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quarta-feira, junho 22

A culpa é sempre do lobby


Escrevi AQUI a 21 de Abril de 2016, que ver a Rueff como a cara de activação da marca CGD não era muito inteligente (memória BES).
Poucos meses depois surge a noticia do "buraco" na CGD e prontamente o nosso governo muda a direcção executiva do nosso banco. Foi à concorrência (a pior concorrente) e formou uma equipa com um curriculum q.b. Um deles é o Miguel, homem simples, solteiro e sem geração, como quem diz... o lobby, aquele lobby, portanto!
Este é o cenário que consigo prever a médio prazo:
Miguel, vem da área seguradora - Allianz. A Fosun vai ficar com o Novo Banco e a Fidelidade sai de vez da CGD por conflito de interesses (e vende os 10% da Fidelidade, para abater ao prejuízo). Cabe ao Miguel resolver este processo transitório e criar uma seguradora especifica do ramo vida, para dar suporte comercial, aposto que já há nome: Caixa Seguros, com Certeza.
Venha o Miguel.

sábado, abril 13

As dívidas - E o garoto sou eu?


O PS andou a fazer das suas. Parece que o presidente de Santa Comba Dão, não gostou muito que a oposição chumbasse um empréstimo que o executivo camarário preparava para “reequilíbrio financeiro”.
Até aqui tudo bem.
A CM encontra-se sufocada em dívidas quase eternas (haverá culpados?). É um facto preocupante saber que durante duas décadas não haverá espaço para uma inovação estrutural e mental do concelho.
Os “garotos” têm razão para se chatear, é muito incomodo deixar uma reunião de tanta importância a meio. Mas, é também muito (in)conveniente não explicar, nem de um lado, nem de outro, qual a necessidade para solicitar um novo empréstimo. A CM de Santa Comba Dão ainda não foi clara na forma como pensa pagar as dívidas que possui, quanto mais pagar as que quer solicitar. Isto é, qual o PLANO?
O problema não é exclusivo da CM de SCD – o país está cheio de exemplos semelhantes.
O conceito – reequilíbrio financeiro, é vago porque não indica caminhos sólidos para a solução.
SCD precisa urgentemente de soluções realistas a longo prazo, soluções transversais às económicas.
O sr. Presidente não pode ficar aborrecido por a oposição fazer o seu trabalho. No entanto, a oposição tem a responsabilidade em ser mais clara nas decisões que toma. A clareza e a objectividade são pilares fundamentais das decisões, e aqui alguém está a falhar. 

quinta-feira, março 21

"CHINA IS ENGINEERING GENIUS BABIES"


Depois de ler ESTA noticia fiquei bastante satisfeito com o futuro da China. Ora, não é que estes cavalheiros estão a criar bebés sobredotados?!

Claro que não irei debruçar-me muito sobre as implicação éticas ou usar analogias ao Admirável Mundo novo de A.H, nem tampouco, a Fringe. 
Fica sempre a questão: que raio está a pensar o governo chinês quando bebés génios começarem a actuar civicamente no seu país? Serão eles capazes de derrubar uma ditadura? 
Já imaginei as vantagens de ter crianças geniais no meu pais, uma delas é a poupança que o estado iria ter na educação. Se calhar compensa criar génios. 

segunda-feira, novembro 19

Ethos, Pathos e Logos - dois exemplos de Rétorica pura e dura





ethos: carácter do orador
pathos: a palavra
logos: auditório


sexta-feira, janeiro 7

”Regras para um Parque Humano” de Peter Sloterdijk (1/2)

Depois de ler este livrinho (porque é pequeno) do senhor Peter Sloterdijk fiquei entusiasmado, e decido assim partilhar. Para quem me acompanha desde sempre no blog, irá entender certamente, o teor desta belíssima obra que serviu de mote a uma conferência que o próprio deu no Castelo de Elmau, na Baviera, a 17 de Julho de 1999 faço assim, uma síntese dividida em duas partes.


