sexta-feira, novembro 30

segunda-feira, novembro 26

Diferença entre filósofo e psicólogo


O filósofo tem mais de 1000 anos de história, o psicólogo também, só que não sabe.
O filósofo lê para saber e para crer. O psicólogo lê para saber.
O filósofo analisa pessoas com ideias. O psicólogo analisa ideias para comentar pessoas.
O filósofo tem a fenomenologia, ontologia, metafisica e a mente. O psicólogo tem a psicologia.
O filósofo pensa por ele próprio. O psicólogo pensa pelo outro.            
O filósofo gosta de psicologia. O psicólogo também.
O filósofo criou a psicologia. O psicólogo rói-se de inveja.

sábado, novembro 24

maldito sejas Bernardo Fachada

Estar À Espera Ou Procurar

B Fachada



Vais ficar pra mim
Vais ficar pra sempre aqui
Vais ficar eu sei
Vai ser tal qual eu sonhei
Quando vier no fim
Eu ainda vou gostar de ti
Se tu morreres então, não vou passar do ramadão
Vais ser mãe certeira
Eu vou poder até que enfim,
Ser pai a vida inteira
Ter horta e capoeira
Se tu passares eu não te vou deixar fugir de mim
Eu não te vou largar
Vou ser fiel sem me cansar.
Até consigo imaginar a tua cara o meu abraço
E agora o que é que eu faço, estar à espera ou procurar?
Até consigo imaginar a tua cara o meu abraço
E agora o que é que eu faço, estar à espera ou procurar?
Vais ser tu pra mim
Eu vou calar-me só pra ti
Deixar contigo a lei
Esquecer-me tudo aquilo que sei
Se tu passares meu bem
Será que vais notar em mim
Senão eu vou cá estar pronto para te encontrar.
Até consigo imaginar a tua cara, o meu abraço
E agora o que é que eu faço, estar à espera ou procurar?
Até consigo imaginar a tua cara o meu abraço
E agora o que é que eu faço, estar à espera ou procurar?

quarta-feira, novembro 21

Diálogo acerca dos professores de filosofia

-Os professores de filosofia são uns malucos!
--Não são nada
-Tive dois
--Eu tive 20

segunda-feira, novembro 19

Ethos, Pathos e Logos - dois exemplos de Rétorica pura e dura





ethos: carácter do orador
pathos: a palavra
logos: auditório


REMÉDIO SANTO


A D. Beatriz, senhora alentejana, 80 anos, solteira, organista numa igreja da Diocese de Beja. É admirada por todos pela sua simpatia e doçura.
Uma tarde, convidou o novo padre da igreja para ir lanchar a sua casa e ele ficou sentado no sofá, enquanto ela foi preparar um chá. Olhando para cima do órgão, o jovem padre reparou numa jarra de vidro com água e, lá dentro, boiava um preservativo.
Quando a D. Beatriz voltou com o chá e as torradas, o padre não resistiu tirar a sua curiosidade perguntando o porquê de tal decoração em cima do orgão. Ela respondeu, apontando para a jarra:
"Ah! refere-se a isto? Maravilhoso, não é? Há uns meses atrás, ia eu a passear pelo parque, quando encontrei um pacotinho no chão. As indicações diziam para colocar no órgão, manter húmido e que, assim, ficava prevenida contra todas as doenças. E sabe uma coisa? Este Inverno ainda não me constipei!"

A Fé é que nos salva... não é verdade?

Trainspotting e os tempos modernos (16 anos depois)

Decide-te pela vida.

Decide-te por um emprego.
Decide-te por uma carreira,

por ter família,
por um televisor dos grandes.
Por máquinas de lavar, carros,

CDs e abre-latas eléctricos.
Decide-te por teres saúde, colesterol
baixo e seguro dentário.
Decide-te por uma taxa fixa

de pagamento da hipoteca.
Decide-te por alojamento temporário,
decide-te a ter amigos.
Decide-te por roupas práticas

e malas a condizer.
Decide-te por fatos completos

em vários tecidos diferentes.
Decide quem és, nas manhãs de Domingo.
Decide-te por te estupidificares

vendo concursos idiotas na TV
e por enfardares só porcarias.
Decide-te a acabares a vida
apodrecendo num lar nojento,
uma vergonha para os egoístas

que geraste para te continuarem.
Decide-te por um futuro.

