no século V, a usar o conceito persona para se referir à identidade do ser humano, define pessoa como uma substância individual de natureza racional: «Persona est naturae rationalis indivudua substancia». Santo Agostinho identifica a pessoa com o eu. E questiona: «Quem sou eu, meu Deus? Que natureza sou eu?[2]
Já na época moderna, Descartes cinde o homem em duas substâncias, a corporal, extensa e a mental, e atribui a esta última a “essência” da pessoa. Na contemporaneidade, a experiência hipotética de “brain-state transference” tenta averiguar o que aconteceria se, se conseguisse descarregar todo o conteúdo mental, incluindo o carácter, valores e memórias e depois imaginemos que por meios de alta tecnologia conseguíssemos trocar os conteúdos mentais de um indivíduo para outro. Desta forma, os conteúdos mentais de um indivíduo passariam para um outro corpo. A questão que se coloca é a seguinte: será que o critério para definir o que é a identidade é os conteúdos mentais ou o corpo? Será que a pessoa num novo corpo é a mesma que a pessoa que tinha antes um corpo diferente? Ou o corpo é inextricável da noção de identidade?
[1] H. Bergson, A Evolução Criadora, Edições 70, Lisboa, 2001
[2] Santo Agostinho, Confissões, Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa, 2000

domingo, agosto 3

10 Exercícios Zen, para se sobreviver ao Ocidente (2/10)

Depois de se vestir, veja se ainda tem tempo para o pequeno-almoço, se tiver, aproveite e saboreie algo de natural e biológico, uma maça ou uma banana são excelentes caloríficos, se for viciado em café, então beba – beba bastante. Se por acaso toma algum anti-depressivo não se preocupe, continue a tomar, as farmacêuticas agradecem, e os médicos que os prescrevem acabaram de ganhar uma viagem às Bermudas, não se chateie com os lobbies, não vale a pena, porque são eles o motor de toda a indústria anti-depressiva, acredite, quanto mais pensa nisso mais dinheiro eles ganham. Se por acaso não toma nenhum medicamento é porque ainda não acordou para a vida, porque quando acordar, vai ver que faz sentido toda esta história.
Ao sair de casa, habitue-se a deixar a cama feita, nunca se sabe como vai acabar o dia. Se tiver roupa para lavar, não vá a uma lavandaria, é preferível pedir a uma vizinha. Como? Como sabemos, a taxa de natalidade no mundo Ocidental está muito baixa, e isso, trás consequência muito más. Os idosos aumentam, e com isto, o isolamento. Um dos passos mais importantes para se viver em comunidade é conhecer a própria comunidade, por isso, procure nas suas redondezas alguém que viva com algumas dificuldades ou que se sinta inútil, assim peça-lhe educadamente para lhe cuidar da roupa suja. Este processo é importante, porque está a integrar inconscientemente uma pessoa na sua comunidade, e consegue dar dinheiro a quem não tem e ainda poupa algum, acredite.

sábado, agosto 2

10 Exercícios Zen, para se sobreviver ao Ocidente (1/10)

Nunca acordar encostado a uma parede. A cama tem que estar sempre posicionada de maneira a ter as partes laterais livres. Se é uma pessoa que tem problemas em acordar, experimente na noite anterior beber uma caneca de chá verde morno, vai ver que de logo pela manha o que mais quer é uma casa de banho, assim, fica resolvido o problema do acordar. Mal esteja de pé, vá direito(a) à janela ou varanda, e se as pessoas que passam olharem muito admiradas para si, não se preocupe, é porque está nua. Entretanto ligue o pc, e coloque esta música, vai ver que fica mais bem disposto(a), enquanto a ouve sabe que tem 3 minutos e dezoito segundos para se vestir…

sexta-feira, agosto 1

Minta muito brevemente

Caríssimos
Está próximo...
Ao ouvirmos MINTA pela primeira vez tornamos-nos saudosistas de uma sonoridade clássica das song singers... Por isso aqui vai... Minta ao vosso dispor.

