sexta-feira, outubro 13

Um quadrado pode viver isolado, e mesmo assim não deixa de ser quadrado. Mas seis quadrados a viverem em comunidade, já é um cubo. Decrescer para a realidade não é entrave para os verdadeiros sábios, o que está devidamente apinhado para descobrir o cerne da questão, e afirmo – cerne, porque – o fundo já está cheio, é que vai conseguir erguer um troféu de espermatozóides prontos a fecundar as mentes mais sensíveis àquela necessidade de possuir algo mais do que o abecedário. Por outro lado existem as mentes também elas sensíveis, mas que a sensibilidade vai para um outro estado, e afirmo – estado, porque – o patamar estava repleto, e é esse mesmo estado banal que consegue minar as mais nobres conquistas dos sábios. Na sociedade contemporânea estes anti vírus, que são os que captam espermatozóides mas, possuem os óvulos estragados, direccionam sempre o conhecimento para o quadrado, que ao crescer vai corromper a estrutura igualitária que forma o cubo e assim o cubo deixa de ser cubo para passar a ser, um – não cubo, como diria o Parménides.
É claro que os outros cinco quadrados ficam tristes porque deixaram de ser um cubo, eles gostavam mesmo de ser cubos, mas conseguiram aceitar a diferença, restou isso. Ainda bem que não existia politica nem religião, é claro que já se está a adivinhar o sarilho final do – não cubo e do quadrado, Um era uma religião, porque derivava da natureza criadora, e um outro seria uma seita, porque é uma adaptação ou uma patologia do original. Todos ficamos felizes por o – não cubo, não aniquilar de vez com o quadrado. Existe espaço para todos, quem sabe.

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