Primeira parte: A Educação, como princípio transformador de uma sociedade, o inicio do Humanismo. [e Porque falhou o Humanismo?]
Peter Sloterdijk inicia assim a obra: “Os livros, disse uma vez o poeta Jean Paul, são cartas volumosas dirigidas aos amigos.” O Homem é um ser naturalmente pulsante[i], age por pulsão do seu instinto selvagem. Segundo o Humanismo clássico - “a boa leitura amansa.” Inicia-se o período de alfabetização, isto é, de humanização. O homem sai da caverna, sai da menoridade e vai ao encontro da luz. Um defeito deste modelo humanizador é que separa socialmente os que sabem dos que não sabem. O conhecimento é transformado em poder.  No humanismo clássico, o homem virtuoso é aquele que é sábio. Surge aqui um humanismo burguês, porque seria uma elite a comandar o fenómeno chamado humanização.
Na Modernidade o humanismo torna-se ele partidário e faccioso. Destacam-se três correntes: Cristão, Marxista e Existencialista. Idealmente o humanismo, que parecia ser um acto de amor, livre e calmante para servir de antídoto à pulsão humana, tornar-se-ia a médio prazo um modelo escolar e educativo que foi ultrapassado porque se tornou insustentável a ilusão de que as estruturas políticas e económicas de massas possam ser organizadas segundo o modelo amigável das sociedades literárias. O grande drama que Sloterdijk insinua é a pretensão que existe em construir uma sociedade em que o Homem seja domesticado, o que parece mais grave são as formas e métodos que muitos teóricos afirmam como ideal nesta construção de um estado social, aliás, de um parque, como se de um zoológico se tratasse, o poder de queres domesticar as ovelhas de um rebanho onde só existirá um pastor.
Como terminaria o humanismo clássico? Ora, as sociedades litúrgicas, os eruditos e os fãs dos cânones perderam influência. Aquele que se tornara pastor, isto é, o politico, o que manda, deixara de ser o sábio intelectual e domesticado. Deixou de haver uma sociedade de sábios, passando a existir uma sociedade de políticos, de gestores do património do estado. O Humanismo passou a ser encarado como uma aculturação, devido é certo, a uma crise de saberes canónicos.
Segunda parte: A essência do Humano. Heidegger em modo existencial
Heidegger propõe que deixemos de lado o humanismo como forma de educar o homem. O ideal de uma sociedade alfabetizada e literária chegou ao fim. Segundo ele, o humanismo moderno desvirtuo o homem no seu sentido mais profundo. Depois da segunda grande guerra, seria necessário examinar de forma diferente o próprio ser (dasein), seria necessário dar um sentido aberto ao homem visto que se manifesta na realidade da existência. O problema do mundo estava no próprio homem era necessário olhar só para o homem. “O homem habita na verdade do ser.”[ii]
Para Peter Sloterdijk o ideal que Heidegger tenta construir para um melhor entendimento entre o homem e a sua existência é totalmente absurdo e inconsequente, na medida em que estaria perante um “inumanismo”, ou seja, deixamos de ter presente um campo pedagógico, para passarmos a estar num campo puramente onto – antropológico, isto quer dizer; o homem aprende por ele mesmo, através da “reflexão” do ser com o próprio ser. Se o Ser é o todo em si mesmo, e a linguagem a sua morada então estaríamos automaticamente domesticados, aliás, seriamos todos puros e bons, porque não haveria acção nem confronto, dado que seriamos “autistas” dentro de um mundo “autista”.


[i] Harder, Yves-Jean, La Pulsion à Philosopher, 2006
[ii] - AA. VV., Logos, Enciclopédia Luso-Brasileira de Filosofia, 2.º Vol., Lisboa/São Paulo, Editorial Verbo, Janeiro de 1990, p. 1059


quinta-feira, abril 22

Angra do Heroísmo - Cinema e muita Filosofia


A festa do pensamento humano vai estar patente em dois momentos únicos. O CCCAH organiza um ciclo e um debate em que o Cinema irá servir de mote à reflexão humanizada e socialmente mediática. O Ciclo de cinema "Nos Caminhos do Homem, o elemento espiritual no cinema" irá tentar levar o espectador a uma identificação do próprio - Ser. Já em Abril, a Culturangra EEM (CCCAH) vai espicaçar os Angrenses numa matéria que faz parte de um passado relevante e mediatizado pelas características peculiares dos Açores.
Basta clicar nas imagens para visualizar melhor os cartazes.


quinta-feira, agosto 20

Para a Vanessa que terminou o Mestrado em Ética e Politica na UBI



Pelo desafio que se transformou Albert Camus na tua belíssima Obra Prima.

sexta-feira, agosto 7

Antídoto do Demónio

É precisamente a pessoas como nós que Deus tudo dá. Bons amigos, boa família, conhecimento com fartura e uma tendência irónica para nada apreciar, insatisfação.
Pessoas como eu, que tudo possuem, sem nada adquirir. Um trabalho que não é emprego, uma casa húmida mas acolhedora. Bastante dinheiro mas que nada nos diz. Queremos mais! Mais amores, mais paixões mais ilusões. Não obstinando o prazer do – ter, tudo queremos, tudo temos sem dor ou sofrimento. Ironia para nós, inveja para muitos. Uma bênção, dizem eles, uma inquietação para nós.
Descomprometidamente, lá andamos nós, insatisfeitos a pregar à ironia divina da bênção esta nossa “insatisfação crónica”, a conspirar contra o mundo, este escárnio que faz sorrir anjos e arcanjos, mas abate inevitavelmente as nossas aspirações. Quem sabe, se não somos o antídoto do diabo, quem sabe o próprio diabo.

segunda-feira, março 23

Piaf de Filipe La Féria - Angra do Heroísmo

Curiosidades: Marcel Cerdant, a grande paixão da Edit Piaf morreu num desastre de aviação nos Açores (S. Miguel), no ano de 1949. O novo musical de Filipe La Féria terá ESTREIA NACIONAL no dia 8 de Maio de 2009 no Teatro Angrense. Este espectáculo está integrado no XI Festival de Teatro de Angra do Heroísmo.