http://www.virb.com/minta

Surgiu o Cuil

O Cuil é novo motor de busca da cena net. Depois de ter analisado e comparado certas características entre o Cuil (cuja pronuncia se assemelha a cool) e a Google , achei por bem deixar aqui um pequeno texto de divulgação ao Cuil. Para além do grafismo ser totalmente diferente da google (p.ex: index preto e a escolha entre duas colunas ou três na apresentação dos resultados), a organização informativa é quase perfeita, educativa mas muito bem seleccionada. Não foi um espanto, porque ao contrário de outros motores de busca, que graficamente são maioritariamente iguais, o Cuil ganha porque é inovador na programação e design. Não podemos esquecer que os fundadores da Cuil são antigos engenheiros da Google e isso talvez faça toda a diferença.

Porquê ler Marx hoje?

A tradução é de Joana Frazão e de Francisco Frazão. Editado pela Edições Cotovia em 2003 e autorizado pela Oxford University Press.
O Autor, Jonathan Wolff apresenta (2002) um interessante livro baseado nas suas lições, enquanto professor de – Ensino do Marxismo no Departamento de Filosofia no University College de Londres.
É na actualidade económica e social que se revela se o espírito Marxista está ou não morto, e casos como a TAP, em que os trabalhadores exigem melhores salários com o argumento de que os lucros “exagerados” da empresa deveriam ser repartidos com todo o corpo orgânico da empresa (empregados minoritários incluídos).
O livro é interessante para quem conhece Marx através de cafés ou comícios Comunistas, porque liberta-nos de mitos ignóbeis, basta ver por exemplo as declarações mensais do Secretário-geral do PCP na Assembleia da Republica. Como é sabido Marx dizia que não era Marxista, o que levanta sérias dúvidas sobre todo o sistema que o comunismo envolve. Poucos revelam o humanismo ou até a visão positivista que o pensamento cuidadoso de Marx tentava expor, se bem que, Marx nunca conseguiu propor um modo de organização da sociedade. A “luta”, essa sim, era uma alerta contra o perigo do capitalismo selvagem, onde a liberalização do consumo levantaria graves e sérios problemas ao mundo inteiro.
A Superveniência que irradiava dos ensinamentos propositados de Marx são ainda hoje fonte de inspiração para os mais novos e não para as classes políticas. Vejamos este paragrafo:
“Nos nossos dias tudo parece prenhe do seu contrário. A maquinaria, dotada com o poder maravilhoso de diminuir e frutificar o trabalho humano, mata-o à fome e fá-lo trabalhar em excesso. As novas fontes de riqueza, por algum estranho sortilégio, transforma-se em fontes de escassez. As vitórias da arte parecem compradas pela perda de carácter. Ao mesmo ritmo que a humanidade domina a natureza, o homem parece tornar-se escravo de outros homens ou da sua própria infâmia. Até a luz pura da ciência parece incapaz de brilhar excepto contra o fundo escuro da ignorância”. (M. 368)
Porquê ler Marx Hoje? é um verdadeiro manual e uma iniciação à vida pensamento de C. Marx, porém é um livro de filosofia onde aborda certas questões que para os menos familiarizados na área pode passar despercebido, mas mesmo assim é um convite a uma “espiritualidade” intrínseca.

quinta-feira, julho 31

Leite - Das vacas com muito carinho

O leite faz bem aos ossos e aos dentes. Os produtores de leite são as vacas, contudo os empresários das mesmas, -os agricultores, vêm-se cada vez mais confusos com as cotas que os Governos apresentam e que diminuem todos os anos. O caso dos Açores é fundamental para se conseguir perceber algumas das dificuldades que estes passam. Apesar das campanhas acerca do beneficio do consumo de leite, isto não parece que estimule a "aumento" do mesmo. Porem, nos EUA a California Milk Processor Board lançou uma interessante campanha institucional. O leite faz muito bem, dizem eles, mas a forma como eles apresentam o problema e como o tentam demonstrar é um verdadeiro estimulo à criatividade e ao mundo. Podem ver o site oficial da GOT MILK? - aqui e o case study AQUI

