quarta-feira, julho 30

O Segredo é não correr atrás das Borboletas

A ataraxia, serenidade do refugio em si mesmo. O sábio é “integro e perfeito”.
Marco Aurélio foi um Imperador romano estóico, entende-se por estóico, aquele cuja filosofia é baseada numa universalidade harmoniosa, ou seja, o mundo é formado através de um propósito (logos) onde o Homem obedece à “lei universal” (razão). Resumidamente esta ética é a consumação escatológica (final) do próprio homem.
Ora, como pode actuar o indivíduo num estado assim? Para Marco Aurélio a afirmação desta doutrina estóica, é revelada pela “natureza e razão” – O desejo e o impulso activo.
A “minha” natureza é a forma da razão que o homem reparte com os restantes homens, e a natureza “comum” é a “origem de tudo aquilo que acontece”. Para o estoicismo o que temos que fazer, como homens, é “viver de acordo com a natureza”.
Do ponto de vista pessoal, esta ética é transformadora, e benéfica emocionalmente. Podemos apresentar na relação com os outros homens uma vertente que está co – relacionada só connosco, e nunca com a natureza comum. Para vivermos felizes temos que agir segundo a lei interior da razão. Para nos tornarmos felizes temos que ser pacientes com os nossos impulsos naturais, ou será que não? Se calhar o segredo é não andar atrás de todas as borboletas que vemos.
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Baraquin, N, Laffitte, J, Dicionário de Filósofos, pag; 262-263, Edições 70, Setembro 2004

terça-feira, julho 29

Art that Hates War


Criatividade não é igual a sucesso académico

Um aluno criativo não obtêm necessariamente boas médias académicas. Isto é: Iniciativa individual e originalidade não significam sucesso académico. A conclusão é de uma tese de mestrado defendida na Universidade do Minho, por Pedro Alves, estudante Terceirense de Psicologia.
No âmbito do estudo, Pedro Alves realizou vários testes a alunos da Universidade do Minho, com vista a apurar o grau de criatividade dos indivíduos em questão. Depois cruzou a informação obtida com os resultados em termos de médias académicas. “ O que verifiquei é que os alunos de Psicologia eram os que tinham piores resultados nos testes de criatividade, mas também eram os que tinham notas mais elevadas”, explica.
Este fosso entre criatividade e resultados escolares tem várias interpretações, mas a principal centra-se sobre o modelo de avaliação em vigor.
“Tudo depende do sistema de avaliação. No ensino superior, que era o caso que estava em estudo, e também um pouco por todos os estabelecimentos de ensino do pais, aposta-se em conteúdos memorizados. Mas é claro quem podem também haver cursos, como arquitectura, em que a imaginação é mais valorizada”, adianta o autor da tese de mestrado sobre “Criatividade no Sistema de Ensino”.

Criatividade Subjectiva

“A criatividade no ensino é um tema polémico, uns pensam que esta é a solução para tudo, que se devia investir em força no ensino das artes, e outros posicionam-se exactamente ao contrário. As pessoas têm tendência a colocar-se nos dois extremos”, admite Pedro Alves, que acrescenta também a noção de criatividade pode ser subjectiva.
“Existem vários estudos sobre este tema que demonstram que esta questão de criatividade até pode depender da visão do professor. Estes estudos demonstram que aquilo que para os investigadores é a capacidade de obter novas ideias, a individualidade, a originalidade ou a independência, para o professor é, regra geral, aquele aluno que se dá bem na sala de aula, que estuda e cumpre… Que está de acordo com as ideias dele”.
Pedro Alves avança uma conclusão: ”é necessário valorizar a criatividade no ensino, até porque o mercado de trabalho cada vez mais exige essa característica”.
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Um Clássico da Discover Channel - I Love the World

Abril 2008.Client: Discovery Channel Agency: 72andSunny Creative Director: Glenn Cole CD/Designer: Bryan Rowles CD/Copywriter: Jason Norcross Agency Executive Producer: Sam Baerwald Agency Producer: Angelo Ferrugia Production Company: Outsider Director: James Rouse Director of Photography: Max Goldman Producer: Jeremy Barrett Editorial Company: Mad River Post Editor: Lucas Eskin Producer (Editorial): Ann KirkVFX: MethodVFX/Online Artist: Alex Kolansinski VFX Producer: Helena Lee Music: Beacon Street Studios Composer: Brian Chapman Producer (Music): Adrea Lavezzoli Sound Design: Lime Studios Mixer: Loren Silber Telecine: Company 3 Colorist: Stefan Sonnenfeld

