Ainda há exploradores como László? Aquele que não acredita na posse, -até a ter.
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sábado, abril 29
segunda-feira, fevereiro 18
segunda-feira, janeiro 22
sábado, agosto 6
Os Inúteis de Fellini e a fabulosa despedida com sabor a prelúdio.
A nossa vida é um conjunto de rotundas; umas maiores, umas mais pequenas, umas com mais ou menos saídas.
Uma rotunda presume uma entrada e uma saída, existe para facilitar quem anda na estrada, quem se movimenta, consegue criar a ilusão que somos livres e cuja decisão do caminho é nossa
Uma rotunda presume uma entrada e uma saída, existe para facilitar quem anda na estrada, quem se movimenta, consegue criar a ilusão que somos livres e cuja decisão do caminho é nossa
Moraldo, grande Moraldo. Aquele desassossegado que em Os Inúteis de Fellini provoca o nosso espírito a fazer algo, a reflectir sobre a nossa rotunda.
Fellini, através de Moraldo, não nos diz como sair da rotunda, vai mais longe, diz-nos que quando pensamos na rotunda, na nossa rotunda, é sinal que já estamos fora dela, um sintoma de que encontramos-nos a caminho do desconhecido, numa espécie de salto de fé existencial.
Moraldo, na sua despedida com sabor a prelúdio, enquanto se despede de Guido, fica constrangido por não saber qual o seu destino. Este é o momento, é a chave da nossa natureza inquietante, mais do que saber para onde vamos, temos que ir, temos que embarcar, confiar na rebeldia do nosso espírito e seguir rumo ao sossego, porque sentindo o desassossego, conseguimos escutar, e escutando, conseguimos partir.
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G: Se não sabes para onde vais, porque vais?
M: Não sei. Tenho que sair daqui, tenho que partir.
G: Mas não estás cá bem?
M: Adeus Guido...
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Bem Vindo, Moraldo!
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Guilherme Castanheira
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quinta-feira, julho 21
Mãos segundo Robert Bresson
A cinema deverá, mais do que uma imitação da realidade (mimésis), deverá ser autentico na forma e no acto de criação de valores que possibilitem a construção de uma linguagem ilimitada, mas ponderada.
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Guilherme Castanheira
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quarta-feira, julho 20
Victoria e o plano sequência
Victoria é um filme realizado em plano sequência.
Victoria é uma personagem com uma carência afectiva (solidão + incompreensão = carência por cumplicidade).
No entanto, esqueçam lá a Victoria... aliás, esqueçam as personagens do filme.
Fui ver o filme por mera curiosidade intelectual. Queria ver como o realizador Sebastian Schipper se saiu, tecnicamente, com o desafio de filmar 2 horas e 20 minutos em plano sequência.
Apesar da narrativa do filme ser pobre, muito pobre, o exercício cinematográfico apresentado pela equipa de Schipper irá, certamente, colocar Victoria na história do cinema europeu.
O filme pode ser, na minha perspectiva, entendido com a forma como olhamos o movimento. Mais; estamos tão obcecados com a técnica e com o fluxo que daí deriva que nos esquecemos da imagem real, da vida real, das pessoas reais.
Victoria é o sintoma da experiência estética e da metodologia que encerra a lógica da experiência humana é, portanto, um vislumbre daquilo que já foi o cinema clássico, i.e., a técnica sobrepõe a natureza dialéctica das personagens sem que haja possibilidade de vinculação entre as mesmas.
Mesmo assim, Victoria é um bom exercício cinematográfico, mas não passa disso, infelizmente!
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segunda-feira, janeiro 4
The Lost Mariner - Memória [eng]
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segunda-feira, dezembro 14
The Man with the Movie Camera(1929) - “O documentário está no cinema.”
Esta é a fonte do cinema Europeu. Quer se queira, quer não, este filme ainda hoje inspira gerações de realizadores e aspirantes ao mundo do cinema.
"Vertov alia a sua presença no filme e a presença do aparato cinematográfico à ideia de registar as pessoas sem que elas se apercebam."
Para um olhar mais atento: O Documentarismo do Cinema - Manuela Penafria (http://www.bocc.ubi.pt/pag/penafria_manuela_documentarismo_cinema.pdf)
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segunda-feira, novembro 19
Trainspotting e os tempos modernos (16 anos depois)
Decide-te pela vida.
Decide-te por um emprego.
Decide-te por uma carreira,
por ter família,
CDs e abre-latas eléctricos.
Decide-te por teres saúde, colesterol
baixo e seguro dentário.
Decide-te por uma taxa fixa
de pagamento da hipoteca.
Decide-te por alojamento temporário,
decide-te a ter amigos.
Decide-te por roupas práticas
e malas a condizer.
Decide-te por fatos completos
em vários tecidos diferentes.
Decide quem és, nas manhãs de Domingo.
Decide-te por te estupidificares
vendo concursos idiotas na TV
e por enfardares só porcarias.
Decide-te a acabares a vida
apodrecendo num lar nojento,
uma vergonha para os egoístas
que geraste para te continuarem.
Decide-te por um futuro.
Decide-te pela vida.
mas por outra coisa.
E a razão...
Não há nenhuma razão.
Quem precisa de razões,
havendo heroína?
Decide-te por um emprego.
Decide-te por uma carreira,
por ter família,
por um televisor dos grandes.
Por máquinas de lavar, carros,CDs e abre-latas eléctricos.
Decide-te por teres saúde, colesterol
baixo e seguro dentário.
Decide-te por uma taxa fixa
de pagamento da hipoteca.
Decide-te por alojamento temporário,
decide-te a ter amigos.
Decide-te por roupas práticas
e malas a condizer.
Decide-te por fatos completos
em vários tecidos diferentes.