Milagre, sorte ou probabilidade

(Amanha apresentarei um pequeno texto acerca desse tema)

Cerebrum, Emmanuel Swedenborg

De onde surge o acto de pensar? Quais as características do Ser pensante? Porque pensamos nós? Eis algumas das razões que fazem do Homem um Ser adaptado ao mundo em que vive. Desde sempre que reside no acto de pensar a construção e sobrevivência da espécie. Usamos esta ferramenta como forma de identidade e sentido hierarquizado de domínio sob outras espécies e não só. Descobrir a origem e precisão do mesmo, é dar razão à própria existência, isto porque tornamo-nos objecto reforçado dessa mesma vontade. Devassar uma verdade destas seria o mesmo da de um arqueólogo quando descobrisse o Santo Graal. Verdade total e compreensão total de uma matéria intimista, complexa mas tentadora. Quem sabe, ao descobrirmos as origens do onde e porquê do pensamento, possamos recriar uma réplica de nós mesmos, de um alter-ego. Desde muito cedo que o Ser pensante experimenta em forma de alquimia filosófica e científica tais respostas, mas a resposta mais obvia para iniciar a buscar deste Santo Graal reside no cérebro. Este pequeno órgão é o responsável por uma odisseia incrível que levou e ainda leva pensadores ao seu encontro.
Um dos encontros mais significativos teve lugar há muito tempo atrás. A vinte e nove de Março de 1688 nascia na Suécia o Homem que viria a subsidiar todo o pensamento científico, filosófico e teológico Europeu, Emmanuel Swedenborg. A sua audácia intelectual e experimental fez desenvolver áreas que até então duvidavam de saber. O seu contributo em áreas da anatomo-fisiologia, engenharias, mas principalmente nas físicas, fizeram com que ele seja considerado um herói sueco.
A sua elegância científica é comprovada em obras de grande mérito, como por exemplo Cerebrum (1738-40), que aborda as questões psicológicas e fisiológicas, vistas de um estado filosófico, são a prova da polivalência vanguardista de Swedenborg.
Por outro lado, nesta mesma época, nascia na Europa uma filosofia muito especial, ligada, por coincidência, à Razão e Consciência. Filósofos como René Descartes e Leibniz exploravam o dualismo entre a mente e o corpo. A metafísica e o empirismo renasciam de forma muito forte. Nunca se saberá se existiu algum intercâmbio intelectual entre estes senhores, mas é incrível as vontades emergentes de querer descortinar a mente.
Swedenborg era um homem muito especial que dedicava grande parte do seu tempo à investigação das ciências exactas. Nas suas investigações tinha sempre incutido uma noção muito ética, onde impunha que a Humanidade dependia de uma construção, um projecto que merecia o contributo de todos os indivíduos. Esse caminho era mais do que pura física. Existiam propriedades ou substâncias que transcendiam a física, porém é na contradição geral do mundo que a perspectiva individualista falhava. Swedenborg questionava-se sobre as desigualdades evidentes de cada pessoa. Aqui nasce uma curiosidade filosófica que vai levá-lo a um outro patamar.
O que faz pensar o Homem? Como se sente o habitante no seu habitat? Swedenborg encontrava aqui mais uma razão para continuar a fazer o que maior prazer lhe dava, investigar.
A Escola de Cirurgia e Dissecação de Paris acolheu-o durante dois anos, passava o ano do Senhor de 1736. Depois de muitos cérebros retalhados e anarquizados o contributo genial deste simpático cientista foi o seguinte: A interpretação fisiológica da glândula endócrina e o papel fundamental do córtice cerebral na função motora do nosso organismo veio revelar enumeras descrições para a diversidade e heterogenia do ser humano, como ser biológico num mundo biológico, em constante movimento, um planeta mecânico com funcionalidades “biomecânicas”. A descoberta de um cérebro como organismo vivo que expelia ou fornecia uma linfa muito especial e refinada para o corpo todo. “…a função da glândula é receber, fornecer e segregar simultaneamente os líquidos…” . O cérebro é comparado com os pulmões. Ele age como os pulmões.
