domingo, novembro 30

WORKSHOP Filosofia para Crianças, Criatividade & Meia Dúzia de Chapéus às Cores‏

Formadora: Joana Sousa – Certificação em Six Thinking Hats® de Edward de Bono
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Público-alvo: professores, educadores de infância, profissionais da educação, pais… Todos os interessados em conhecer e dominar técnicas que visem desenvolver a capacidade cognitiva da criança, bem como as competências dos pensamentos crítico, criativo…
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Data de realização: 13 de Dezembro de 2008 Duração: 6 horas
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Valor: 50€ + IVA (Inclui todo o material de trabalho e Coffe Break) <--
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No final do Workshop será entregue a cada um dos participantes um Certificado de Frequência emitido pelo Centro Immensus Saberes.
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Módulos de trabalho:
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I – Introdução à Filosofia para Crianças
II – Metodologias possíveis em Filosofia para Crianças
III – A Proposta Educativa de Edward de Bono
IV – Tony Buzan e os mapas mentais para crianças
V – Aplicabilidade das técnicas no processo ensino-aprendizagem
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Inscrições e informações através dos seguintes contactos:
Tlm: 969371927 Tlf: 219174529 E-mail: info@immensus-saberes.pt

+inf: O Blog da Joanita

quarta-feira, novembro 26

Bernardo Sassetti em Angra do Heroísmo


No "A União" de hoje - A FELICIDADE

O conformismo é uma forma de optimismo, da mesma maneira que melancolia é uma depressão “saudável”.
Uma pessoa optimista acredita na melhoria de determinada acção, um conformista para além de acreditar, não a revela. Um melancólico é um depressivo não medicado. Ambas estas situações têm como fundamento a felicidade. Não existe nenhum padrão de felicidade, por isso é que se torna tão subjectivo falar de tal coisa. O que pode ser felicidade para a Vânia, pode não o ser para a Joana.
O Filósofo Leibniz, por exemplo, defendia que o Homem é regido por um ser superior (Deus) e que a inteligência (razão) teria a capacidade de dominar todos os instintos maniqueístas do homem, dizia ele, que mesmo havendo desgraças nas acções humanas ou de fenómenos naturais, estas deveriam ser encaradas sempre como “o melhor dos mundos possíveis”. Então ficaríamos com o seguinte: - Tive um acidente grave… mas podia ter morrido. Este tipo de pensamento é válido em diversas situações, porém, não acredito que seja uma boa definição de felicidade, isto porque, o “melhor dos mundos possíveis” só é valido para crentes. Quem não é crente não pode relacionar as acções boas ou más como o melhor dos mundos possíveis.
Se dermos uma pequena vista de olhos na amazon, reparamos que os livros de auto-ajuda, onde a felicidade está subentendida, são os que mais vendem, isto porque descobriu-se que a felicidade é rentável, é um tema urgente, que ultrapassará os limites da lógica. O optimista acredita que será feliz, um pessimista só o é, porque é realista, ora, quais os argumentos para tornar alguém feliz? Epicuro dizia que temos de conseguir controlar as emoções, ou seja, entrar em estado de ataraxia – ausência de perturbações. Como conseguimos ausentar-nos de inquietações, sem ignorar os tempos modernos? Dinheiro, guerras, fome etc… conseguir, conseguimos, para isso basta seguirmos a nossa virtude, o nosso desprendimento com o material, e seguir a via da verdade, da nossa verdade, e essa verdade tem um nome, Felicidade, o que é afinal a felicidade? Não sei o que é a felicidade, mas sei que há pessoas felizes.

domingo, novembro 23

quarta-feira, novembro 19

A minha crónica de hoje no "A União" - “A escola é a retrete cultural do opressor”

