Nicolas Philibert assina uma obra de verdadeiro destaque pedagógico. O filme – documentário “Être et avoir” (Ser e Ter) revela uma substância de cariz puramente virtuoso. Os sentidos prendem-se com as paisagens de Auvergne – França, e com uma paciência quase perfeita de um professor em pré reforma. A questão mais surpreendente deste documentário não é tanto a questão do tempo e dedicação do professor e aluno, mas sim o fascínio por uma “raça” em vias de extinção.
Os prémios arrecadados são a prova de que a sociedade por mais perdida que ande, reconhece o bom trabalho, ou seja, a vocação. Falar de vocação, de entrega e partilha continua a ser tabu na sociedade em geral.
Por exemplo nas universidades, aproveitam-se as melhores médias para meter pessoas que não estão verdadeiramente ligadas à pedagogia, ou seja, se a pessoa é dotada de uma capacidade de raciocínio elevada então que vá para investigação, se um professor reconhece um certo talento no aluno então deverá ser ele o pioneiro em indicar (como Mestre) um caminho vocacionado para essa mesma pessoa. De facto “existe falta de sanguinidade” tanto nas universidades como em qualquer outro patamar laboral do nosso país, mas no mundo também.
Este documentário tem uma carga emocional muito elevada, mas comprova que existem vocações, que existe amor na arte, porque, quando se é bom, é-se mesmo bom, mas para isso, falta descobrir onde é que se é bom. Enquanto não descobrimos, ou temos medo de arriscar onde seremos bons, alguém tem que sofrer. Enquanto houver ordenado, daqui não saio.
Os prémios arrecadados são a prova de que a sociedade por mais perdida que ande, reconhece o bom trabalho, ou seja, a vocação. Falar de vocação, de entrega e partilha continua a ser tabu na sociedade em geral.
Por exemplo nas universidades, aproveitam-se as melhores médias para meter pessoas que não estão verdadeiramente ligadas à pedagogia, ou seja, se a pessoa é dotada de uma capacidade de raciocínio elevada então que vá para investigação, se um professor reconhece um certo talento no aluno então deverá ser ele o pioneiro em indicar (como Mestre) um caminho vocacionado para essa mesma pessoa. De facto “existe falta de sanguinidade” tanto nas universidades como em qualquer outro patamar laboral do nosso país, mas no mundo também.
Este documentário tem uma carga emocional muito elevada, mas comprova que existem vocações, que existe amor na arte, porque, quando se é bom, é-se mesmo bom, mas para isso, falta descobrir onde é que se é bom. Enquanto não descobrimos, ou temos medo de arriscar onde seremos bons, alguém tem que sofrer. Enquanto houver ordenado, daqui não saio.
1 comentário:
O meu obrigado ao Mestre D.
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