[1]
O livro Cerebrum é um verdadeiro manual da medicina Moderna, onde é abordada a fisiologia da glândula pituitária e se defende que ela é responsável pela maioria das hormonas que criam o funcionamento do nosso organismo. [2] Pois bem, isto não seria novidade, porque Hipócrates (377 a.C. – 460 a.C.) já escrevera sobre o assunto. A Teoria dos Humores (bílis amarela, bílis negra, pituíta e o sangue) diz, precisamente, que estes eram originários de uma parte do cérebro que expelidos para o corpo iriam regular emocionalmente e fisicamente a própria pessoa.
Entramos numa questão muito delicada e perigosa. Poderá esta diversidade ontológica ser proveniente do próprio cérebro? E se for? Não parece que seja importante. A não ser, claro, que os actuais cientistas queiram usá-la como forma de manipulação generalizada. Swedenborg não pensava assim, aliás, também não dispunha da actual tecnologia para alcançar outros níveis de investigação. Porém, a ideia contemporânea passa por aí. Quem não ouviu falar das Neuro-éticas? Num caso destes, as neuro-ética são o emergentismo de uma ciência provavelmente perigosa. Serão as Neurociências arriscadas?
Só em 1986 é que o termo “NeuroFilosofia” foi sugerido por Patricia Smith Churchland, na simbólica obra NeuroPhilosophy.
[3]
O funcionamento humano é derivado de estímulos eléctricos e de um notável conjunto de probabilidades químicas e físicas. Esta é a realidade que Cerebrum desvela. Porém como reagirá a sociedade contemporânea a esta possibilidade?
Estas informações podem ter repercussões devastadoras, a começar pela tentação economicista que pode tornar valiosa as ciências farmacêuticas. Hoje em dia, um quilo de Viagra é mais valioso que um quilo de ouro.
[4] Já imaginaram se conseguirmos analisar todos os fenómenos biológicos e neuronais do homem e isolá-los ao ponto de criarmos um estimulante para superar a falta de… e um anabolizante para o excesso de…ficávamos definitivamente em frente à descoberta de um valente enigma Nietzchiano, o Super – Homem, isto de um ponte de vista antagónico.
A sociedade Contemporânea anda ansiosa por nichos de exploração científicos. No tempo de Swedenborg e de outros magníficos, as prioridades não seriam as que hoje procuramos, mas será que as obras posteriores a Cerebrum contêm alguma significação que possa transmitir uma visão futurista da humanidade?
Como é sabido, De ultimo judicio (1757 – 1759) aponta, tal como afirma o título, para um Juízo Final que tarda em chegar. Seria esta uma forma de visão que o próprio sabiamente ignorante não apreendeu?
[1] E. Swedendorg, Regnum Animale, 1744.
[2] Descartes, na tentativa de defesa do seu dualismo, afirma que é na glândula pituitária que reside o ponto de união entre as substâncias corporal e mental.
[3] Cfr. P. S. Churchland, Brain-Wise Studies in Neurophilosophy, MIT Press, 2002.
[4] Cfr. K. Nordström, J. Ridderstrale, Capitalismo Karaoke, Editor Público, 2006

Alegria e Tristeza

Alegria pode referir-se a:
Alegria - Sentimento.
Alegria - Município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul.
Alegría - Espetáculo do Cirque du Soleil.
Alegria - Terceiro álbum solo do cantor André Valadão.
Alegria - Bairro da cidade brasileira de Guaíba, no Rio Grande do Sul.
Alegria da Zona Sul - Escola de samba da cidade do Rio de Janeiro fundada em 28 de julho de 1992.
Alegria - 2º CD do Pr. André Valadão.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Alegria"

