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quarta-feira, julho 14

Os novos "intelectuais" culturais são por natureza própria faits dívers

Faits divers (pronuncia-se fé-divér; em francês, literalmente, "fatos diversos") é uma expressão de jargão jornalístico e, por extensão, um conceito de teoria do jornalismo que designa os assuntos não categorizáveis nas editorias tradicionais dos veículos (política, cidade, polícia, economia, internacional, esportes e outros).

São fatos desconectados de historicidade jornalística, ou seja, referem-se apenas ao seu caráter interno e seu interesse como fato inusitado, pitoresco. Em geral, remetem a temas considerados "leves", curiosos, não muito sérios e sem comprometer seriamente ninguém. Em inglês, matérias de faits-divers são chamadas de features.



quarta-feira, novembro 12

A minha crónica de hoje no "A União" - Convencer faz bem!

A populaça gosta de ser convencida, é genético. No teatro político, ganha quem convencer melhor, nos empregos mantém-se quem conseguir convencer da forma mais genuína, no desporto a ideia é convencer os adeptos. Já imaginaram se o desporto não tivesse adeptos? Será que valia a pena fazer desporto, claro que valia, mas não teríamos aquele mediatismo típico dos desportos, nunca devemos esquecer o caso de Pequim 2008.
Em todas as campanhas políticas existem matrizes que se devem seguir para alcançar a atenção do eleitorado. Um beijinho ali, um miminho nas criancinhas e um sorrisinho que conquista qualquer pessoa. Porém, este fenómeno eleitoral é típico e característico. O certo, é que continua a convencer.
Convencer é uma arte milenar. A retórica, no verdadeiro sentido, apresenta-se como – o convencer para o “bem comum”, ao contrário dos sofistas, que convencem com o imperativo do “bem próprio”.
Parece que todo este jogo (visto por uma perspectiva Vieirinha) é um horror cheio de manipulações e interesses oportunistas e uma incansável luta por uma posição anti-altruísta. Contudo, sempre fomos assim, de uma maneira mais inocente, mas sempre mantendo a nossa posição individual.
Ao nascermos, choramos para convencer os mais velhos. São estes mecanismos que nos conduzem à evolução. Progredimos porque nos deixamos convencer, e regredimos porque gostamos de ser convencidos. O mais interessante é que detestamos pessoas convencidas. Não suportamos fundamentalistas porque estes não se deixam convencer, aliás, já estão convencidos com o seu conhecimento, daí não se deixarem entranhar num outro modelo epistemológico.
Não existe nenhum paradigma nisto, o mundo não está pior ou melhor do que há 2000 anos, Jesus Cristo, por exemplo, fazia os milagres, para quê? Para convencer, a nossa lista poderia ser infindável mas o que se torna interessante é que as técnicas evoluem, e são essas que nos interessam, isto porque, quanto mais e melhores foram as técnicas mais nós evoluímos e mais felizes nos tornamos, porquê? Porque é genético e nós gostamos.

segunda-feira, outubro 6

Herbie e o 5 de Outubro

O dia 5 de Outubro de 2008 ficou marcado para a maioria dos portugueses por duas coisas; O discurso do Presidente da República e a estreia dos Gato Fedorento. Para a minoria dos Portugueses, o dia 5 de Outubro ficou marcado pelo belíssimo concerto do Herbie Hancock, que encerrou o X AngraJazz, e é precisamente pela minoria que me vou debruçar.
Herbie ganhou (2008) o grammy de álbum do ano e melhor álbum de jazz contemporâneo pelo álbum River: The Joni Letters, a humildade com que se apresentou em cena fazia prever uma interessante noite de jazz com um vestígio de funk. Porém concordo muito com a ideia apresentada no filme – 24 h party people de Michael Winterbottom, de que “o jazz é uma merda, porque divertem-se mais os músicos em palco que os espectadores”. Um dos motivos do sucesso de Herbie passa pela inovação criativa e pela variação musical com que se apresenta sempre em cada actuação, o que refuta a tese apresentada em cima.
O musico de Chicago veio até Angra do Heroísmo com um sexteto e pronto a entranhar e devastar toda uma sala esgotada do Centro de Congressos. De inicio, o modo afável com que abordou o público agradecendo a todos a presença, e onde o humor primou por ser a tempo inteiro e não o típico – Olá Portugal com sotaque estranho, evoluiu para uma sonoridade decadente e quase nihilista, porém a progressividade sonora e o espiritualismo artístico e contemporâneo elevaram o auditório a um estado de transe raro onde diversos momentos geniais fizeram o publico aplaudir verdadeiramente e honestamente o momento de puro prazer musical. Herbie apresentou o último álbum, e deu-nos o prazer de um encore muito divertido. As imagens estarão disponíveis muito brevemente.

