quinta-feira, abril 21

Dona Inércia na CGD




Ver a Dona Inércia na CGD não inspira nada de bom...! Faço-me entender?
"Em que Banco encontro tudo o que preciso?" - Oh Dona Inércia... que pergunta parva!

segunda-feira, abril 11

Lado a lado na Carruagem 23


O comboio está para mim como o avião para um açoriano ou o metro para um lisboeta. 
Há algo de cândido em ter uma estação vazia. É neste espaço, nesse condomínio de aço que tenho tempo para escrever, ler, pensar e reflectir.
Junto à janela do comboio temos dois tipos de noção visual; a veloz e a lenta.
Em movimento, a que está mais perto do nosso campo de visão é rápida e quase impossível de tomar atenção, mas a distante, essa permite contemplar, analisar e apreciar como quem aprecia uma bomboca de morango.
As relações humanas, por vezes, são como uma viagem de comboio. Quando estamos muito perto -muito tempo- dessa pessoa, perdemos a percepção do pormenor, da forma, mas a distancia, essa grande aliada, ajuda-nos a compreender a diferença que os nossos sentidos  não acompanham com o simples olhar. 
Esta contemplação só é perceptível quando se está em lados opostos, i.e, existe o contemplador e o (a) contemplado (a). O ideal seria fazer a viagem em conjunto, onde ambos olhavam pela mesma janela, nem de frente nem de trás... lado a lado. 
Isto sim, é viajar de comboio.


sexta-feira, abril 8

Maldita Hora



Maldita hora em que fiquei solteiro.
Maldita hora em que encerrei a minha conta de facebook.
Maldita hora... em que não deixei de fumar. Com a Primavera vêm os malditos pólens.
A propósito. No dia 10 de Março de 2016, celebrou-se o 18 aniversário da morte de Lloyd Bridges, um actor, norte americano, conhecido pela sua interpretação no papel de Capitão McCroskey em Aeroplano.

quinta-feira, abril 7

Garfield

O pré-conceito da Inocência





O rock ocidental tem o seu encanto, mas aquele Ukulele é espantoso.

O Totalitarismo do Número

Quem precisa de nomes quando se tem números, aliás, vários!? 

quarta-feira, abril 6

Dentista


Para mim, há algo de muito parecido entre um dentista e um ferrador. Sinto-me sempre como um animal.

Ética da Convicção, Ética da Responsabilidade ou uma Ética da Indignidade?



"Quem ousaria “refutar cientificamente” a ética do Sermão da Montanha, ou o princípio que ordena “não resistais ao mal” ou a parábola que aconselha a oferecer a outra face? E, no entanto, é claro que, do ponto de vista intramundano, é uma ética da indignidade que assim se prega: há que escolher entre a dignidade religiosa que esta ética oferece e a dignidade viril que advoga algo de inteiramente diverso: “Resiste ao mal – pois, de outro modo, serás corresponsável do seu triunfo”. Segundo a posição derradeira de cada qual, um destes princípios será ou Deus ou o diabo, e cada indivíduo tem de decidir qual dos dois é, para ele, Deus ou o demónio. E assim acontece em todos os ordenamentos da vida. O grandioso racionalismo de uma vida ética e metodicamente ordenada, que emana de toda a profecia religiosa, destronou aquele politeísmo em prol do “único necessário” – mas depois, confrontado com as realidades da vida interna e externa, viu-se obrigado aos compromissos e às relativizações, que conhecemos da história do cristianismo. Hoje, isso é o “dia-a-dia” religioso."



segunda-feira, abril 4

cursing without cursing

Fátima - Altar do Mundo



Ontem fui a Fátima. Seguia na A1 quando fui ultrapassado por um carro cheio de freiras que sorriam ao ultrapassar-me. Foi humilhante! Mas isso fez-me lembrar uma piada antiga:
Qual é a diferença entre uma freira e um mercedes? A freira reza e o mercedes-benz.

sexta-feira, abril 1

O irmão do meio




Tenho uma irmã, mais nova, espectacular, aliás, tenho duas irmãs espectaculares, eu sou o do meio. Normalmente, enquanto ingénuos gaiatos, somos tentados a olhar para os mais novos com alguma condescendência, foi assim com a minha mana mais velha e por conseguinte eu com a mais nova. Em famílias numerosas existe uma espécie de hierarquia; os mais velhos são soberanos e os mais novos subalternos de um sistema politico naif mas funcional.
Ser irmão do meio é estranho, visto que, tanto somos soberanos, como subalternos, somos um misto. 
O estar só, eleva o saudosismo, e isto, permite-me valorizar, ainda mais, o único sistema politico que me agradou e deixou crescer enquanto pessoa, a Família.

