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sábado, julho 10

Talentos emergentes em Angra do Heroísmo


As diferenças culturais ajudam muito na interacção entre a criatividade e a produção artística. Uma não pode fugir da outra. Quem produz arte, renuncia - na grande maioria dos casos - ao espírito social, ou seja, ao que é convencional. Não existe defeito nenhum em ver pessoas com o cabelo pintado de arco íris, nem tampouco uma pessoa cheia de tatuagens. Não deve existir preconceitos, na medida em que são essas diferenças pouco convencionais que nos impelem para o patamar do fantástico, do diferente, do criativo não convencional. Cultura e Arte são tão diferentes como a água do vinho. A Arte promove a expressão cultural. é a linguagem do individuo como - Ser autónomo. Angra do Heroísmo é uma cidade rica culturalmente, mas muito pobre artisticamente, talvez porque, nunca se conseguiu desmarcar do convencional social. Os Promotores culturais não conseguem revelar a individualização lúcida da cultura e da arte. Cultura existe em todo o lado, mas é na arte que reside um projecto dinâmico que constrói a sociedade, podemos mesmo dizer que se trata do elixir das virtudes humanas. O ensino artístico é tão antagónico que consegue corromper tudo e todos. Passo já a explicar: Existem politicas de incentivo sociais, em que se promove os naturais Terceirenses a ficarem na sua terra e a construírem um projecto. No entanto, temos uma escola artística (Tomás de Borba) que ensina jovens a perceberem a sua vocação artística e quando o conseguem eles partem para outro lugar, lugar esse onde aperfeiçoam a sua arte, mas incapacitados por falta de compreensão social e profissional, nunca mais voltam. Em suma: Andamos este tempo todo a promover os nossos jovens a sair da Ilha. Quando descobrimos que um dos nossos se "safou" lá fora, ficamos todos contentes com essa ideia que até gostamos de publicar nos meios sociais regionais o seu feito. Atenção, refiro-me neste caso particular a pessoas transversais à sociedade (Desporto, politica, arte etc...).
Não há problema nas pessoas saírem para aperfeiçoar a sua vocação, mas é preciso estarmos atentos nas vocações que por aí andam. Eu cá conheço algumas, hoje vou divulgar oficialmente uma. Aqui está ela: Chama-se Catarina Melo, quer seguir dança e gosta de fotografia. Interessante esta ideia de polivalência artística. Um artista quando o é na realidade, é um individuo completo, e aqui em Angra, temos um(a). Podem contemplar alguns trabalhos dela AQUI. Saber se no futuro ela fica cá ou só volta nas férias, bem... isso depende de todos nós.


segunda-feira, março 23

Piaf de Filipe La Féria - Angra do Heroísmo

Curiosidades: Marcel Cerdant, a grande paixão da Edit Piaf morreu num desastre de aviação nos Açores (S. Miguel), no ano de 1949. O novo musical de Filipe La Féria terá ESTREIA NACIONAL no dia 8 de Maio de 2009 no Teatro Angrense. Este espectáculo está integrado no XI Festival de Teatro de Angra do Heroísmo.