Economia - uma das disciplinas da Filosofia Prática

As principais teorias económicas estão falidas. Porque se não estivesses, as coisas resultariam. As universidades continuam a profetizar o absurdo. As pessoas estão cansadas da crença mas também do sarcasmo intelectual da populaça. Mas vamos por partes.
Sabemos que o indivíduo está a individualizar-se, pleonasmo necessário, o homem surge como o fundamentalista de si próprio. Sendo um bocado poeta, diria que o Homem anda a reclamar-se, diria mesmo que estamos perante a mais pura das metamorfoses, e é na economia que se consegue identificar todo este processo. Mais, se a saúde se apresenta como uma necessidade cada vez mais necessária, é porque também ela é um reflexo directo e indirecto do Homem.
Quando vivemos este cenário só temos duas soluções: parar e pensar. O Senhor Primeiro Ministro José Sócrates, deveria perceber que é no saber pensar que se liberta o homem da sua menoridade. A primeira fase deste processo evolutivo passa por ajustar todo o sistema actual, e usar o conceito democracia para fundamentar as necessidades primordiais do indivíduo.
Ter por exemplo um emprego “vitalício” numa empresa é um atentado à própria condição criativa da -pessoa como indivíduo.
As instituições que se mantêm assim, são as entidades religiosas, porque se mantêm em “comunidade”, e por toda uma filosofia prática, contudo as reformas são também feitas nestas grandes instituições, Concilium do Vaticano II é um exemplo perfeito, mas uma reforma destas que envolve as necessidades humanas, é positiva, não é necessário alterar o selo do Vaticano (o equivalente aos logótipos contemporâneos), porque esta pressa em ver e apresentar resultados é quase diabólica, basta pensar nas ditas “doenças do século XXI”, que são maioritariamente de foro neuronal, isto quero dizer o quê? Que os “trabalhadores” estão a fugir de lugares de CEO para serem eles mesmo toda a instituição, daí o individualismo. As reformas são necessárias para manter os padrões actuais do indivíduo e não da mutante instituição que se afunda nos próprios valores desactualizados. Isto prova que os valores são fundamentais, e um bom sinónimo disto é a ética empresarial. Venha mais ética.

segunda-feira, julho 28

O Amor

Devemos desconfiar do amor que nasce antes de criar raízes: o fogo incipiente apaga-se com pouca água.
(Ovídio)
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"O que é o amor senão o compreendermos e alegrarmo-nos com o facto da outra pessoa viver, agir e experienciar de forma diversa da nossa".
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"Há sempre alguma loucura no amor. Mas há também sempre alguma razão na loucura".
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"Tudo o que é feito por amor tem sempre lugar entre o bem e o mal".
(Nietzsche)
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Não confundir o amor com a paixão dos primeiros momentos, que pode desaparecer. O verdadeiro carinho cresce na medida em que os dois estão mais unidos, porque partilham mais. Mas para partilhar é preciso dar. Dar é a chave do amor. Amor significa sempre entrega, dar-se ao outro. Só pelo sacrifício se conserva o amor mútuo, porque é preciso aprender a passar por alto os defeitos, a perdoar uma e outra vez, a não devolver mal por mal, a não dar importância a uma frase desagradável, etc. Por isso o amor também significa exceder-se, fazer mais do que é devido.
(J. L. Lorda)

