Parece confuso? Não o é. Basta ver o "Somewhere - Algures" (PT) de Sofia Coppola (2010).
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sábado, junho 3
Algures
Esforçamo-nos por manter uma relação laboral conservadora e estável. Com muito esforço tentamos que o trabalho nos dê a Liberdade de acção finita. No entanto, esquecemo-nos que sem construção familiar perdemos a universalidade racional da Liberdade fenomenológica da nossa personalidade.
sábado, abril 29
Amor e Sofrimento - László Almásy
Sofremos, sempre, pelo amor que não escolhemos.
Ainda há exploradores como László? Aquele que não acredita na posse, -até a ter.
quinta-feira, maio 18
FILMES (IR)REFLETIDOS: JORNADAS DE FILOSOFIA DO CINEMA
PROGRAMA
18 DE MAIO
Anfiteatro da Parada / Universidade da Beira Interior
9H30
Abertura oficial
Paulo Serra – Presidente da Faculdade de Artes e Letras
10H00
Crítica de cinema e experiência estética
Tito Cardoso e Cunha
Do cinema filosófico à filosofia cinemal
André Barata
Oh my god, it’s full of stars! O sublime em 2001 – Odisseia no Espaço
Luís Nogueira
14H00
Liv Ullmann: reflexões e sensibilidades de uma atriz melancólica
Ana Catarina Pereira e Anderson de Souza Alves
Peixes e Deuses: A condição humana em Lifeboat de Hitchcock
Ana Leonor Morais Santos
A estética de Tocha ou uma experiência do recolhimento
José A. Domingues
Falar com o cinema de Asghar Farhadi – carta aberta dirigida ao realizador iraniano: O Vendedor ou as interpelações que começam pela vingança
António Rebelo
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Guilherme Castanheira
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domingo, agosto 21
Não Essencial
Essência significa o que é, "o que verdadeiramente é". Numa linguagem filosófica, o conceito de essência assume aquilo pelo qual o ente é determinado a estar presente ou ausente. Já Essencial é o que constitui a essência.
Muito difícil?
Eu sei, para mim também.
Ironicamente, estes conceitos foram explorados, de forma muito rigorosa, por um povo, que mais tarde se veio a perceber, não ter entendido o que é a essência e o essencial, reduzindo tudo à sua volta em algo não-essencial.
sábado, agosto 6
Os Inúteis de Fellini e a fabulosa despedida com sabor a prelúdio.
A nossa vida é um conjunto de rotundas; umas maiores, umas mais pequenas, umas com mais ou menos saídas.
Uma rotunda presume uma entrada e uma saída, existe para facilitar quem anda na estrada, quem se movimenta, consegue criar a ilusão que somos livres e cuja decisão do caminho é nossa
Uma rotunda presume uma entrada e uma saída, existe para facilitar quem anda na estrada, quem se movimenta, consegue criar a ilusão que somos livres e cuja decisão do caminho é nossa
Moraldo, grande Moraldo. Aquele desassossegado que em Os Inúteis de Fellini provoca o nosso espírito a fazer algo, a reflectir sobre a nossa rotunda.
Fellini, através de Moraldo, não nos diz como sair da rotunda, vai mais longe, diz-nos que quando pensamos na rotunda, na nossa rotunda, é sinal que já estamos fora dela, um sintoma de que encontramos-nos a caminho do desconhecido, numa espécie de salto de fé existencial.
Moraldo, na sua despedida com sabor a prelúdio, enquanto se despede de Guido, fica constrangido por não saber qual o seu destino. Este é o momento, é a chave da nossa natureza inquietante, mais do que saber para onde vamos, temos que ir, temos que embarcar, confiar na rebeldia do nosso espírito e seguir rumo ao sossego, porque sentindo o desassossego, conseguimos escutar, e escutando, conseguimos partir.
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G: Se não sabes para onde vais, porque vais?
M: Não sei. Tenho que sair daqui, tenho que partir.
G: Mas não estás cá bem?
M: Adeus Guido...
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Bem Vindo, Moraldo!
Publicada por
Guilherme Castanheira
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