sexta-feira, fevereiro 27

domingo, fevereiro 22

Filosofia e Toiros - Francis Wolff - Entrevistado por Rui Messias

Para Francisc Wolff, a corrida de toiros não é tanto uma reminiscência dos valores guerreiros do homem, mas sim “a ritualização, a sublimação de uma violência natural”. “È um espectáculo da modernidade [os seus contornos actuais datam do início do século XX]”, garante. Um espectáculo que, para ele, é, “ao mesmo tempo, injusto e leal”.
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Uma provocação: quem não gosta da Festa Brava, acusa-a de ser um espectáculo bárbaro e violento. Como um filósofo, um homem do pensamento, gosta dessa arte?
Gosto e não acho que ela seja bárbara. A barbaridade aconteceria se o animal e o homem lutassem no mesmo plano de igualdade. Ou se o combate não fosse leal. A característica no combate entre o homem e o animal na tauromaquia é que ele é, ao mesmo tempo, injusto e leal. Ou seja, se fosse justo – igual entre os dois – seria absolutamente bárbaro na relação com o homem. Se não fosse leal – se fosse um espectáculo de tortura em que o animal não teria a oportunidade de combater, de lutar – aí seria bárbaro na relação com o animal. A corrida de toiros é o espectáculo da luta desigual e leal de um homem contra um animal. Um animal que é bravo. Ou seja, de um animal que, por natureza, tem esse instinto de viver livre e rebelde no campo e de querer morrer combatendo para defender o seu território e a sua vida. Por isso, a corrida de toiros é o espectáculo da vida e da morte, que nada tem de bárbaro.
Pode dizer-se que o fascínio que a corrida de toiros ainda hoje provoca tem origem na ideia que transmite do antigo guerreiro que procura morrer combatendo… Homens que hoje não lutam, encontram ali o passado guerreiro?
Obviamente, a corrida de toiros denota esses valores e virtudes antigos de Cavalaria, de combate em busca da glória do campo da batalha. Mas, ao contrário do que muitas pessoas podem pensar, a corrida de toiros, na forma que a conhecemos, nasceu no século XVIII. E a forma em uso surgiu no início do século XX. Ou seja, a corrida de toiros actual é um espectáculo ligado à modernidade. Porque representa um certo gosto por um certo tipo de expressão artística que tem a ver com a modernidade e não com a apologia da violência ou da brutalidade. É exactamente o contrário: a ritualização, a sublimação de uma violência natural. Tomemos o exemplo da morte: hoje em dia, a modernidade tem escondido cada vez mais a morte. Tem-na desritualizado. Fê-lo por vários motivos, nomeadamente a queda do sentimento religioso, da perda das relações de familiaridade com o ritual quotidiano. Justamente o que mostra a corrida de toiros é a importância da ritualização para entendermos o sentimento profundo da morte. Morte necessária do animal – porque qualquer ser vivo tem de morrer – ou da morte possível do homem. De tal forma que a corrida de toiros nada tem a ver com a apologia da guerra, que podemos encontrar na antiguidade grega ou romana – onde a violência bruta e crua era o centro da atenção. O que os aficionados gostam é do espectáculo da sublimação da violência, através da beleza do combate.
Será por isso, então, que muitos académicos e eruditos têm vindo a escrever e pensar a tauromaquia?