Decide quem és, nas manhãs de Domingo.
Decide-te por te estupidificares
vendo concursos idiotas na TV
e por enfardares só porcarias.
Decide-te a acabares a vida
apodrecendo num lar nojento,
uma vergonha para os egoístas
que geraste para te continuarem.
Decide-te por um futuro.
Decide-te pela vida.
Por que iria eu fazer tal coisa?
Decidi não me decidir pela vida,mas por outra coisa.
E a razão...
Não há nenhuma razão.
Quem precisa de razões,
havendo heroína?
-intro - Transpotting, Danny Boyle, 1996
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Guilherme Castanheira
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terça-feira, maio 8
6ª Extensão INDIELISBOA - Festival Internacional de Cinema Independente
A Associação Cultural Burra de Milho apresenta - 6ª Extensão INDIELISBOA - Festival Internacional de Cinema Independente
de 12 a 19 de Maio no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo
entrada: 2 euros // desconto 50% para sócios da bDM
domingo, junho 12
A Árvore da vida - Terrence Malick
Terrence Malick é o senhor da guerra. Apesar de não vender armas nem conflitos, ele pretende (na sua maioria) consolidar a tese de que as guerras ou conflitos são sempre um “acidente metafísico” que arrasta o indivíduo para o paradoxo da existência. No novo filme – A Árvore da vida – a situação não está longe da que ele apresentou em – The Thin Rede Line – em que o conceito de Homem é o mesmo em qualquer parte do mundo, isto é, somos aquilo que fazemos e em casos extremos, somos aquilo que nos mandam fazer. No entanto, somos todos membros de algo magnífico a que chamamos terra, somos parte de algo intrínseco a nós mesmos. A Árvore da vida, é um manifesto às circunstâncias (acidentes metafísicos) da vida. O que tem este filme de diferente dos outros anteriores? Aqui, Terrence faz da guerra e dos conflitos, isto é, usa como cenário o próprio EU, neste filme, não há nações. Mas, o que faz deste, o melhor filme dele? Não faz, mas reforça a tese de que somos arrastados para cenários sem propósitos e sem liberdade. Este é o capítulo final de uma reflexão (muito pessoal?) de como é a vida para cada um de nós, e como é? Temos que ser livres para descobrir.
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Guilherme Castanheira
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sexta-feira, abril 1
terça-feira, outubro 19
Onde é que eu já vi isto? [MINI Getaway Stockholm 2010]
Numa altura em que a industria dos video jogos tem mais lucro que a cinematográfica, este spot publicitário apresenta-se como uma nova tendência de Marketing do futuro. Sim, porque marketing desta forma e conceito só visto mesmo no cinema. Depois disto, não se deixem "espantar" pelo precedente transformista que a nova vaga de divertimento "fora de casa" vai trazer. Algo de grandioso irá aparecer num futuro muito muito próximo. Vejam também este trailer (AQUI)
terça-feira, fevereiro 9
segunda-feira, fevereiro 1
sexta-feira, setembro 12
The Love Guru - A ignorância é rentável
“The Love Guru” apresenta-se como uma sarcástica e irónica homenagem aos valores espirituais e não religiosos da actual sociedade ocidental. Ainda sem data de estreia marcada para Portugal, o filme remete-nos para uma sociedade básica a nível de pensamento e ingénua nas causas do amor e da relação. O argumento é inteligente e atinge a subtileza, comparado com o estilo de filme que é, a narrativa é típica de filmes desta natureza (grandes produtoras = grandes lucros logo grandes clichés) mas a leveza com que o filme expressa o “espiritualismo” e o “comercio” do mesmo é certamente perspicaz e merece algum destaque.
Mike Myers apresenta-se menos exposto à caracterização que lhe é característica em filmes como "Austin Power – GoldMember", porém este alcança um bom nivel na performance musical, "The love guru" é um filme obrigatório para toda a populaça e culturas.
Circulou uma petição lançada pela comunidade Hindu americana onde se sentiu ofendida pela imagem que o filme transmitia do Hinduísmo, depois de ver o filme não achei o filme delinquente nem tampouco a roçar a ofensa religiosa. O filme é sim, um sábio e irónico “ataque” em que até Gil Vicente se iria identificar.
O Oriente está na moda, as pessoas procuram palavras que tenham o efeito aspirina C, ou seja, que resolvam os seus problemas, querem conforto, e toda a espiritualidade oriental dá o que procuram. A crítica como sempre, deu nota negativa ao filme, mas... vejam!
Mike Myers apresenta-se menos exposto à caracterização que lhe é característica em filmes como "Austin Power – GoldMember", porém este alcança um bom nivel na performance musical, "The love guru" é um filme obrigatório para toda a populaça e culturas.
Circulou uma petição lançada pela comunidade Hindu americana onde se sentiu ofendida pela imagem que o filme transmitia do Hinduísmo, depois de ver o filme não achei o filme delinquente nem tampouco a roçar a ofensa religiosa. O filme é sim, um sábio e irónico “ataque” em que até Gil Vicente se iria identificar.
O Oriente está na moda, as pessoas procuram palavras que tenham o efeito aspirina C, ou seja, que resolvam os seus problemas, querem conforto, e toda a espiritualidade oriental dá o que procuram. A crítica como sempre, deu nota negativa ao filme, mas... vejam!
sábado, janeiro 28
Existem pais para tudo. No caso do documentário, o pioneiro a usar o termo -documentário foi, John Grierson. O seu contributo para este tipo de projectos é irreversivel, fundador do Movimento Documentarista Britanico, Grierson deixa agora um legado que influência todo um universo.
``Of course Moana, being a visual account of events in the daily life of a Polynesian youth and his family, has documentary value.'' (Grierson, 1926:25)
27Janeiro>05Fevereiro_06>ForumLx
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