Decide-te pela vida.
Por que iria eu fazer tal coisa?
Decidi não me decidir pela vida,

mas por outra coisa.
 E a razão...

Não há nenhuma razão.
Quem precisa de razões,

havendo heroína?

-intro - Transpotting, Danny Boyle, 1996

sábado, novembro 17

Bibliografia - Teoria dos jogos

[1] C. Bouton, Nim, a Game with a Complete Mathematical Solution. Annals of Mathematics, pp. 35-39, 1902.
[2] E. R. Berlekamp, J. H. Conway e R. K. Guy, Winning Ways for Your
Mathematical Plays, Vol. 2. Academic Press, New York, 1984.
[3] A. A. Cournot, Recherches sur les Principes Math´ematiques de la
Th´eorie des Richesses, 1838. Traduzido por N. T. Bacon em Researches
into the Mathematical Principles of the Theory of Wealth, McMillan,
New York, 1927.
[4] J. Conway, All Games Brigth and Beautiful. The American Mathematical Monthly, pp. 417–434, 1977.
[5] J. Conway, A Gamut of Game and Theories. Mathematics Magazine,
pp. 5–12, 1978.
[6] J. Conway e R. Guy, The Book of Numbers. Springer-Verlag, New York,
1996.
[7] J. Conway, On Numbers and Games, Second Edition. A. K. Peters,
Natick, 2000.
[8] K. Etessami, Algorithmic Game Theory and Aplications. Lecture Notes,
School of Informatics, The University of Edinburgh, Scotland, UK,
2004.
[9] S. Hart, Games in Extensive and Strategic Forms. Capítulo 2 em Handbook of Game Theory, vol. 1, R. J. Aumann e S. Hart (editores), Elsevier Science Publishers, 1992.
[10] C. H. Honig, Aplica¸cões da Topologia à Análise. IMPA, CNPq, Rio de
Janeiro, 1986.62 II Bienal da Sociedade Brasileira de Matem´atica
[11] D. Knuth, Surreal Numbers. Addison Wesley, 1974.
[12] D. G. Luenberger, Linear and Nonlinear Programming, Second Edition. Addision-Wesley Publishing Company, 1989.
[13] J. F. Nash Jr., Equilibrium Points in n-person Games. Proceedings of
the National Academy of Sciences of the United States of America,
pp. 48–49, 1950.
[14] J. F. Nash Jr., Non-Cooperative Games. PhD. Thesis. Princeton University Press, 1950.
[15] J. F. Nash Jr., The Bargaining Problem. Econometrica, pp. 155–162,
1950.
[16] J. F. Nash Jr., Non-Cooperative Games. Annals of Mathematics,
pp. 286–295, 1951.
[17] J. F. Nash Jr., Two-person Cooperative Games. Econometrica, pp. 128–
140, 1953.
[18] J. von Neumann. Zur Theorie der Gesellschaftsspiele. Mathematische
Annalen, vol. 100, pp. 295-320. Traduzido por S. Bargmann: On the
Theory of Games of Stategy em Contributions to the Theory of Games,
vol. 4, pp. 13-42, A. W. Tucker e R. D. Luce (editores), Princeton
University Press, 1959.
[19] J. von Neumann e O. Morgenstern, Theory of Games and Economic
Behavior. Princeton University Press, 1944.
[20] R. Sprague, Uber Mathematische Kampfspiele. Tohoku Mathematical
Journal, pp. 438-441, 1935-1936.
[21] E. Zermelo, Uber eine Anwendung der Mengdenlehre auf die theories
des Schachspiels. Atas do Décimo Quinto Congresso Internacional de
Matemáticos, vol. 2, pp. 501–504, 1913.

