A pequena obsessão que a filosofia cria em todos os seres é automaticamente traída pelos leões da savana intelectual, diria mesmo que uma se trata de uma selva, e das grandes. Se calhar esta selva não tem a diversidade de uma amazónia, mas de um deserto, onde o silencio abrupta dos vales sequiosos das profundas dunas rastejantes de vermes e lagartos, mas que mesmo assim tem diversidade.
O que é preciso para se ser filósofo? O exemplo mais interessante foi dado por alguém que dizia, que os verdadeiros filósofos eram as crianças, porque possuem as características fundamentais para tal profissão, e que profissão é essa? Na escola ensina-se, na disciplina de filosofia, que o objecto da filosofia é o –real e o –ser, e que o objectivo é o conhecimento e a procura, por fim, fica o método, que neste caso é pensar, especular, reflectir. Então o que acontece quando possuímos tais directrizes para filosofar? Nada. E porquê? Porque o ensino obriga-nos a entrar no relativismo, e quando se entra no relativismo, entra-se no niilismo, e entrando-se em tal circunstancia ficamos puramente livres, de quê e porquê? Livres da filosofia, porque o vácuo dos filósofos que estudamos não nos dão margem para actuar. Ou seja, quem estuda filosofia vai ser um submisso de um autor “genial” qualquer, por exemplo Nietzsche, quem devora tal coisa vai tornar-se apoiante desta fracção filosófica, há quem chame discípulo a este tipo de atitude intelectual, mas e quem não gosta de ser submisso? Será que já não pode ser filosofo? Mas pode filosofar, certo? E ao filosofar vai ter sempre adjacente ao pensamento o tal autor, assim deixa-se de ser um indivíduo puramente racional, para ser um individuo racionalmente dependente do outro, fica a salvação dos independentes, que são aqueles que conhecemos algures e muito raramente.
O mundo precisa de muita formação mas não de obrigação, porque o objecto, seja ele filosófico ou não, é que nos possui, e nunca nós, que pensamos possui-lo.
Sim, claro que sim, temos que delirar com Aristóteles, é obrigatório, mas também temos que delirar com os nossos pequenos devaneios.
Porque é que a raça chamada filósofos teme em aparecer? Não digo com isto que se tornem vaidosos de um mundo já por ele muito colorido, mas o que falta para filosofarmos como René Descartes? A resposta não podia ser mais simples. O problema é simples, basta por exemplo olharmos para a disciplina de historia, em que pouco ou nada se identifica connosco, pois, historia universal que é importante do ponto de vista de “cultura geral”, ou então para acertar nalgum concurso televisivo, mas em que nada nos pode ajudar na identificação cultural e antropológica da nossa sociedade portuguesa ou da nossa identidade histórica. O mesmo se passa com a filosofia, que apesar do –ser, ser o objecto de estudo, mas o -ser Nórdico é diferente do -ser latino e agora pensando melhor, será que não influencia em demasia a falta de compreensão do mundo português relativamente ao mundo de uma filosofia universalista que se adapte a cada cultura? É claro que existe a Filosofia em Portugal, como disciplina, mas então porque é que ninguém ouve falar nela?
O que é preciso para se ser filósofo? O exemplo mais interessante foi dado por alguém que dizia, que os verdadeiros filósofos eram as crianças, porque possuem as características fundamentais para tal profissão, e que profissão é essa? Na escola ensina-se, na disciplina de filosofia, que o objecto da filosofia é o –real e o –ser, e que o objectivo é o conhecimento e a procura, por fim, fica o método, que neste caso é pensar, especular, reflectir. Então o que acontece quando possuímos tais directrizes para filosofar? Nada. E porquê? Porque o ensino obriga-nos a entrar no relativismo, e quando se entra no relativismo, entra-se no niilismo, e entrando-se em tal circunstancia ficamos puramente livres, de quê e porquê? Livres da filosofia, porque o vácuo dos filósofos que estudamos não nos dão margem para actuar. Ou seja, quem estuda filosofia vai ser um submisso de um autor “genial” qualquer, por exemplo Nietzsche, quem devora tal coisa vai tornar-se apoiante desta fracção filosófica, há quem chame discípulo a este tipo de atitude intelectual, mas e quem não gosta de ser submisso? Será que já não pode ser filosofo? Mas pode filosofar, certo? E ao filosofar vai ter sempre adjacente ao pensamento o tal autor, assim deixa-se de ser um indivíduo puramente racional, para ser um individuo racionalmente dependente do outro, fica a salvação dos independentes, que são aqueles que conhecemos algures e muito raramente.
O mundo precisa de muita formação mas não de obrigação, porque o objecto, seja ele filosófico ou não, é que nos possui, e nunca nós, que pensamos possui-lo.
Sim, claro que sim, temos que delirar com Aristóteles, é obrigatório, mas também temos que delirar com os nossos pequenos devaneios.
Porque é que a raça chamada filósofos teme em aparecer? Não digo com isto que se tornem vaidosos de um mundo já por ele muito colorido, mas o que falta para filosofarmos como René Descartes? A resposta não podia ser mais simples. O problema é simples, basta por exemplo olharmos para a disciplina de historia, em que pouco ou nada se identifica connosco, pois, historia universal que é importante do ponto de vista de “cultura geral”, ou então para acertar nalgum concurso televisivo, mas em que nada nos pode ajudar na identificação cultural e antropológica da nossa sociedade portuguesa ou da nossa identidade histórica. O mesmo se passa com a filosofia, que apesar do –ser, ser o objecto de estudo, mas o -ser Nórdico é diferente do -ser latino e agora pensando melhor, será que não influencia em demasia a falta de compreensão do mundo português relativamente ao mundo de uma filosofia universalista que se adapte a cada cultura? É claro que existe a Filosofia em Portugal, como disciplina, mas então porque é que ninguém ouve falar nela?