domingo, janeiro 15

Vou falar das presidenciais

Ao começar este texto, vem-me à memória uma entrevista que o Dr. Santana Lopes deu na SIC Noticias, em que falava de um retorno à vida politica. Por mim, venha ele.
Não sou nem de esquerda nem de direita, mas sim um cidadão de Portugal, (não sou ateniense nem grego, mas sim um cidadão do mundo - Sócrates). O português é um típico ser com algumas tendências ou raízes anarcas, isto porque odeia qualquer tipo de poder e repugna o “outro” como sendo um Ser mais competente.
A solução para um Portugal mais jovem, uma pátria com uma identidade histórica que tanta falta nos faz, é a vinda da monarquia, o caso espanhol por exemplo.
Soares anda com amnésia, o Louça iludido ou deslocado do país onde mora, o poeta esse poeta que desconhece as estatísticas de leitura no seu país, o Dr. Cavaco, pode não ter o perfil, mas tem o carácter de um português.
Mas o que seria bom era mesmo o D. Duarte ou então o tal menino guerreiro que não tem medo de avançar e de falar em nome do meu, do nosso PORTUGAL.

quarta-feira, dezembro 21

A sociedade violou uma recém nascida

Portugal acordou tarde. Uma criança foi violada, podemos dizer que muitos mais casos existem. É verdade, mesmo ao nosso lado, que fazemos? Nada.
Mas neste caso gravíssimo as coisas podem ser diferentes. Como? Simples.
O pai foi preso, o pai que poderia ser o nosso pai, mas um pai não deveria ser um pai?
Este era um pai das cavernas, um ser canibal, era um pai que nada tinha de pai, mas era um pai e sabem porquê?
É assim. Resumidamente o pai vai preso, mas não vai sofrer, não vai perceber porque está preso, não vai conseguir distinguir o mundo real do mundo das sombras, mas e se conseguíssemos levar este pai ao mundo real? Se fosse possível faze-lo perceber de que é um pai? O que aconteceria?
Vivemos num mundo cada vez mais complexo. Estamos aos poucos a entrar na caverna que outrora saímos.
Tudo isto para verem o filme : The War Zone de Tim Roth

segunda-feira, outubro 10

Estou alegre!

O meu povo, sobe votar bem.

O PSD ganhou ... ( Junta de Freguesia e Camara Municipal)

Em breve conto mais!

Sta Comba Dão está de PARABENS!

(Tão simples é impossivel)

quarta-feira, setembro 14

Festas da Cidade – Santa Comba Dão “Versus” Festas da Vila de Mortágua



Antes de mais … bem vindos

Enquanto assistia calmamente em Mortágua ao som de “Ala dos Namorados”, um amigo disse: “só «este» publico consegue suplantar as festas da cidade de Sta Comba Dão!” É obvio que a afirmação dele não me surpreendeu dado a enorme massa de pessoas que compareceram na semana toda em Mortágua, comparando de igual modo às que compareceram em Sta Comba Dão. Sendo eu de Santa Comba fiquei chateado porque a minha cidade é e vai ser sempre a minha cidade e não poderia ficar calmo ao reparar que este ano o cartaz era de uma qualidade notável, enfim… Analisando bem as coisas não me cabe a mim avaliar seja o que for, mas o que se passa e tem passado é incomparável. Todos sabemos que a quantidade não é sinónimo de qualidade e, nestes casos particulares a qualidade foi positiva e a quantidade também.
Em primeiro lugar Sta Comba Dão tem vindo a apostar na divulgação das novas tendências musicais e não só, exemplo disso foi a vinda dos “Plaza” que mais não são do que a nova “onda” do pop rock electrónico português e o pouco concorrido mas também bom concerto de divulgação do novo álbum que os Alcoolemia deram depois dos Plaza… quem não se lembra de Gomo ou até mesmo de Despe e Siga, é claro que a cultura musical que atravessa Sta Comba não dura simplesmente três dias mas sim todo o ano, certo? Se fôssemos fazer uma análise cultural de cada Município (Sta Comba Dão e Mortágua), A minha cidade estaria em vantagem. Ao contrário da divulgação de talentos das terras de Sta Comba (Ranchos folclóricos, tunas, e Filarmónicas e nunca esquecendo as bandas de garagem e não só; -SpitOut já editaram um álbum, mas que infelizmente nunca estão presentes), Mortágua apresenta-se sempre sob a forma dos Veteranos. Notável de nomes grandes como Jorge Palma a Mind a Gap e este ano com Ala dos namorados e xutos, Mortágua é o contraste positivo do que é um bom convívio. Na minha humilde opinião os dois Municípios foram os melhores entre os melhores, diferentes, arrojados e acima de tudo cheios de hospitalidade.
Aspectos negativos e positivos: a começar os concertos em Sta Comba começavam sempre muito tarde, e em Mortágua a festa perdia algum encanto depois dos concertos onde não existia uma after hours para continuar a embelezar o belo espaço em que nos encontrávamos. Por isso que mais ninguém ouse dizer que uma foi melhor que outra porque não é verdade. Santa Comba tem que perder o medo de assumir a sua identidade e exemplo disso é que, pelos vistos, ninguém gostou da festa… estranho este mundo em que nós, futuros Comandantes de um grande jardim à beira do Dão, temos pela frente.