The Black Keys - Lonely Boy (First Listen)

sexta-feira, novembro 16

Inovar a reforma. Um apelo a todos nós - Alain Botton em PORTUGAL

Alain de Botton esteve presente no dia 14 de Novembro, em Lisboa, numa conferência organizada pela companhia de seguros - Fidelidade Mundial. O tema que explorou - Inovar a reforma. Um apelo a todos nós - pretendeu sensibilizar, os presentes, para os efeitos ou consequências da nossa contemporaneidade.
Isto é, somos educados a viver segundo uma expectativa assente em princípios que não existiam em gerações anteriores.
Existe a ideia que somos aquilo que fazemos e isso transporta-nos para ideais únicos de auto representação, ou seja, os modelos morais alteraram-se e as nossas prioridades limitaram-se. Somos mais felizes? Somos pessoas realizadas? 
Aqui fica o belo contributo, de Maria das Dores acerca desta bela conferência:

Nos últimos 20 anos houve um declínio de “quem olha por nós” (o Estado a Igreja, etc), daí ser cada vez maior a necessidade de fazermos ajustes psicológicos que nos preparem para a reforma.
 No entanto, a sociedade não nos ensina a transferir o conhecimento de geração em geração, implicando que cada geração tem de reaprender tudo de novo, (sendo um desperdício de tempo) nomeadamente sobre o que significa “ser velho” e o significado da reforma (“wisdom” é o principal que temos de salvar para a nossa reforma).
 O problema está em que na sociedade atual (ao contrário do que sucedia até aqui) os 2 principais valores são o Trabalho e o Amor, sendo que todos queremos ser bem sucedidos nestas duas áreas. Contudo, é cada vez mais difícil sermos bem-sucedidos nestes 2 campos.
Em relação ao Trabalho isso acontece porque ele distancia-nos cada vez mais da relação com os outros e da sensação de que estamos a servir os outros, isto é, a contribuir para o seu bem estar ou alivio da dor, que são os 2 principais motivos que levam a que as pessoas se sintam recompensadas pelo que fazem em vez do dinheiro (como a maior parte das pessoas pensa “quem trabalha apenas para ganhar dinheiro é escravo”). De fato trabalhar nas grandes empresas implica que as pessoas são cada vez mais especialistas de coisas muito específicas limitando a sua visão do todo. Somos todos “experts” numa coisa muito específica e perdemos o contato uns com os outros e a tal sensação de servir o outro, que é o que nos dá satisfação!
Para além disso, as pessoas querem ter um trabalho interessante que lhes permita serem criativas, que seja tão interessante, que elas nem queiram nunca ir de férias, com “meaning”, sendo que a maior parte das pessoas não quer parar de trabalhar mesmo que tenha dinheiro que o permita fazer.
Enfim, parece que estamos destinados, ou a ter uma profissão que dê dinheiro, mas que não tenha significado ou a ter uma profissão com significado mas com a qual não conseguimos subsistir, como é o caso da filosofia, pois esta ainda não está bem aplicada à prática diária.
Em relação ao Amor, as pessoas querem “casar” com quem amam (algo impensável até aqui, em que os casamentos eram arranjados pela família, com base em classes sociais, etc, só a partir do sec. XVIII surgiram  estas duas “ideias malucas”).
Epicuro diz que a felicidade vem de 3 coisas:
Amizade / comunidade (a tal necessidade de nos conectarmos)
Liberdade da autoridade (não ter “patrão”)
Pensamento (reflectir constantemente sobre a nossa vida).
 No entanto, apesar de ser uma missão difícil, a sociedade continua a dizer-nos que é possível sermos bem-sucedidos nestas duas áreas e isso coloca-nos uma pressão acrescida, pois temos consciência de que é algo que existe, mesmo se não estamos a conseguir lá chegar.
O fato de hoje em dia acreditarmos sermos os autores da nossa biografia deixa-nos em mão com uma grande pressão. Ex.: se estou desempregado, é porque sou um inutil, é porque o mereço. Isto potencia depressões e suicídios.

A comparação que fazemos a todo o momento uns com os outros (os pares) traz-nos infelicidade. Se formos crentes em Deus ou “amantes da Natureza” conseguimos perceber melhor a nossa pequenez e a nossa humildade aumenta, fazendo-nos perceber que não podemos nunca substituir Deus/Natureza, que não controlamos nada. Uma sociedade só com heróis humanos traz problemas psicológicos, porque temos excessivamente uma noção de controlo que depois se perde na reforma e aí não temos substitutos para lidar com isso.