Sim. A corrida de toiros não teria o menor sentido se não estivesse integrada numa cultura geral. E tem-no em duas vertentes: de um lado, a cultura taurina dos povos mediterrânicos, que tem uma relação especial com o toiro de lide; do outro, a cultura no sentido mais amplo da palavra, através da pintura, da escultura, da poesia ou da literatura. Para sabermos se uma coisa é cultural ou não, basta saber se ela gera obras de outro tipo. É o caso da corrida de toiros, que sempre chamou a atenção dos criadores, dos artistas e dos pensadores. E fê-lo porque é uma arte que, ao mesmo tempo, é muito idiossincrática de certos povos e assume um valor universal, ao expressar o sentido da morte, de transformar o medo da morte em beleza, de estilizar a sua existência. A luta do toiro pela sobrevivência é, ao mesmo tempo, necessária – porque é a definição da vida – e um fracasso – porque cada vida tem por fim a morte. Por muitas razões, a corrida de toiros sempre chamou a atenção dos artistas.
Paco Aguado, jornalista da revista “6Toros6”, na sua intervenção no Fórum Mundial da Cultura Taurina, dizia que “gerações e gerações de espanhóis, portugueses, franceses e americanos, foram às praças de toiros, aprendendo ali o sentido real da vida”. Concorda com esta ideia?
Em qualquer tipo de grande expressão humana qualquer pessoa pode encontrar todos os valores e todos os sentidos da vida. Não vou dizer que a corrida de toiros é mais que as outras formas de expressão nesse sentido. Até porque cada povo tem um modo particular de expressar os seus valores e o sentido da vida. Contudo, entendo que, na relação entre o homem e o toiro, a tauromaquia teve, em certos momentos, essa capacidade. Acontece que, hoje em dia, por muitos motivos – e nem todos maus – as novas gerações têm outros modos de encontrar o sentido da vida. E, dessa forma, não reconhecem na corrida de toiros o veículo de percepção do sentido da vida. Por isso, a tauromaquia é apelidada de arcaica, antiga, etc. Mas há uma grande diferença entre a tauromaquia e as outras formas de expressão (que também têm o seu valor, muitas vezes de enorme excelência): ela sintetiza, de alguma forma, os valores do desporto (porque comporta uma expressão atlética), da arte (porque comporta uma expressão da beleza e do sublime), do rito religioso. Ou seja, a tauromaquia é uma forma artística que não pertence a um género em particular. E onde cada um pode encontrar nela um certo sentido. E que quem, realmente, gosta da corrida de toiros sabe que pode, através dela, gozar de todas as formas de valor que vai encontrar individualizados noutras formas de expressão.
O que o atrai, enquanto filósofo, na tauromaquia?
Escrevi um livro que se chama “Filosofia da Corrida dos Toiros”. E aí sintetizo esta ideia: a corrida de toiros pode dar uma certa experiência concreta de algumas ideias gerais da Ética, da Estética e, de certa forma, da Metafísica. No fundo, a tauromaquia garante a realização de algumas ideias que, como dizia Platão, só existem no plano das ideias. Por exemplo, a ideia da coragem: pode não ter uma realização dela, mas na corrida de toiros vê-se essa ideia. Mas se procurasse algo particular que me tenha ensinado a corrida de toiros, dizia-lhe o seguinte: os gregos tinham uma só palavra para designar o “Belo” e o “Bom”, a palavra “Kalos”, que significa “Admirável” – ou seja, é admirável por ser harmónica e meritória. No mundo moderno, o “Belo” é sempre separado do “Bom”. O “Belo” é o reconhecimento da estética de algo. O “Bom” é o reconhecimento de acções. Mas, na corrida de toiros, a mesma coisa, o mesmo momento, o mesmo gesto, a mesma acção é “Bela” porque é “Boa”, ou seja, porque é meritória, valorosa e, por isso mesmo, é a personificação da Beleza. Quando vê uma “suerte” em que o matador permanece imóvel, mas consegue “estendê-la”, aí reconhece a sua beleza e, ao mesmo tempo, o seu mérito. Outra perspectiva desta ideia: a “Beleza” é o uso do mínimo de meios para conseguir os máximos fins – mínimo de espaço, de tempo, de mobilidade, para conseguir o máximo de efeito sobre a investida. É justamente isso que, ao mesmo tempo, personifica o mérito do toureiro e a beleza da sorte. Isso é algo que não vejo unida em nenhuma outra forma de expressão.
