sexta-feira, abril 29
quarta-feira, abril 27
Direitos pós modernistas
Vivemos uma época em que se valoriza mais o direito ao consumidor, do que o direito à cidadania.
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terça-feira, abril 26
sexta-feira, abril 22
Acerca da Tranquilidade da Alma - SÊNECA [diálogos]
“Porém”, afirma o filósofo, “diante de tão louca ambição dos homens, de caluniadores que distorcem para o mal as boas intenções, visto que a sinceridade dificilmente está segura e que sempre há de nos ocorrer mais obstáculos do que êxitos, é preciso de fato retirar-se do foro e da vida pública.
Mas uma alma elevada tem onde demonstrar largamente sua atuação mesmo no âmbito privado. Ao passo que a energia dos leões e de outros animais é refreada nas jaulas, o mesmo não ocorre com os homens, cujas ações mais importantes se dão na solidão.
Nada, porém, pode deleitar a alma tanto quanto uma amizade leal e afetuosa. Que tamanho bem existe onde há corações dispostos a acolher todo segredo em segurança, cuja cumplicidade possas temer menos que a tua, sua conversa alivie a inquietude, sua opinião auxilie uma escolha, sua alegria dissipe a tristeza, sua figura cause prazer! Claro que escolheremos, quanto possível, os que estiverem livres de paixões, pois os vícios serpeiam e transferem-se para quem estiver mais próximo e são nocivos por contato.
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quinta-feira, abril 21
Dona Inércia na CGD
Ver a Dona Inércia na CGD não inspira nada de bom...! Faço-me entender?
"Em que Banco encontro tudo o que preciso?" - Oh Dona Inércia... que pergunta parva!
"Em que Banco encontro tudo o que preciso?" - Oh Dona Inércia... que pergunta parva!
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segunda-feira, abril 11
Lado a lado na Carruagem 23
O comboio está para mim como o avião para um açoriano ou o metro para um lisboeta.
Há algo de cândido em ter uma estação vazia. É neste espaço, nesse condomínio de aço que tenho tempo para escrever, ler, pensar e reflectir.
Junto à janela do comboio temos dois tipos de noção visual; a veloz e a lenta.
Em movimento, a que está mais perto do nosso campo de visão é rápida e quase impossível de tomar atenção, mas a distante, essa permite contemplar, analisar e apreciar como quem aprecia uma bomboca de morango.
As relações humanas, por vezes, são como uma viagem de comboio. Quando estamos muito perto -muito tempo- dessa pessoa, perdemos a percepção do pormenor, da forma, mas a distancia, essa grande aliada, ajuda-nos a compreender a diferença que os nossos sentidos não acompanham com o simples olhar.
Esta contemplação só é perceptível quando se está em lados opostos, i.e, existe o contemplador e o (a) contemplado (a). O ideal seria fazer a viagem em conjunto, onde ambos olhavam pela mesma janela, nem de frente nem de trás... lado a lado.
Isto sim, é viajar de comboio.
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sexta-feira, abril 8
Maldita Hora
Maldita hora em que fiquei solteiro.
Maldita hora em que encerrei a minha conta de facebook.
Maldita hora... em que não deixei de fumar. Com a Primavera vêm os malditos pólens.
A propósito. No dia 10 de Março de 2016, celebrou-se o 18 aniversário da morte de Lloyd Bridges, um actor, norte americano, conhecido pela sua interpretação no papel de Capitão McCroskey em Aeroplano.
quinta-feira, abril 7
quarta-feira, abril 6
Dentista
Para mim, há algo de muito parecido entre um dentista e um ferrador. Sinto-me sempre como um animal.
Ética da Convicção, Ética da Responsabilidade ou uma Ética da Indignidade?
"Quem ousaria “refutar
cientificamente” a ética do Sermão da Montanha, ou o princípio que
ordena “não resistais ao mal” ou a parábola que aconselha a oferecer
a outra face? E, no entanto, é claro que, do ponto de vista intramundano,
é uma ética da indignidade que assim se prega: há que escolher entre a dignidade religiosa que esta ética oferece e a dignidade viril
que advoga algo de inteiramente diverso: “Resiste ao mal – pois, de
outro modo, serás corresponsável do seu triunfo”. Segundo a posição
derradeira de cada qual, um destes princípios será ou Deus ou o diabo,
e cada indivíduo tem de decidir qual dos dois é, para ele, Deus ou o
demónio.