Grátis é sinónimo de independência

Colaborar em massa é o novo sinónimo de investigação tecnológica. Don Tapscott e Anthony D. Williams no seu estudo intitulado “Wikinomics – A nova economia das multidões inteligentes” publicado pela Quidnovi , surge em consideração ao futuro da Internet, mais precisamente, ao futuro da – rede (network), porém este manual surge na previsão de um mercado global e interactivo, em que os interessados colaboram para o bem comum, na tentativa da criação de um valor que emancipa toda a criação representativa de uma democratização “subsidiária”. O open source não desenvolve limites racionais, mas sim uma retórica de adesão e expressão de criação universal. Case study como o Youtube, Fickr mas em especial a Linux provocam a promessa de inovação e de “oportunidades inimagináveis”, tudo isto é um esforço anónimo onde a vontade emergente de independência perante as grandes multinacionais é fortemente fundamentada pela identidade. Hugo Chávez mandara incentivos fortíssimos na Venezuela para que sejam produzidas tecnologias da informação únicas e competitivas, com isto, o estado arrecada milhões de euros, tal como o incentivo tecnológico se torna imprescindível para a criação de empregos e de formação cientifica. O futuro passará então para que todos os produtos sejam tenham um custo de 0 euros… É possível. Ao analisarmos por exemplo a nova campanha da Vodafone, podemos ter em conta que o mais importante é a fidelização do individuo, e para isso, adquirir um telemóvel fica a preço 0. Muito antes disto, as companhias aéreas de baixo custo (low cost) ofereciam viagens a um preço simbólico, onde o retorno monetário surgia com os extras. O futuro, como já se viu passa por este processo de negociação. O cantor Prince disponibilizou grátis, 3 milhões de copias do seu último álbum - Planet Earthe no jornal britânico Mail On Sunday, apesar de não ter ganho dinheiro (directamente) na venda do álbum, o número de actuações quase que quadruplicou.
Como será o futuro? Esta inovação é puramente dependente. Já ninguém consegue viver sem a Google, e quando falamos em mp3 vem-nos à memoria o ipod, para não falar do próprio youtube. A TVI já transmite noticias cuja fonte é o youtube, sem que tivesse que pagar direitos de autor e de transmissão a agências noticiosas.
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Art Channel vs WAM tv


Art Channel (clip de apresentação) WAM tv (sitio oficial)

domingo, julho 27

ART CHANNEL - TELEVISION AS ART

"Art Channels’ global artwork is an innovative concept in visual arts: TELEVISION AS ART. For the first time in the history of art we have an artwork that consists of modular media construction of digital video works that are broadcast via orbital satellites above the huge territories of Europe, Asia and Africa, aimed at large audience.e.
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Television is the most dominant media of our time. Its development has reached unexpected proportions: television created its own reality which exists in parallel with the real world. Images created by television are convincing and expedient, its "truths" are more powerful, its capability to shape the public opinion is awesome. The consequences of its influence are universal and global (McLuhan). Television is the product of reality that generates its own, artificial, "TV reality". It operates by its own set of rules that are very different from those of the "real" reality experienced by our own senses. Those are the rules of illusions (Baudrillard). In its beginnings firmly dominated by the mechanisms of governmental control, television today, prompted by digital technology development, enters the phase in which its progress adopts many different aspects of interactive and computer technologies, thus generating ever growing semblance of freedom of creativity and content. "

Neurodynamical System Theory

domingo, julho 20

Bertold Brecht disse...

" Há homens que lutam um dia e são bons.
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Há outros que lutam um ano e são melhores.
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Há outros, ainda, que lutam muitos anos e são muito bons.
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Há, porém, os que lutam toda a vida, estes são os imprescendíveis."

terça-feira, julho 15

HBO Voyeur

A teoria é muito simples. Temos acesso a tudo. Os governos são obrigados a descortinar pequenos detalhes que até então eram vistos como segredos de estado, porque o novo "espanto" do homem é sentir-se informado. Mas não é tudo... a privacidade é também ela um motivo de espanto. Cuidado... a nova acção promocional da HBO ficou a cargo da agência BBDO de NY. Vale a pena ver, observar, porque a curiosidade está na moda.

segunda-feira, julho 14

Between Beautiful & Branding

Eis as boas novas para os interessados no documentário e novas tendências.
"Beautiful Losers celebrates the spirit behind one of the most influential cultural movements of a generation. In the early 1990's a loose-knit group of likeminded outsiders found common ground at a little NYC storefront gallery. Rooted in the DIY (do-it-yourself) subcultures of skateboarding, surf, punk, hip hop & graffiti, they made art that reflected the lifestyles they led. Developing their craft with almost no influence from the "establishment" art world, this group, and the subcultures they sprang from, have now become a movement that has been transforming pop culture. Starring a selection of artists who are considered leaders within this culture, Beautiful Losers focuses on the telling of personal stories...speaking to themes of what happens when the outside becomes "in" as it explores the creative ethos connecting these artists and today's youth. "
Ver trailer AQUI
Artigo AQUI

Convite - Cartas Italianas - FNAC Chiado Lx

(clique na imagem para ampliar)

sábado, julho 12

Lively - Um novo conceito cyber social

A Google acaba de lançar um novo produto ligado à web 2.0. A ideia é fazer com que o usuário crie a sua própria imagem e espaço, onde partilhe o seu "mundo". A ideia é perfeita, porque torna a ideia de partilha de espaços muito mais "pessoal" mas mais criativa. Imaginemos o second life em versão web 2.0 e temos os resultado que a Google produziu.

terça-feira, julho 8

Os Cães estão EXILADOS - TEATRO

(clique na imagem para ampliar)

A actual revolução académica passa exclusivamente por saber copiar.