A propósito disto

quinta-feira, março 31

Imre Kertesz morreu (sem eufemismos)


via publico.pt



Em 2005 postei AQUI um poema de Imre Kertesz, poeta existencialista de quem gosto muito. 
Soube que morreu aos 86 anos vitima de doença prolongada. 
De doença prolongada vivemos todos nós, chama-se vida. 

+inf: AQUI

quinta-feira, janeiro 21

Opção Fundamental - Identidade e Experiência Existêncial


Experimentem colocar três ou mais pessoas com curiosidade existencial num só espaço, e o resultado é um coração cheio. 
Normalmente, dizem, que não podemos viver sem o outro, faz parte da condição de sobrevivência. Assumimos que não podemos falar de um Eu sem alteridade, isto porque somos uma construção a partir do Outro, mesmo as nossas motivações pessoais ou profissionais são o desenrolar de um processo profundo que teve origem em alguém que não em nós mesmos. (familiar ou social). 
Como lidamos, constantemente, com sensibilidades vitais múltiplas, isto é, corpo, intelecto, espiritualidade e raízes sociais, tentamos gerir as informações do Outro com as nossas próprias sensibilidades, por vezes temos medo de nos desentender, mas, quem tem medo de se desentender, nunca poderá entender-se. Na intersubjetividade não há lugar ao julgamento, só ao entendimento.   
Ora, conseguimos perceber que somos dependentes dos outros, quando confrontados com a Escolha.   
Não ter a capacidade de decisão por si só, (não-decidir é já uma decisão) compromete-nos connosco de forma existencial, ao invés da escolha por si, que nos remete para a responsabilidade da ação. 
Decidir e escolher são oportunidades que nos valorizam enquanto Ser e as relações múltiplas, a que estamos sujeitos, ajudam-nos a confrontar Eu enquanto comunicação do Outro. 
No entanto, sentimo-nos, muitas das vezes, condenados a uma liberdade aparente, isto é, a uma fonte de insatisfação, a um vazio que nos leva a uma frustração, por vezes, medo de aceitar e de ser aceite.  
Todos procuramos opções de vida que nos tornem felizes e insaciavelmente apaixonados pela curta vida que temos. A opção fundamental é perceber, nalgum momento o que queremos ter em mão, e a partir desse momento chave usamos a nossa existência para dar sentido ao nosso projeto de vida. Como chegamos à opção fundamental? Não chegamos. Vamos morrer sozinhos e desamparados, sem nunca ter descoberto a verdade que nos ampara. O sorriso da fotografia é evidência dessa mesma descoberta. Há que imaginar que somos felizes. Porque só assim o conseguiremos ser. 

Atelier Escrita Criativa - 23-01-2016



"A 23 de janeiro, a segunda sessão deste ano irá ter como autor convidado Afonso Cruz. O escritor será o dinamizador de um atelier de Escrita Criativa, a ter lugar na Casa Museu Fernando Namora, das 10h às 13h e das 14h30 às 17h30, seguido de uma sessão de autógrafos."

As inscrições são limitadas!


Nota Biográfica


Além de escritor, Afonso Cruz é também ilustrador, cineasta e músico da banda The Soaked Lamb. Nasceu em 1971, na Figueira da Foz, e viria a frequentar mais tarde a Escola António Arroio, em Lisboa, e a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, assim como o Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira e mais de cinquenta países de todo o mundo. Já conquistou vários prémios, distinguindo-se os mais recentes Prémio Autores para Melhor Ficção Narrativa eo Prémio Nacional de Ilustração 2014, com o livro "Capital".




segunda-feira, janeiro 18

quinta-feira, janeiro 14

quarta-feira, janeiro 13

De - Cisão

A de-cisão é o caminho para uma construção da consciência autêntica e permanente de si-mesma. Quando confrontados por ela estamos prontos a convidar a morte a jogar xadrez, até lá, brincamos às damas.