quinta-feira, outubro 5

Hoje, bebi àgua! Hoje, li António Lobo Antunes!

"(...)
- A tua mãe morreu?
eu pudesse contar-te, falar-te não do verão, do Inverno, da decepção dos estorninhos, dos cinzentos sobre cinzentos, do verde escuro das copas, da grade de cervejas onde se abrigavam os patos, do meu pai a visitar-me no colégio aos domingos, sempre com um casaco diferente das calças e a gente não na recepção como os outros, numa das salas de aula num embaraço mudo, barbeava-se mal, sobravam pêlos no queixo, maçava-me, desiludia-me, apetecia-me que me deixasse em paz
- Que veio aqui fazer?"
(...)

-A minha continuação

-Só queria o dinheiro suficiente para me aguentar mais uma semana, odeio que os meus colegas sintam o meu ar de criança de 23 anos ainda frágil
Não sou assim tão frágil, sou o magnata da loucura sensivel,
Mas.
São os óculos massa pretos que eu mais embirro, queria uns iguais, não os dele, uns meus,
Gostei de te ver, a ti e à mãe.
Ela sempre mãe, sempre preocupada, e eu sempre despreocupado, que vingança virá lá de cima? Talvez nenhuma, só a das minhas fracas mãos.

4 comentários:

Teresa Durães disse...

.. os outros...

questões da adolescência...

depois é necessário ultrapassar-se
para crescer... interiormente

boa noite

Titá disse...

É sempre agradável visitar-te.
Bjs

Anónimo disse...

..quanto mais livres, mais frágeis nos tornamos.

Anónimo disse...

bah, pelo menos cita frases de famosos, ó barrôio!