terça-feira, julho 8

A actual revolução académica passa exclusivamente por saber copiar.


O título não é uma provocação, é a realidade do sistema educativo. Os Ministérios e Conselhos Executivos estão consciente que o resultado final de uma avaliação basta para “avaliar” o percurso de cada pessoa, ou seja, as pessoas são substituídas somente por um número.
A vocação é tão subjectiva como as percentagens apresentadas todos anos pelos órgão reguladores, mesmo assim, quem deveria ter uma palavra em questões da vocação seria a própria pessoa, e nunca uma instituição. Hoje em dia a vocação é ludibriada por falsas questões, como por exemplo a empregabilidade, o sucesso, a riqueza etc… Isto é de certa forma uma manipulação ingénua que os nossos governantes incutem. Para explicar melhor isto basta seguir o exemplo das crianças. Se lhe perguntarmos o que querem ser quando forem grandes, elas conseguem responder sempre a mesma coisa; ou como o Ronaldo ou actor, médico, juiz, enfim… nenhum deles diz que quer ser técnico oficial de contas… isto vem provar que a criatividade é o centro do desenvolvimento humano, mais ainda é na emoção de querer mostrar ao mundo a pessoa que é. As escolas “educam” os mais novos para que eles se encaixem em qualquer lado, quando deveriam proporcionar e desenvolver os talentos particulares.
Posto isto, só existe uma solução, copiar. Se o que interessa é o resultado final, então que se copie.
Não está em causa a honestidade da pessoa, mas sim a integridade do sistema. Nas universidades deveria ser mais fácil orientar e promover o espírito livre do indivíduo, mas em Portugal não se leva muito a sério aquela hierarquia profissional que existe nos Docentes. Refiro-me aos professores titulares e auxiliares, porque o papel de um auxiliar é colaborar com o Mestre, ajudar etc. etc. criar uma identidade própria da instituição, o oposto disto leva a que cada um vá para seu lado, e os interesses de um não são compatíveis com os interesses do espírito do ensino da filosofia e não só, claro.

1 comentário:

Anónimo disse...

ehehe... os auxiliares costumam mandar mais e ter mais arrogancia que os titulares. bem visto, nunca tinha pensado nisso abraços m_m