sexta-feira, dezembro 1

Humor. Uma obra sob a forma de fragmentos

Ao entrar na aula disse: “ Quem terá sido a pessoa que ocupou o meu habitual lugar?”, -Maldita seja ela! Apareceu assim do nada, como devaneio de um sentimento já aguçado de insipiência perpetua, maldita.
Abalou as estruturas do pensar, mas também do agir, quem diria? Quanta mais raiva pode surgir do meu coração puro, que afinal de puro nada tem, mas tenta todos os dias ou ao deitar, depende do bagaço que o Sr. Horácio oferece, tudo depende de tudo, de algo, dos sentidos mas também das formas, e que formas, eu que o diga. As formas são o elixir do meu sentir e da minha ilusão. Pois é, tanta perfeição que paralelamente foge de mim. Fui viradinho a ela, e exclamei em voz profunda e maquiavélica: “ Quem és tu?”. Sou a força das águas, a anarquista que cintila onde quer que seja – diz ela como que protegesse um castelo de princesas e dragões - e quem és tu, que me perturbas neste momento? Eu, sou um mago! Que mata com medo, que sobrevive a todas as guerras, sou o ser que Deus criou num tempo onde o humor reinava nos homens…

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito poético. Gostei do castelo e das princesas e dos dragões.
Muito bem. É um deleite ler os teus textos. Força!