E assim acontece em todos os ordenamentos da vida. O grandioso
racionalismo de uma vida ética e metodicamente ordenada, que emana
de toda a profecia religiosa, destronou aquele politeísmo em prol do
“único necessário” – mas depois, confrontado com as realidades da
vida interna e externa, viu-se obrigado aos compromissos e às relativizações,
que conhecemos da história do cristianismo. Hoje, isso é o
“dia-a-dia” religioso."
segunda-feira, abril 4
Fátima - Altar do Mundo
Ontem fui a Fátima. Seguia na A1 quando fui ultrapassado por um carro cheio de freiras que sorriam ao ultrapassar-me. Foi humilhante! Mas isso fez-me lembrar uma piada antiga:
Qual é a diferença entre uma freira e um mercedes? A freira reza e o mercedes-benz.
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sexta-feira, abril 1
O irmão do meio
Tenho uma irmã, mais nova, espectacular, aliás, tenho duas irmãs espectaculares, eu sou o do meio. Normalmente, enquanto ingénuos gaiatos, somos tentados a olhar para os mais novos com alguma condescendência, foi assim com a minha mana mais velha e por conseguinte eu com a mais nova. Em famílias numerosas existe uma espécie de hierarquia; os mais velhos são soberanos e os mais novos subalternos de um sistema politico naif mas funcional.
Ser irmão do meio é estranho, visto que, tanto somos soberanos, como subalternos, somos um misto.
O estar só, eleva o saudosismo, e isto, permite-me valorizar, ainda mais, o único sistema politico que me agradou e deixou crescer enquanto pessoa, a Família.
A propósito disto
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quinta-feira, março 31
Imre Kertesz morreu (sem eufemismos)
![]() |
via publico.pt |
Soube que morreu aos 86 anos vitima de doença prolongada.
De doença prolongada vivemos todos nós, chama-se vida.
+inf: AQUI
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terça-feira, março 29
quinta-feira, março 24
domingo, janeiro 31
quinta-feira, janeiro 21
Opção Fundamental - Identidade e Experiência Existêncial
Experimentem colocar três ou mais pessoas com curiosidade existencial num só espaço, e o resultado é um coração cheio.
Normalmente, dizem, que não podemos viver sem o outro, faz parte da condição de sobrevivência. Assumimos que não podemos falar de um Eu sem alteridade, isto porque somos uma construção a partir do Outro, mesmo as nossas motivações pessoais ou profissionais são o desenrolar de um processo profundo que teve origem em alguém que não em nós mesmos. (familiar ou social).
Como lidamos, constantemente, com sensibilidades vitais múltiplas, isto é, corpo, intelecto, espiritualidade e raízes sociais, tentamos gerir as informações do Outro com as nossas próprias sensibilidades, por vezes temos medo de nos desentender, mas, quem tem medo de se desentender, nunca poderá entender-se. Na intersubjetividade não há lugar ao julgamento, só ao entendimento.
Ora, conseguimos perceber que somos dependentes dos outros, quando confrontados com a Escolha.
Não ter a capacidade de decisão por si só, (não-decidir é já uma decisão) compromete-nos connosco de forma existencial, ao invés da escolha por si, que nos remete para a responsabilidade da ação.
Decidir e escolher são oportunidades que nos valorizam enquanto Ser e as relações múltiplas, a que estamos sujeitos, ajudam-nos a confrontar o Eu enquanto comunicação do Outro.
No entanto, sentimo-nos, muitas das vezes, condenados a uma liberdade aparente, isto é, a uma fonte de insatisfação, a um vazio que nos leva a uma frustração, por vezes, medo de aceitar e de ser aceite.
Todos procuramos opções de vida que nos tornem felizes e insaciavelmente apaixonados pela curta vida que temos. A opção fundamental é perceber, nalgum momento o que queremos ter em mão, e a partir desse momento chave usamos a nossa existência para dar sentido ao nosso projeto de vida. Como chegamos à opção fundamental? Não chegamos. Vamos morrer sozinhos e desamparados, sem nunca ter descoberto a verdade que nos ampara. O sorriso da fotografia é evidência dessa mesma descoberta. Há que imaginar que somos felizes. Porque só assim o conseguiremos ser.
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Guilherme Castanheira
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