As diferenças culturais ajudam muito na interacção entre a criatividade e a produção artística. Uma não pode fugir da outra. Quem produz arte, renuncia - na grande maioria dos casos - ao espírito social, ou seja, ao que é convencional. Não existe defeito nenhum em ver pessoas com o cabelo pintado de arco íris, nem tampouco uma pessoa cheia de tatuagens. Não deve existir preconceitos, na medida em que são essas diferenças pouco convencionais que nos impelem para o patamar do fantástico, do diferente, do criativo não convencional. Cultura e Arte são tão diferentes como a água do vinho. A Arte promove a expressão cultural. é a linguagem do individuo como - Ser autónomo. Angra do Heroísmo é uma cidade rica culturalmente, mas muito pobre artisticamente, talvez porque, nunca se conseguiu desmarcar do convencional social. Os Promotores culturais não conseguem revelar a individualização lúcida da cultura e da arte. Cultura existe em todo o lado, mas é na arte que reside um projecto dinâmico que constrói a sociedade, podemos mesmo dizer que se trata do elixir das virtudes humanas. O ensino artístico é tão antagónico que consegue corromper tudo e todos. Passo já a explicar: Existem politicas de incentivo sociais, em que se promove os naturais Terceirenses a ficarem na sua terra e a construírem um projecto. No entanto, temos uma escola artística (Tomás de Borba) que ensina jovens a perceberem a sua vocação artística e quando o conseguem eles partem para outro lugar, lugar esse onde aperfeiçoam a sua arte, mas incapacitados por falta de compreensão social e profissional, nunca mais voltam. Em suma: Andamos este tempo todo a promover os nossos jovens a sair da Ilha. Quando descobrimos que um dos nossos se "safou" lá fora, ficamos todos contentes com essa ideia que até gostamos de publicar nos meios sociais regionais o seu feito. Atenção, refiro-me neste caso particular a pessoas transversais à sociedade (Desporto, politica, arte etc...).
Não há problema nas pessoas saírem para aperfeiçoar a sua vocação, mas é preciso estarmos atentos nas vocações que por aí andam. Eu cá conheço algumas, hoje vou divulgar oficialmente uma. Aqui está ela: Chama-se Catarina Melo, quer seguir dança e gosta de fotografia. Interessante esta ideia de polivalência artística. Um artista quando o é na realidade, é um individuo completo, e aqui em Angra, temos um(a). Podem contemplar alguns trabalhos dela AQUI. Saber se no futuro ela fica cá ou só volta nas férias, bem... isso depende de todos nós.
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