Os latinos, por natureza, são um povo de sentimento, onde o coração e a emoção falam mais alto do que a razão. Como foi possível que tenham sido eles quem sublimou a morte e a violência através da ritualização da corrida de toiros? Encontra alguma justificação para isso?
Não encontro qualquer explicação para essa idiossincrasia particular desses povos. Acho que todos os povos têm uma maneira de expressar as suas emoções. No caso dos latinos, essa expressão aproveitou-se de uma relação especial que, ao longo de séculos, tiveram com o toiro. O toiro que, ao mesmo tempo, é respeitado, objecto de culto, e de projecção da suas emoções e dos seus valores enquanto ideal humano, mas também alvo de receio, de medo. Acho que é essa a razão de ser profunda que explica a presença tão forte da tauromaquia nos povos latinos. É óbvio que tudo terá ver com o modo de ser e estar desses povos. Mas, acho que a corrida de toiros, contribuiu para moderar a alma desses povos. Não será só o resultado da sua vontade de expressão da sua alma, mas também a forma que lhes foi moldando essa alma.
Vários grupos contestam as corridas de toiros, acusando-as de serem bárbaras e atentatórias dos direitos dos animais. Mas, ouvindo as suas respostas, denota-se que a corrida de toiros é muito mais do que o desafio puro e simples da razão do homem ao coração do toiro. Como poderá essa expressão, então, sobreviver a essa contestação, numa sociedade onde a urbanidade se tem vindo a tornar preponderante na escala de valores?
O anti-taurinismo tem razões profundas e, ao mesmo tempo, de moda. Uma das razões é o facto de que a urbanidade fez perder a ligação do homem com a natureza, com a ruralidade. Muitas pessoas têm uma ideia completamente adocicada da natureza. Vêem o reino animal como uma espécie de conto de fadas, como nos desenhos animados de Walt Disney, em que todos os animais são bons, em que todos são como os gatos, carinhosos e fofinhos. É muito complicado explicar o que significa o toiro e a bravura a quem interiorizou essas ideias. É muito complicado explicar-lhes que os toiros são animais que lutam permanentemente entre si, que a luta é algo que está na sua condição de ser, de existir. Por isso, defendo que as crianças e os jovens devem contactar com o campo, com a ruralidade, têm que ver o que é o toiro de lide, a forma como os ganadeiros criam, respeitam e ama os toiros de lide. Sentimentos que são exactamente contrários à industrialização, à mercantilização, ao rendimento económico que, por exemplo, assistimos nos McDonald’s, onde os produtos do campo não são apresentados como resultado de uma actividade mas como algo que surge, sem mais nem menos. Se um adolescente tiver este contacto com a natureza e perceber que os valores ecológicos em que acredita, os encontrará muito mais na relação especifica que temos com o toiro de lide do que com outro animal domesticado ou criado. Aí poderá mudar de ideias e, em boa verdade, mudar o preconceito que tem sobre o assunto. Ou, pelo menos, ganhar uma nova consciência sobre a tauromaquia, não apoiando protestos que recorrem a argumentos básicos e preconceituosos.