Mas Tristeza para além de ser um sentimento é também um bairro de Porto Alegre no Brasil

Irão: Bahman Ghobadi - 2 sugestões


quarta-feira, julho 30

O Segredo é não correr atrás das Borboletas

A ataraxia, serenidade do refugio em si mesmo. O sábio é “integro e perfeito”.
Marco Aurélio foi um Imperador romano estóico, entende-se por estóico, aquele cuja filosofia é baseada numa universalidade harmoniosa, ou seja, o mundo é formado através de um propósito (logos) onde o Homem obedece à “lei universal” (razão). Resumidamente esta ética é a consumação escatológica (final) do próprio homem.
Ora, como pode actuar o indivíduo num estado assim? Para Marco Aurélio a afirmação desta doutrina estóica, é revelada pela “natureza e razão” – O desejo e o impulso activo.
A “minha” natureza é a forma da razão que o homem reparte com os restantes homens, e a natureza “comum” é a “origem de tudo aquilo que acontece”. Para o estoicismo o que temos que fazer, como homens, é “viver de acordo com a natureza”.
Do ponto de vista pessoal, esta ética é transformadora, e benéfica emocionalmente. Podemos apresentar na relação com os outros homens uma vertente que está co – relacionada só connosco, e nunca com a natureza comum. Para vivermos felizes temos que agir segundo a lei interior da razão. Para nos tornarmos felizes temos que ser pacientes com os nossos impulsos naturais, ou será que não? Se calhar o segredo é não andar atrás de todas as borboletas que vemos.
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ligações: 1
Baraquin, N, Laffitte, J, Dicionário de Filósofos, pag; 262-263, Edições 70, Setembro 2004

terça-feira, julho 29

Art that Hates War


Criatividade não é igual a sucesso académico

Um aluno criativo não obtêm necessariamente boas médias académicas. Isto é: Iniciativa individual e originalidade não significam sucesso académico. A conclusão é de uma tese de mestrado defendida na Universidade do Minho, por Pedro Alves, estudante Terceirense de Psicologia.
No âmbito do estudo, Pedro Alves realizou vários testes a alunos da Universidade do Minho, com vista a apurar o grau de criatividade dos indivíduos em questão. Depois cruzou a informação obtida com os resultados em termos de médias académicas. “ O que verifiquei é que os alunos de Psicologia eram os que tinham piores resultados nos testes de criatividade, mas também eram os que tinham notas mais elevadas”, explica.
Este fosso entre criatividade e resultados escolares tem várias interpretações, mas a principal centra-se sobre o modelo de avaliação em vigor.
“Tudo depende do sistema de avaliação. No ensino superior, que era o caso que estava em estudo, e também um pouco por todos os estabelecimentos de ensino do pais, aposta-se em conteúdos memorizados. Mas é claro quem podem também haver cursos, como arquitectura, em que a imaginação é mais valorizada”, adianta o autor da tese de mestrado sobre “Criatividade no Sistema de Ensino”.

Criatividade Subjectiva

“A criatividade no ensino é um tema polémico, uns pensam que esta é a solução para tudo, que se devia investir em força no ensino das artes, e outros posicionam-se exactamente ao contrário. As pessoas têm tendência a colocar-se nos dois extremos”, admite Pedro Alves, que acrescenta também a noção de criatividade pode ser subjectiva.
“Existem vários estudos sobre este tema que demonstram que esta questão de criatividade até pode depender da visão do professor. Estes estudos demonstram que aquilo que para os investigadores é a capacidade de obter novas ideias, a individualidade, a originalidade ou a independência, para o professor é, regra geral, aquele aluno que se dá bem na sala de aula, que estuda e cumpre… Que está de acordo com as ideias dele”.
Pedro Alves avança uma conclusão: ”é necessário valorizar a criatividade no ensino, até porque o mercado de trabalho cada vez mais exige essa característica”.
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Um Clássico da Discover Channel - I Love the World

