domingo, abril 9


Muito brevemente. Verdade e mentira, pavor e ilusão. Todo o Ser quer e procura a verdadeira essência da felicidade, nada mais pode confrontar o homem senão a busca eterna pela felicidade. Se hoje falamos do eterno retorno ou do ciclo hermenêutico é porque nunca deparamos a essência monstruosa da nossa função. Se para Platão a filosofia é a busca da felicidade, então é porque tem razão, na medida em que ao questionarmos todo o pormenor criativo com que nos deparamos podemos é certo entrar no mundo das verdades e, fugirmos do tal circulo a que a maioria das almas (Ser) está condenado.
Se no mito de Sísifo o pesadelo da pedra no cimo da montanha for concluído então é porque queremos mesmo saber a verdade e entrar na revelação que nos vai libertar do eterno retorno.
Se no filme de Igmar Bergman -Sonata de Outono, as duas e principais personagens “lutam” por uma verdade, que apesar de tudo nunca foi construída neste tal começo de luta, o passado é confrontado com o futuro/presente (nenhuma delas pensou que voltaria a entrar em confronto directo por uma causa tão nobre como a felicidade). Se a mãe (Ingrid Bergman) tinha a sua felicidade no mundo da música, já a filha (Eva) procurava a felicidade numa mãe ausente.
Se hoje andamos confusos, cegos, ou até mesmo se somos desordeiros de um pensamento intacto, então é porque e acredito que seja o melhor caminho para a felicidade que não vai aparecer hoje, mas quem sabe, um dia. Hoje andamos aos circulos, amanha em linha recta.

13 comentários:

Guilherme Castanheira disse...

Desde já o meu obrigado a um professor, que me "ofereceu" uma grande revelação intitulada: "sonata de Outono"...

Anónimo disse...

as eternas revelações...

Guilherme Castanheira disse...

as eternas revelaçoes Nao!! as eternas charadas... :)

Guilherme Castanheira disse...

estou impaciente...
neste momento trocava a revelação da minha vida por a tua revelação, Quem és?

Anónimo disse...

Quem sou? Na 'rede' somos toda a gente e não somos ninguém. Estamos em todo lado e em lado nenhum. Somos líquidos e incorpóreos. Numéricos. Também não sei quem és além do que tu mesmo dás a conhecer neste blog. Encontrei-te por acaso. Costuma ser assim... Já te disse ontem que há perguntas que vale a pena deixar sem resposta. Sobretudo quando essa resposta não acrescentaria nada ao que consideramos conhecimento. A ausência de nomes, mapas, identificações precisas oferece apenas uma desorientação momentânea. No fundo, ninguém conhece ninguém e os nomes, os lugares, oferecem apenas a aparência da segurança. A ilusão. Pareces gostar de revelações e charadas. Permite-me que não seja nem uma nem outra.

Guilherme Castanheira disse...

Nem mais... fazemos todos parte de uma MATRIX.
´
já agora, algum dia vais assinar covilhã? depois de tokyo, vais regressar a "Portugal"?

Guilherme Castanheira disse...

es uma pessoa, simples, solitaria inteligente, envergonhada, mas muito muito muito timida (que faz de ti uma pessoa extraordinaria), um dos teus filmes favoritos ´´e -lost in translation (mas nao por causa do nickname), adoravas ter alguem do teu genero todos os dias ao teu lado para poderes soltar pensamentos e debateres o verdadeiro sentido da vida.
conheces o concreto mas tentas fugir do mundo, medo.
sabes amar, consegues odiar mas por pouco tempo. amas a arte, filosofia incluida...desenhos animados tb incluidos...
compreendes o que digo o que ´´e fundamental... ou nao.
Afinal ja sei quem tu es...
bem vinda, e uso o feminino, por questoes de "estetica"

Anónimo disse...

Procuras impacientemente desvendar os enigmas alheios quando talvez fosse mais produtivo dedicares-te à decifração do enigma em que tu próprio consistes. O título do teu blog sugere uma tendência para a simplicidade, mas depois presenteias os teus leitores com textos crípticos que nada têm de simples. Falas de felicidade, de inteligência, de deus, de amor, de adultos e crianças, mas és tu quem acaba por resultar indeterminado nessa necessidade aparente de tudo determinar e encaixar em categorias e conceitos estanques. Procuras concretizar o mundo, mas divertes-te permanecendo inconcreto. Queres que o mundo, os outros e a vida se apresentem como um mapa aberto, sem zonas obscuras ou desconhecidas, mas escolhes ocultar-te na sombra de palavras indecifráveis. Falas constantemente de revelação, mas pareces refugiar-te em charadas que te protegem da exposição que exiges dos demais. Quem sou? E tu, quem és? E isso, que interessa?

Como vês, o 'horóscopo' vem e volta. E, como todos eles, serve mais ou menos a qualquer pessoa que se predisponha a identificar-se com as suas palavras. A verdade é sempre outra coisa qualquer. Menos óbvia. Mais pessoal. E que pertence apenas a cada um de nós.

Guilherme Castanheira disse...

nao acredito...
mas tenho que multiplicar os sentidos, nesta tarefa tao "estranha", tendencias que de simples nao têm nada.
nem mais ... tou gasto, preciso de ferias mentais...
hoje foi dia de ramos, jesus entrava na cidade onde todos o aplaudiam, uns dias depois estava a ser acusado e condenado...
o ser humano tem destas coisas... mas que sao o motivo primordial da sua sobrevivencia, os mitos as lendas as religioes, os empregos, as broncas... é bom ser homem é bom viver...

Anónimo disse...

Em todos nós reside a contradição. Não faz de nós fraudes. Não faz de nós pessoas melhores ou piores. Define-nos, apenas. Seremos mais felizes se simplesmente nos aceitarmos como somos. A perfeição é para as criaturas imateriais, que planam no mundo dos conceitos. A nós resta-nos aceitar a beleza das falhas e das cicatrizes. Lamento o teu cansaço. E lamento se fui parte dele.

Tokyo goes to neverland...

Guilherme Castanheira disse...

Não foste...

as revelações têm disto...

encontramo-nos na terra do nunca...

estarei com uma gravata do garfield. :)

abraços

Guilherme Castanheira disse...

cara(o) neverland

espero que a viagem tenha corrido bem (pois, pois)

nao resisti em voltar, simplesmente para dizer que fui ao cinema ver -walk the line, fez-me lembrar sto agostinho (jonny cash).
tenho a dizer que me diverti bastante e, que para manter magia do desconhecido ficamos por aqui, eu sinto que o cosmos é mais do que um ecra... " Permite-me que não seja nem uma nem outra." até um dia destes... gostei muito dos dialogos... mas deves perceber que a minha carne é fraca mas com vontade de solidificar e tu do outro lado ... sinceramente nao sei, a confusao é muito superior à razao, se ao menos eu tivesse uma pista... afinal de contas podes ser uma ou outra pessoa ou até mesmo ninguem. sabes o que eu sou graças ao meu blog e grato fiquei por saber o que és graças às "revelaçoes". sinto que nao vais desaparecer isso é certo (ou nao) eu estarei por aqui ou ali ou quem sabe a cruzar.me contigo com uma gravata do garfild na terra do nunca. quando assim for grita bem alto gvilhovsky.

Anónimo disse...

:)