Darwin na Terceira

No regresso das Galápagos a Londres, Charles Darwin visitou a Terceira, onde nada de cientificamente interessante encontrou. Dois séculos e meio depois, cientistas açorianos querem corrigir o “erro” do pai da Teoria da Evolução das Espécies.
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Na tarde de 20 de Setembro de 1836, o “Beagle” fundeava ao largo da baía de Angra (capital do império, uma vez que Portugal estava em plena guerra civil e D. Pedro, refugiado na Terceira, proclamara a ilha capital).A bordo, vindo de Santiago, em Cabo Verde, o cansado Charles Darwin aproveitaria a estadia de três dias para repousar o corpo, depois de vários dias no mar e do êxtase pelas observações conseguidas, entre Setembro e Outubro de 1835, nas Galápagos, ponto central da sua Teoria da Evolução das Espécies, que viria a ser publicada 20 anos depois.No seu diário, Darwin regista o acolhimento das gentes terceirenses, a sua aparência e simpatia, assim como a “limpeza” da cidade, das povoações locais, além do aspecto de tudo o que via. O que contrastava com os “portugueses do Brasil”, que em nada lhe granjearam empatia.Mas, apesar de ter viajado pela ilha em busca de mais dados para os seus estudos, o pai da evolução das espécies, do ponto de vista de um naturalista, nada registou de interesse.“Gostei imenso da visita, mas não encontrei nada digno de registo", escreve Darwin no seu diário, a bordo do “Beagle”, capitaneado por Robert FitzRoy, que comandaria os destinos do navio hidrográfico em duas das suas três missões de levantamento topográfico.Quase 173 anos depois, cientistas açorianos procuram provar que Charles Darwin se enganou.
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Darwin na Terceira
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Escreve Charles Darwin no seu diário, no dia 20 de Setembro: «Encontramos uma cidade muito limpa (…) contendo cerca de dez mil habitantes, ou seja, cerca de um quarto da população da ilha. Não existem lojas de víveres, assim como há poucos sinais de actividade, exceptuando o intolerável chiar de um ocasional carro de bois. As igrejas são muito respeitáveis, e, anteriormente, existiam muitos conventos. Mas, Dom Pedro destruiu vários (…) ele arrasou três conventos de freiras, dando-lhes permissão para casar, que, exceptuando algumas das mais velhas, foi muito bem recebida (…)».«No dia seguinte, o Cônsul [inglês], amavelmente, emprestou-se o seu cavalo e forneceu-me indicações para encontrar um local, no centro da ilha, que me foi descrito como uma cratera vulcânica activa (…). Quando chegamos à denominada cratera [pela descrição, assume-se que a visita tenha tido por destino as furnas do enxofre, nas imediações do Algar do Carvão] encontrei uma suave depressão, ou melhor um pequeno vale (…) sem saída. O chão era atravessado por largas fissuras, das quais, em aproximadamente doze locais, pequenos jactos de vapor surgiam (…). O vapor junto aos orifícios irregulares, é quente demais para uma mão se aguentar perto dele (…)».«Gostei da visita, mas não vi nada digno de se ver: foi agradável conhecer um tão vasto número de populares (…)», escreve, usando o seu registo diário para anotar alguns considerandos sobre a história da ilha e das suas gentes, assim como as suas qualidades e a emigração de muitos locais rumo ao Brasil, além de algumas considerações sobre a vila da Praia, que visitou no dia 23 de Setembro.No final do dia 23 de Setembro, o Beagle zarpou da Terceira, tendo por rumo São Miguel, onde a tripulação buscava correio e alguns bens de consumo.Na manhã do dia 25, o navio inglês fundeou ao largo de São Miguel, mas Charles Darwin permaneceu a bordo.Anos mais tarde, o naturalista, embora sem recordar o seu desinteresse pelos Açores em termos científicos, acabou por solicitar a vários cientistas a vontade de receber amostras geológicas do arquipélago, assim como espécies animais e vegetais ali existentes.Em correspondência com Hooker, Watson e outros tenta obter sementes, plantas ou apenas impressões sobe as espécies das ilhas. Pede inclusive a Hunt que lhe envie um morcego. O que mais inquieta Darwin nos Açores é precisamente não haver nada de especial, parece-lhe estranha a falta de espécies endémicas que se tivessem alterado com o isolamento.Meio século depois, em correspondência trocada com Francisco Arruda Furtado, o primeiro malacólogo dos Açores, Darwin viria a reconhecer que as ilhas eram laboratórios naturais. Sublinhou inclusivamente que o trabalho de Arruda Furtado daria frutos à Ciência.
O erro de Darwin
Mais de um século e meio depois da passagem do Beagle e de Charles Darwin pelos Açores, vários cientistas açorianos querem demonstrar que o pai da evolução das espécies se enganou."Queremos associar-nos às celebrações dos 200 anos do nascimento de Charles Darwin e dos 150 anos da publicação da Origem das Espécies, envolvendo não só os cientistas, mas toda a população", disse o professor António Frias Martins, do Departamento de Biologia da Universidade dos Açores, na apresentação do colóquio internacional "O erro de Darwin e o que estamos a fazer para o corrigir", agendado de 19 e 22 de Setembro deste ano.Entre os participantes estarão Lynn Margulis, conhecida pela sua história da origem da vida tal como hoje a conhecemos, Bruce Libermann, que foi aluno de Niles Eldrege e Stephen Jay Gould, pais da teoria do equilíbrio pontuado, e Peter e Rosemary Grant, especialistas na evolução dos "tentilhões de Darwin" nas Galápagos e que já nos anos 70 estudaram os tentilhões dos Açores.Além do simpósio, Frias Martins está a planear uma exposição chamada "O Trilho da Vida", prevendo-se que seja inaugurada a 19 de Setembro e se mantenha em actividade até 2010.O objectivo central da exposição será "transformar tempo em espaço" ao ilustrar os 4,6 mil milhões da idade da Terra num percurso de 46 quilómetros entre a Ponta da Madrugada, no extremo leste da ilha de São Miguel, e Ponta Delgada.

reportagem - Rui Messias para o Diário Insular