sexta-feira, agosto 25

Trémulas são as minhas insanes mãos, que não conseguem povoar a magnitude desesperante do apelo da pobre humanidade. O querer tanto a ilusão simbólica de uma utopia já pensada, mas que no entanto teme em regressar ao praticado pecado. Se nos mostrarem uma única vez que seja, aquele sentido oportuno da magia do primeiro beijo, ou então da primeira experiência não traumatizante, mas empreendedora da relação com o imaginário, seria bestial, não tão óbvio, mas bestial, parecido com brutal, e com a significação grosseira do momento, não preocupada com a fome do desejo carnal, a esperteza viva do ser como chave de um futuro grandioso.


Um talvez, ou uma analogia pecaminosa, quem sabe, tu? Não... nem ninguem.
A aproximação prepara a morte de nós e mais um óbito de um alguém, a visão resplandecente do momento, do talvez, da pequena grande tentativa do ser, que quer, que procura, que não consegue virtualidade na transmissão dos saberes que pensa possuir, que não pensa sequer saber mas que ilustra o mapa da viajem que não se quer prolongada por falta de ser.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ilusão talvez. É um esforço sobrehumano admirar sem desejar, contemplar sem querer possuir. Eu quero possuir até às entranhas, quero que determinado ser seja meu, mas mesmo meu, até ao asco, até ao grito infame, até à obsessão. Já leste o "Werther" do Goethe?