Dos dois candidatos, oficiais, a Santa Comba Dão para as
autárquicas 2013 pouco ou nada há a dizer.
Para aqueles que ainda se revêm naquele espirito democrático
pós revolução, onde as eleições são sinonimo de mudança e esperança, os
candidatos, tanto do ppd/psd ou ps não emocionam muito. Tanto a esquerda como a
direita não podem emocionar nem tampouco apaixonar o seu eleitorado que não se
revê nas instituições camararias. Vai ser difícil, numa época tão conturbada como
a que vivemos; desemprego, salários baixos e auto – estima em decadência, solicitar
aos habitantes o voto para um projecto.
Que podem os candidatos fazer para promover uma salutar convivência
entre os habitantes e as instituições? Em primeiro lugar: não podem nem devem
fazer nada. O grande erro dos nossos políticos (regionais) tem sido esse mesmo –
o de promover uma empatia com instituições, quando deveria ser o contrário,
isto é, dever-se-ia promover uma empatia com a região. Uma atitude desta natureza
devolveria a identidade que a nossa terra perdeu.
Continuamos, ano a pós ano, a ser a terra de Salazar, a
terra em que toda a gente passa mas não pára, a terra bonita mas exclusiva de
uma minoria, isto porque, a grande maioria, saiu em busca do emprego e das
oportunidades que a própria terra deveria construir. Como conseguimos apostar
numa marca nossa quando não existe nenhum ponto positivo de referência?
Mas, para aqueles que dependem, exclusivamente, de promessas
politicas e, instituições camarárias, estas eleições vão ser uma luta entre a
manutenção de um “tacho” ou a eliminação do mesmo.
Estou ansioso para ouvir as propostas que os nossos líderes
têm para dizer. O inverno está a acabar.
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