segunda-feira, outubro 2

opus XX

Desapareci, assim como por magia. Os meus sentidos entraram em antagonia profunda.
Uma depressão que se misturou com outra e outra e outra. Fugi, mas voltei, como se de um cão com fome se tratasse. O meu vulcão permaneceu junto ao mar dos opostos, sem nada para dizer.
O sopro do coração queria bombear ar, mas bombeou um liquido viscoso e ácido.
Ontem estava perplexo comigo e com mais alguém, hoje estou genuinamente fraco de tão poucas soluções.
A minha geração está a precisar de motivação. O egoísmo prático do meu animal ser, aloja-se sem permissão, vou lá, ao médico. Vou se me conseguir decidir qual o médico, são tantos, acho que não vou a nenhum. Vou escrever, sem medo, sem paixão, só escrever.
Não, já não vou, estas tretas existencialistas estão a dar cabo de mim, se elas não me ajudam então porque forçar uma coisa que não me diz nada? Ah, raios e coriscos!
Vou-me dedicar ao romantismo. Agiota, mas com muito sacrifício.

1 comentário:

Teresa Durães disse...

Não, já não vou, estas tretas existencialistas estão a dar cabo de mim,

bem vindo ao mundo. sou mais velha e ainda não ultrapassei essa fase. de qq modo penso que quando me acontecer, entrei no rebalho dos acomodados. não sei se é bom se é mau. confortável será.

perderemos a sombra?