Abril 2008.Client: Discovery Channel Agency: 72andSunny Creative Director: Glenn Cole CD/Designer: Bryan Rowles CD/Copywriter: Jason Norcross Agency Executive Producer: Sam Baerwald Agency Producer: Angelo Ferrugia Production Company: Outsider Director: James Rouse Director of Photography: Max Goldman Producer: Jeremy Barrett Editorial Company: Mad River Post Editor: Lucas Eskin Producer (Editorial): Ann KirkVFX: MethodVFX/Online Artist: Alex Kolansinski VFX Producer: Helena Lee Music: Beacon Street Studios Composer: Brian Chapman Producer (Music): Adrea Lavezzoli Sound Design: Lime Studios Mixer: Loren Silber Telecine: Company 3 Colorist: Stefan Sonnenfeld

Economia - uma das disciplinas da Filosofia Prática

As principais teorias económicas estão falidas. Porque se não estivesses, as coisas resultariam. As universidades continuam a profetizar o absurdo. As pessoas estão cansadas da crença mas também do sarcasmo intelectual da populaça. Mas vamos por partes.
Sabemos que o indivíduo está a individualizar-se, pleonasmo necessário, o homem surge como o fundamentalista de si próprio. Sendo um bocado poeta, diria que o Homem anda a reclamar-se, diria mesmo que estamos perante a mais pura das metamorfoses, e é na economia que se consegue identificar todo este processo. Mais, se a saúde se apresenta como uma necessidade cada vez mais necessária, é porque também ela é um reflexo directo e indirecto do Homem.
Quando vivemos este cenário só temos duas soluções: parar e pensar. O Senhor Primeiro Ministro José Sócrates, deveria perceber que é no saber pensar que se liberta o homem da sua menoridade. A primeira fase deste processo evolutivo passa por ajustar todo o sistema actual, e usar o conceito democracia para fundamentar as necessidades primordiais do indivíduo.
Ter por exemplo um emprego “vitalício” numa empresa é um atentado à própria condição criativa da -pessoa como indivíduo.
As instituições que se mantêm assim, são as entidades religiosas, porque se mantêm em “comunidade”, e por toda uma filosofia prática, contudo as reformas são também feitas nestas grandes instituições, Concilium do Vaticano II é um exemplo perfeito, mas uma reforma destas que envolve as necessidades humanas, é positiva, não é necessário alterar o selo do Vaticano (o equivalente aos logótipos contemporâneos), porque esta pressa em ver e apresentar resultados é quase diabólica, basta pensar nas ditas “doenças do século XXI”, que são maioritariamente de foro neuronal, isto quero dizer o quê? Que os “trabalhadores” estão a fugir de lugares de CEO para serem eles mesmo toda a instituição, daí o individualismo. As reformas são necessárias para manter os padrões actuais do indivíduo e não da mutante instituição que se afunda nos próprios valores desactualizados. Isto prova que os valores são fundamentais, e um bom sinónimo disto é a ética empresarial. Venha mais ética.

segunda-feira, julho 28

O Amor

Devemos desconfiar do amor que nasce antes de criar raízes: o fogo incipiente apaga-se com pouca água.
(Ovídio)
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"O que é o amor senão o compreendermos e alegrarmo-nos com o facto da outra pessoa viver, agir e experienciar de forma diversa da nossa".
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"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há também sempre alguma razão na loucura".
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"Tudo o que é feito por amor tem sempre lugar entre o bem e o mal".
(Nietzsche)
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Não confundir o amor com a paixão dos primeiros momentos, que pode desaparecer. O verdadeiro carinho cresce na medida em que os dois estão mais unidos, porque partilham mais. Mas para partilhar é preciso dar. Dar é a chave do amor. Amor significa sempre entrega, dar-se ao outro. Só pelo sacrifício se conserva o amor mútuo, porque é preciso aprender a passar por alto os defeitos, a perdoar uma e outra vez, a não devolver mal por mal, a não dar importância a uma frase desagradável, etc. Por isso o amor também significa exceder-se, fazer mais do que é devido.
(J. L. Lorda)