O título não é uma provocação, é a realidade do sistema educativo. Os Ministérios e Conselhos Executivos estão consciente que o resultado final de uma avaliação basta para “avaliar” o percurso de cada pessoa, ou seja, as pessoas são substituídas somente por um número.
A vocação é tão subjectiva como as percentagens apresentadas todos anos pelos órgão reguladores, mesmo assim, quem deveria ter uma palavra em questões da vocação seria a própria pessoa, e nunca uma instituição. Hoje em dia a vocação é ludibriada por falsas questões, como por exemplo a empregabilidade, o sucesso, a riqueza etc… Isto é de certa forma uma manipulação ingénua que os nossos governantes incutem. Para explicar melhor isto basta seguir o exemplo das crianças. Se lhe perguntarmos o que querem ser quando forem grandes, elas conseguem responder sempre a mesma coisa; ou como o Ronaldo ou actor, médico, juiz, enfim… nenhum deles diz que quer ser técnico oficial de contas… isto vem provar que a criatividade é o centro do desenvolvimento humano, mais ainda é na emoção de querer mostrar ao mundo a pessoa que é. As escolas “educam” os mais novos para que eles se encaixem em qualquer lado, quando deveriam proporcionar e desenvolver os talentos particulares.
Posto isto, só existe uma solução, copiar. Se o que interessa é o resultado final, então que se copie.
Não está em causa a honestidade da pessoa, mas sim a integridade do sistema. Nas universidades deveria ser mais fácil orientar e promover o espírito livre do indivíduo, mas em Portugal não se leva muito a sério aquela hierarquia profissional que existe nos Docentes. Refiro-me aos professores titulares e auxiliares, porque o papel de um auxiliar é colaborar com o Mestre, ajudar etc. etc. criar uma identidade própria da instituição, o oposto disto leva a que cada um vá para seu lado, e os interesses de um não são compatíveis com os interesses do espírito do ensino da filosofia e não só, claro.

segunda-feira, julho 7

Que fazer depois da licenciatura em Filosofia?

A minha experiência académica na área da Filosofia é quase impressionista. No Ensino Secundário não dava “uma para a caixa”, tinha notas miseráveis e vergonhosas. Olhando agora para o passado, percebo qual a função dos professores do Secundário. Pegar num livro, e tentar explicar a meia dúzia de alunos o que o próprio livro dizia e não o que o conteúdo dizia. Ora, este tipo de método só é viável aos que possuem uma boa memória. A memória é tão importante como uma conta bancária cheia de dinheiro. Existem pessoas cheias de dinheiro mas com o juízo harmonioso medíocre, e o inverso, é termos pessoas com juízos de valor excelentes mas do ponto de vista prático estam limitadas pelo "sistema". Isto é visível nos Políticos que decidem o que deve ser ensinado porque o sistema económico controla o ensino, ou seja, existe mediocridade nos Ministérios, tanto da Educação como da Economia. Nunca aprendi no Ensino Secundário a desenvolver-me na realidade do meu próprio "sistema", nem mesmo a discutir as exigências da minha própria existência.
Os Professores ainda hoje fazem testes e questões, não para incentivar o uso da razão e da criatividade, mas sim para saber se dominamos o “marranço”, lá está, a memória domina, mas não controla o sistema, porque vai entusiasmar e estimular a cábula.
Depois de terminar a licenciatura decidi não ser professor, porque em vez de poder ensinar aos meus amiguitos a pensar e a ter uma noção bela e empreendedora da vida, teria que perder tempo na burocracia dos ministérios, quem diz isto não sou eu, mas a maioria dos Docentes.
Todos os Licenciados têm licença para ensinar no quotidiano, partilhando com todos aqueles que se cruzarem, a verdadeira motivação da vida e pondo em prática a razão e a criatividade. Por isso deixo aqui um site como sugestão para se fazerem ao caminho da descoberta, foi assim que Parménides o exemplificou, também eu o exemplifico. Até lá, encontramo-nos na Terceira, quem sabe, poderá estar lá a oportunidade de crescermos filosoficamente na criatividade, emoção e na memória “física”.