No União de hoje
É fácil explicar porque adoram as pessoas o Cinema, mas será que existe explicação para não se venderem mais livros de filosofia? A relação entre a filosofia e o cinema é desde sempre autêntica e inseparável.
Em primeiro lugar, as pessoas gostam de cinema porque têm sensações e emoções sem saírem de uma cadeira. Sem qualquer tipo de esforço mental, as pessoas viajam, sonham, imaginam e, até se revêem numa ou outra personagem. É fácil desenvolverem um carácter filosófico só a ver cinema, quando afirmo filosófico refiro-me unicamente ao acto de pensar e de reflectir. Quando saímos de uma sala de cinema, a ideia é debater um assunto qualquer que tenha sido proposto no filme.
As pessoas procuram as respostas ao amor, ao ódio, à política, à arte e acima de tudo às questões existenciais, porque são essas que nos levam a ir ao cinema. É claro que a filosofia está indubitavelmente ligada ao cinema, mas cai-se no perigo de nos guiarmos por um veículo visual sem termos em conta a base de tudo, o porquê? É aqui que nasce a filosofia.
Porque nos deliciamos a ver super heróis, rapazes que voam, mulheres do boxe, corridas alucinantes, sogros e genros desajeitados, animais que falam e que têm tanta piada? Para quem viu o Matrix (1999), lembra-se certamente, daquela cena em que é proposto ao Leo (Keanu Reeves) tomar um dos comprimidos, o vermelho, que lhe dá direito à vida “normal” que ele mesmo já vivia, e o comprimido azul dá-lhe direito ao mundo da existência tal como ele nunca imaginaria. A melhor questão aqui é a da – escolha. Escolher dá uma grande tralha de trabalhos, talvez por isso poucos de nós prefiram deixar andar na sua monótona existência. Esta questão da escolha é já antiga. De Parménides a Sartre, ela tem sido um dilema existencial para muitos. Quem já se sentiu naquela frustração agonizante de viver? O problema da escolha está induzido no tema a – Liberdade, porque só podemos escolher um de dois caminhos, ou o bem ou o mal, ou a esquerda ou a direita, ou ser médico ou ser professor, e desde sempre nos é incutida a escolha, é por isso que a angústia se transforma em agonia, escolher é uma das formas de liberdade, mas… só existem dois caminhos, é aí que ocorre a náusea (J-P. Sartre) e os dois comprimidos do Matrix. Filosofia no cinema é um interessante tema, que voltarei, enquanto isso, vão ao cinema e descubram-se, porque só nos faz bem pensar, mas para se complementarem melhor, comprem livros, muitos livros, de preferência, os de Filosofia e, acreditem, há muitos.
Em primeiro lugar, as pessoas gostam de cinema porque têm sensações e emoções sem saírem de uma cadeira. Sem qualquer tipo de esforço mental, as pessoas viajam, sonham, imaginam e, até se revêem numa ou outra personagem. É fácil desenvolverem um carácter filosófico só a ver cinema, quando afirmo filosófico refiro-me unicamente ao acto de pensar e de reflectir. Quando saímos de uma sala de cinema, a ideia é debater um assunto qualquer que tenha sido proposto no filme.
As pessoas procuram as respostas ao amor, ao ódio, à política, à arte e acima de tudo às questões existenciais, porque são essas que nos levam a ir ao cinema. É claro que a filosofia está indubitavelmente ligada ao cinema, mas cai-se no perigo de nos guiarmos por um veículo visual sem termos em conta a base de tudo, o porquê? É aqui que nasce a filosofia.
Porque nos deliciamos a ver super heróis, rapazes que voam, mulheres do boxe, corridas alucinantes, sogros e genros desajeitados, animais que falam e que têm tanta piada? Para quem viu o Matrix (1999), lembra-se certamente, daquela cena em que é proposto ao Leo (Keanu Reeves) tomar um dos comprimidos, o vermelho, que lhe dá direito à vida “normal” que ele mesmo já vivia, e o comprimido azul dá-lhe direito ao mundo da existência tal como ele nunca imaginaria. A melhor questão aqui é a da – escolha. Escolher dá uma grande tralha de trabalhos, talvez por isso poucos de nós prefiram deixar andar na sua monótona existência. Esta questão da escolha é já antiga. De Parménides a Sartre, ela tem sido um dilema existencial para muitos. Quem já se sentiu naquela frustração agonizante de viver? O problema da escolha está induzido no tema a – Liberdade, porque só podemos escolher um de dois caminhos, ou o bem ou o mal, ou a esquerda ou a direita, ou ser médico ou ser professor, e desde sempre nos é incutida a escolha, é por isso que a angústia se transforma em agonia, escolher é uma das formas de liberdade, mas… só existem dois caminhos, é aí que ocorre a náusea (J-P. Sartre) e os dois comprimidos do Matrix. Filosofia no cinema é um interessante tema, que voltarei, enquanto isso, vão ao cinema e descubram-se, porque só nos faz bem pensar, mas para se complementarem melhor, comprem livros, muitos livros, de preferência, os de Filosofia e, acreditem, há muitos.
1 comentário:
Quem já se sentiu naquela frustração agonizante de viver?
Sim, eu já. Todos já experimentamos a náusea, mesmo que muitos a racionalizem, outros a ela vão beber forças, outros ainda irão considerar sintomático. A escolha, a liberdade, a vertigem, a filosofia e o cinema, as artes e o Homem, tudo está interligado, mas mais do que as pessoas pensam a Filosofia é mãe e não madrasta.
Livros, cinema e cigarros.
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