Grátis é sinónimo de independência

Colaborar em massa é o novo sinónimo de investigação tecnológica. Don Tapscott e Anthony D. Williams no seu estudo intitulado “Wikinomics – A nova economia das multidões inteligentes” publicado pela Quidnovi , surge em consideração ao futuro da Internet, mais precisamente, ao futuro da – rede (network), porém este manual surge na previsão de um mercado global e interactivo, em que os interessados colaboram para o bem comum, na tentativa da criação de um valor que emancipa toda a criação representativa de uma democratização “subsidiária”. O open source não desenvolve limites racionais, mas sim uma retórica de adesão e expressão de criação universal. Case study como o Youtube, Fickr mas em especial a Linux provocam a promessa de inovação e de “oportunidades inimagináveis”, tudo isto é um esforço anónimo onde a vontade emergente de independência perante as grandes multinacionais é fortemente fundamentada pela identidade. Hugo Chávez mandara incentivos fortíssimos na Venezuela para que sejam produzidas tecnologias da informação únicas e competitivas, com isto, o estado arrecada milhões de euros, tal como o incentivo tecnológico se torna imprescindível para a criação de empregos e de formação cientifica. O futuro passará então para que todos os produtos sejam tenham um custo de 0 euros… É possível. Ao analisarmos por exemplo a nova campanha da Vodafone, podemos ter em conta que o mais importante é a fidelização do individuo, e para isso, adquirir um telemóvel fica a preço 0. Muito antes disto, as companhias aéreas de baixo custo (low cost) ofereciam viagens a um preço simbólico, onde o retorno monetário surgia com os extras. O futuro, como já se viu passa por este processo de negociação. O cantor Prince disponibilizou grátis, 3 milhões de copias do seu último álbum - Planet Earthe no jornal britânico Mail On Sunday, apesar de não ter ganho dinheiro (directamente) na venda do álbum, o número de actuações quase que quadruplicou.
Como será o futuro? Esta inovação é puramente dependente. Já ninguém consegue viver sem a Google, e quando falamos em mp3 vem-nos à memoria o ipod, para não falar do próprio youtube. A TVI já transmite noticias cuja fonte é o youtube, sem que tivesse que pagar direitos de autor e de transmissão a agências noticiosas.
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ligação 1 _ 2

Art Channel vs WAM tv


Art Channel (clip de apresentação) WAM tv (sitio oficial)

domingo, julho 27

ART CHANNEL - TELEVISION AS ART

"Art Channels’ global artwork is an innovative concept in visual arts: TELEVISION AS ART. For the first time in the history of art we have an artwork that consists of modular media construction of digital video works that are broadcast via orbital satellites above the huge territories of Europe, Asia and Africa, aimed at large audience.e.
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Television is the most dominant media of our time. Its development has reached unexpected proportions: television created its own reality which exists in parallel with the real world. Images created by television are convincing and expedient, its "truths" are more powerful, its capability to shape the public opinion is awesome. The consequences of its influence are universal and global (McLuhan). Television is the product of reality that generates its own, artificial, "TV reality". It operates by its own set of rules that are very different from those of the "real" reality experienced by our own senses. Those are the rules of illusions (Baudrillard). In its beginnings firmly dominated by the mechanisms of governmental control, television today, prompted by digital technology development, enters the phase in which its progress adopts many different aspects of interactive and computer technologies, thus generating ever growing semblance of freedom of creativity and content. "

Neurodynamical System Theory