quinta-feira, fevereiro 1

O futuro dos recrutadores

Não consigo perceber por que razão as empresas de recrutamento estão inundadas de técnicos com formação em psicologia, cuja rebeldia intelectual não está habilitada a integrar a diversidade da relação humana com o conhecimento acumulado do humanismo e competente do pensamento.
Não estou a dizer que os formados em psicologia a exercer cargos na área do recrutamento sejam uns incompetentes, não! O que estou a dizer é que o recrutamento, no atual paradigma, tem os dias contados.
A automação é já um risco concorrente às empresas de recrutamento, num futuro próximo surgirá um algoritmo que substituirá tais criaturas humanas e habilitadas a escolher pessoas para diferentes cargos e funções.
A tecnologia une as pessoas, mas não cria vínculos de relação.
A criação de vínculos de relação é função dos recrutadores, através do conhecimento que tem sobre o ser humano tem a obrigação de dar garantias e vínculos realistas que suportem uma visão empática sobre as funções e as motivações do trabalho. No entanto, o conceito de recrutador irá desaparecerá, pois os psicólogos, os recrutadores do presente, não têm conhecimentos teóricos nem práticos para tal desafio, nascerá um outro conceito, o de acolhedor.
A psicologia não acolhe, porque não está preparada para tal. Chegou a hora dos humanistas, dos filósofos, historiadores e antropólogos terem um papel integrador nas empresas, porque a sua natureza é de acolher e integrar sem complexos. 
Fiquei com esta percepção dos psicólogos recrutadores porque estou no mercado em busca de uma nova carreia! Entre entrevistas, open day e testes psicotécnicos não encontrei em algum momento algo que a automação não possa fazer. A grande vantagem que eu vejo na automação é que consegue ser menos intimidante do que o psicólogo recrutador.

segunda-feira, janeiro 22