domingo, janeiro 27

O acto de escrever [cábula] 2/5

Existem vários tipos de cábulas. Os mais importantes são: - “Copy Past” e os - “Run Time Copy”. Copy past são normalmente os novatos ou iniciados no processo da fraudulência académica, enquanto que os run time copy, são aqueles que copiam, não porque precisem de copiar mas não dispõem de tempo para investigar. Ora todo este processo de cábulas ou plagiadores não é novidade (ver edição nº 6510 no jornal Público), novidade é que a globalização aliada às novas tecnologias conseguiu produzir uma cadeia de informação de tal modo eficaz, mas nunca eficiente no seio académico. É legitimo plagiar, também é legitimo chumbar quem plagia. Este último argumento é isolado, senão vejamos; - Se tiver a hipótese de assaltar um banco, vou assaltá-lo? Se for apanhado sou automaticamente detido, a não ser que seja um accionista maioritário de um banco ou até mesmo um filho de algum administrador. Pois bem não é preciso uma conduta, nem muito menos uma ética no ensino. É necessário é uma grande renovação no ensino. A cábula é meramente um sintoma do péssimo estado em que o ensino global se encontra. Se repararmos bem na nossa sociedade, basta a freguesia ou conselho para conseguirmos ser ainda mais realistas, o que encontramos é um sistema educacional onde só um punhado de pessoas têm acesso à virtude ou ao patamar elevado desta triangular sociedade. Porque é que tão poucas pessoas podem ser os “chair-mans” de uma empresa? Parece que o ensino é feito para a minoria.
Os professores ou pedagogos são por vezes tão ignorantes, ao ignorarem este processo complexo do ensino. Continuam a ensinar de forma ainda arcaica o que num sistema tão evoluído onde as crianças de certa forma se entusiasmam com o verdadeiramente interessante. A cadeira de história é péssima porquê? O que se lecciona? Guerras, conspirações, e montes de porcaria, para não falar de historia contemporânea que é sem duvida o pesadelo de muitas pessoas. Ora este pequeno exemplo é uma analogia a um conjunto muito variado de disciplinas onde se expõe o menos produtivo de forma a criar na pessoa uma individualidade emocional e criativa. Qualquer pessoa quer aprender, seja no campo prático ou teórico todos nós gostamos de aprender, mas não neste antigo mundo o da antiga industrialização, porque esse já lá vai, e nós estamos noutro, querem saber qual? Perguntem aos plagiadores ou cábulas, eles é que são o sintoma, eles é que nos podem explicar o porquê de copiar. Estranho? Não. Continuem a ignorar a verdadeira minoria, e assim criam uma sociedade não tão ignorante, mas pior que isso, Hipócrita.

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