segunda-feira, fevereiro 13

Feliz dia dos namorados a todos os agarrados

No fundo do rio viam-se as pedras lapidadas da erosão, pensava como a minha vida era uma pedra daquelas em que o tempo se encarregava de as transformar e transportar para o tal “nenhures” que eu sempre procurei.
Passados 2 anos depois do meu acidente e da morte da Y, que outrora foi minha namorada, lá andava eu cheio de preocupações existencialistas. O tempo, o meu aliado preferido nunca conseguiu acompanhar a dor transcendente da minha erosão constante, mas enfim.
Estava disposto a arriscar ou riscar o passado e seguir em frente no amor. Dizem que o amor é tudo, mas será que é?
Penso que o amor é uma metáfora que nos mantém alucinados ou distraídos do real mundo, é também um camuflado que nos usa a todos como cobaias ou hospedeiros, eu já amei, mas nunca amei. Já pensei ter amado, desde o meu Deus, que outros usam para benefício próprio, até aos meus ricos pais ou família. Então será o amor diferente de caso para caso? Isso não interessa, porque o amor não é interesseiro, não procura matar, procura sim partilhar e sentir. Eu estou apaixonado. Lamechas, alucinado, despreocupado e desprendido do mundo que me rodeia. O amor tem destas coisas, passo horas deitado a pensar de como era bom tê-la aqui ao meu lado, agora percebo os agarrados em Heroína. Como é bom estar apaixonado, por alguém que sente esse nosso amor e nós mesmos sentimos esse alguém.

5 comentários:

Anónimo disse...

:)

m_m

Anónimo disse...

Um post tão bonito merece um comentário bonito. Deixo um poema de Jésus Fonseca (versão de António Salvado) dedicado ao vento:

PERTO E LONGE

É o vento de hoje,
de amanhã, de ontem, de sempre,
despido e às intempéries,
quem anuncia a tua presença.
Quem me leva longe;
o mais longe possível,
na direcção
sem medida da luz.
O vento, quem me leva
sem saber aonde,
longe e fora da vida,
até ao que não foi e que jamais
poderá ser.
É o vento, sim,
molhado pela chuva,
quem se ri
e agita a mão e parte
por Zeus e distâncias,
enquanto os homens vivem e morrem.
É o vento, então,
que passa enquanto tu e eu dormimos,
quem me sussurra ao ouvido o teu nome,
que me devolve a alma e o teu olhar
alegre, muito alegre, para poder viver
junto e longe de ti, das árvores,
das águas e da terra.

Titá disse...

Concordo. O amor é uma metáfora que nos mantém ocupados e distraidos da realidae, mas é tão bom.
Adorei este teu post.
Bjs

Anónimo disse...

Desespero da dor que não tem a côr do Amor.Mas o que é ele sem a dôr? Ficção? Carraça do coração? Ou pura ilusão?
Amor?! Dor?! porque se misturam como as tintas do pintor?
O Amor é uma cruz!

Anónimo disse...

Todas as vidas sao pedras lapidadas.. cabe-nos a nos tranformá-las em verdadeira arte.... sinto-me feliz mas surpreendida plo estado de espirito com k te encontro nos ultimos posts ... ando a espera de te encontrar, keria ouvir-te, beber um copo... matar saudades.. um beijo da tua discipula (as vezees...)***