Os professores são uns desgraçados, sempre foram. A profissão nunca teve uma autonomia digna das suas funções. O ensino universitário, aquele que devia servir de alavanca para a inovação, perde todos os anos financiamentos importantíssimos, isto porque, passaram de estruturas académicas sólidas do conhecimento, a estruturas polivalentes do ensino secundário. O problema dos professores é o mesmo problema do estado, desorientação total. Os professores sabem disso, e estas manifestações são prova disso. Os professores sempre foram o verdadeiro exército particular do estado. O estado ordena e os Docentes obedecem. Estas são as regras que ditam o “negócio” da educação. Os recrutas - os alunos, são meros cabaços que se limitam a uma prestação de serviços que ignorantemente desconhecem, e aqueles cuja consciência é rara, ou são domesticados à força ou estudam numa privada. Os motins acentuam-se porque esta epifania global que iluminou os docentes, veio fortalecer a ideia de que não há ensino em Portugal. Ensinar é um conceito abstracto que poucos conseguem decifrar, tanto ex ministros da educação como do ensino superior fizeram o que conseguiram para manter o seu exército ignóbil o mais ordenado possível, mas os Socialistas tinham razão, a liberdade adquirida no 25 de Abril é a liberdade dos portugueses, ou seja, dos professores também, e eles sabem muito bem que são livres de se manifestar, mas não de reformar a instituição feita por eles e não pelo estado.
Amanha celebra-se o dia Mundial da Filosofia. Esta data decretada pela UNESCO em 2005 veio relembrar ao mundo que o Homem deve agir de forma ética e integral, num mundo globalizado e multicultural. A única formação capaz de criar um espírito critico e criativo é banalizada e massacrada no ensino porque a sua “utilização” pode criar ainda mais destabilização à velha e arcaica instituição, o estado.
O estado chama projecto nacional a mega obras públicas, os portugueses também… a educação e cultura, que são o pilar de uma civilização, têm que ser vistas como um projecto nacional, e aí, os professores pecam, porque são um projecto nacional mas desconhecem essa realidade, logo, não reivindicam o que é seu por direito.
Será a procura dessa realidade um problema exclusivo da filosofia? A realidade é a verdade, esta é a nossa verdade, infelizmente já não se ensina a pensar.
Amanha celebra-se o dia Mundial da Filosofia. Esta data decretada pela UNESCO em 2005 veio relembrar ao mundo que o Homem deve agir de forma ética e integral, num mundo globalizado e multicultural. A única formação capaz de criar um espírito critico e criativo é banalizada e massacrada no ensino porque a sua “utilização” pode criar ainda mais destabilização à velha e arcaica instituição, o estado.
O estado chama projecto nacional a mega obras públicas, os portugueses também… a educação e cultura, que são o pilar de uma civilização, têm que ser vistas como um projecto nacional, e aí, os professores pecam, porque são um projecto nacional mas desconhecem essa realidade, logo, não reivindicam o que é seu por direito.
Será a procura dessa realidade um problema exclusivo da filosofia? A realidade é a verdade, esta é a nossa verdade, infelizmente já não se ensina a pensar.
2 comentários:
Excelente este teu texto, Guilherme!
E exactamente, tem sido esse o meu alerta, a Filosofia deveria de estar de mãos dadas ou muito bem associada com o Ensino, e porque considero que só através do Pensamento genuíno de cada ser e em seus aspectos inevitáveis e críticos, que se poderá despertar para o encontro e procura de novas soluções para o que está mal. Se o Ensino é feito através de opressão e ainda por cima com a Psicologia a ajudar e numa qualquer manutenção de querer manter e a forçar o que está mal, claro está que entraremos num descalabro total a todos os níveis.
Um abraço
Tenho de discordar com a senhora que comentou acima. Quando um filósofo começa um texto com condições universais, todo o texto fica comprometido. Deverá saber, que uma condição universal é aquilo que menos queremos por estas bandas. Terrivelmente fácil de te refutar. E ainda tens de ter em conta a pontuaçãO. Este texto compromete a tua reputação de filosofo, pelo menos neste blogue. Terás de argumentar muito bem comigo pessoalmente para me convenceres.
Beijo,
Caloira(Andreia)
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