segunda-feira, julho 25

sexta-feira, julho 22

A dança dos pés canhotos



Video filmado numa NIKON D3300 a 21-07-2016 em homenagem a Robert Bresson.

quinta-feira, julho 21

Mãos segundo Robert Bresson



A cinema deverá, mais do que uma imitação da realidade (mimésis), deverá ser autentico na forma e no acto de criação de valores que possibilitem a construção de uma linguagem ilimitada, mas ponderada.

quarta-feira, julho 20

Victoria e o plano sequência




Victoria é um filme realizado em plano sequência.
Victoria é uma personagem com uma carência afectiva (solidão + incompreensão = carência por cumplicidade). 
No entanto, esqueçam lá a Victoria... aliás, esqueçam as personagens do filme.
Fui ver o filme por mera curiosidade intelectual. Queria ver como o realizador Sebastian Schipper se saiu, tecnicamente, com o desafio de filmar 2 horas e 20 minutos em plano sequência.
Apesar da narrativa do filme ser pobre, muito pobre, o exercício cinematográfico apresentado pela equipa de Schipper irá, certamente, colocar Victoria na história do cinema europeu.
O filme pode ser, na minha perspectiva, entendido com a forma como olhamos o movimento. Mais; estamos tão obcecados com a técnica e com o fluxo que daí deriva que nos esquecemos da imagem real, da vida real, das pessoas reais.
Victoria é o sintoma da experiência estética e da metodologia que encerra a lógica da experiência humana é, portanto, um vislumbre daquilo que já foi o cinema clássico, i.e., a técnica sobrepõe a natureza dialéctica das personagens sem que haja possibilidade de vinculação entre as mesmas.
Mesmo assim, Victoria é um bom exercício cinematográfico, mas não passa disso, infelizmente!

segunda-feira, julho 11

Billions [T1 EP5]


"Perguntar o que uma pessoa é, abstraindo-nos da sua própria auto-interpretação, é formular uma questão fundamental mal orientada, para a qual, em principio, não poderá haver resposta. Nós não somos eus da mesma forma que somos organismos, nem temos eus da mesma forma que temos corações e fígados."

-Charles Taylor, Sources of the Self

quarta-feira, julho 6

Søren Kierkegaard - Definição de Homem


O homem é espírito. Mas o que é espírito? É o eu. Mas, nesse caso, o eu? O eu é uma relação, que não se estabelece com qualquer coisa de alheio a si, mas consigo própria. Mais e melhor do que na relação propriamente dita, ele consiste no orientar-se dessa relação para a própria interioridade. O eu não é a relação em si, mas sim o seu voltar-se sobre si própria, o conhecimento que ela tem de si própria depois de estabelecida. O homem é a síntese de infinito e de finito, de temporal e de eterno, de liberdade e de necessidade, é, em suma, uma síntese. Uma síntese é a relação de dois termos. Sob este ponto-de-vista, o eu não existe ainda.


-O desespero humano: doença até à morte