Os professores são uns desgraçados, sempre foram. A profissão nunca teve uma autonomia digna das suas funções. O ensino universitário, aquele que devia servir de alavanca para a inovação, perde todos os anos financiamentos importantíssimos, isto porque, passaram de estruturas académicas sólidas do conhecimento, a estruturas polivalentes do ensino secundário. O problema dos professores é o mesmo problema do estado, desorientação total. Os professores sabem disso, e estas manifestações são prova disso. Os professores sempre foram o verdadeiro exército particular do estado. O estado ordena e os Docentes obedecem. Estas são as regras que ditam o “negócio” da educação. Os recrutas - os alunos, são meros cabaços que se limitam a uma prestação de serviços que ignorantemente desconhecem, e aqueles cuja consciência é rara, ou são domesticados à força ou estudam numa privada. Os motins acentuam-se porque esta epifania global que iluminou os docentes, veio fortalecer a ideia de que não há ensino em Portugal. Ensinar é um conceito abstracto que poucos conseguem decifrar, tanto ex ministros da educação como do ensino superior fizeram o que conseguiram para manter o seu exército ignóbil o mais ordenado possível, mas os Socialistas tinham razão, a liberdade adquirida no 25 de Abril é a liberdade dos portugueses, ou seja, dos professores também, e eles sabem muito bem que são livres de se manifestar, mas não de reformar a instituição feita por eles e não pelo estado.
Amanha celebra-se o dia Mundial da Filosofia. Esta data decretada pela UNESCO em 2005 veio relembrar ao mundo que o Homem deve agir de forma ética e integral, num mundo globalizado e multicultural. A única formação capaz de criar um espírito critico e criativo é banalizada e massacrada no ensino porque a sua “utilização” pode criar ainda mais destabilização à velha e arcaica instituição, o estado.
O estado chama projecto nacional a mega obras públicas, os portugueses também… a educação e cultura, que são o pilar de uma civilização, têm que ser vistas como um projecto nacional, e aí, os professores pecam, porque são um projecto nacional mas desconhecem essa realidade, logo, não reivindicam o que é seu por direito.
Será a procura dessa realidade um problema exclusivo da filosofia? A realidade é a verdade, esta é a nossa verdade, infelizmente já não se ensina a pensar.

quarta-feira, novembro 12

A minha crónica de hoje no "A União" - Convencer faz bem!

A populaça gosta de ser convencida, é genético. No teatro político, ganha quem convencer melhor, nos empregos mantém-se quem conseguir convencer da forma mais genuína, no desporto a ideia é convencer os adeptos. Já imaginaram se o desporto não tivesse adeptos? Será que valia a pena fazer desporto, claro que valia, mas não teríamos aquele mediatismo típico dos desportos, nunca devemos esquecer o caso de Pequim 2008.
Em todas as campanhas políticas existem matrizes que se devem seguir para alcançar a atenção do eleitorado. Um beijinho ali, um miminho nas criancinhas e um sorrisinho que conquista qualquer pessoa. Porém, este fenómeno eleitoral é típico e característico. O certo, é que continua a convencer.
Convencer é uma arte milenar. A retórica, no verdadeiro sentido, apresenta-se como – o convencer para o “bem comum”, ao contrário dos sofistas, que convencem com o imperativo do “bem próprio”.
Parece que todo este jogo (visto por uma perspectiva Vieirinha) é um horror cheio de manipulações e interesses oportunistas e uma incansável luta por uma posição anti-altruísta. Contudo, sempre fomos assim, de uma maneira mais inocente, mas sempre mantendo a nossa posição individual.
Ao nascermos, choramos para convencer os mais velhos. São estes mecanismos que nos conduzem à evolução. Progredimos porque nos deixamos convencer, e regredimos porque gostamos de ser convencidos. O mais interessante é que detestamos pessoas convencidas. Não suportamos fundamentalistas porque estes não se deixam convencer, aliás, já estão convencidos com o seu conhecimento, daí não se deixarem entranhar num outro modelo epistemológico.
Não existe nenhum paradigma nisto, o mundo não está pior ou melhor do que há 2000 anos, Jesus Cristo, por exemplo, fazia os milagres, para quê? Para convencer, a nossa lista poderia ser infindável mas o que se torna interessante é que as técnicas evoluem, e são essas que nos interessam, isto porque, quanto mais e melhores foram as técnicas mais nós evoluímos e mais felizes nos tornamos, porquê? Porque é genético e nós gostamos.