A populaça gosta de ser convencida, é genético. No teatro político, ganha quem convencer melhor, nos empregos mantém-se quem conseguir convencer da forma mais genuína, no desporto a ideia é convencer os adeptos. Já imaginaram se o desporto não tivesse adeptos? Será que valia a pena fazer desporto, claro que valia, mas não teríamos aquele mediatismo típico dos desportos, nunca devemos esquecer o caso de Pequim 2008.
Em todas as campanhas políticas existem matrizes que se devem seguir para alcançar a atenção do eleitorado. Um beijinho ali, um miminho nas criancinhas e um sorrisinho que conquista qualquer pessoa. Porém, este fenómeno eleitoral é típico e característico. O certo, é que continua a convencer.
Convencer é uma arte milenar. A retórica, no verdadeiro sentido, apresenta-se como – o convencer para o “bem comum”, ao contrário dos sofistas, que convencem com o imperativo do “bem próprio”.
Parece que todo este jogo (visto por uma perspectiva Vieirinha) é um horror cheio de manipulações e interesses oportunistas e uma incansável luta por uma posição anti-altruísta. Contudo, sempre fomos assim, de uma maneira mais inocente, mas sempre mantendo a nossa posição individual.
Ao nascermos, choramos para convencer os mais velhos. São estes mecanismos que nos conduzem à evolução. Progredimos porque nos deixamos convencer, e regredimos porque gostamos de ser convencidos. O mais interessante é que detestamos pessoas convencidas. Não suportamos fundamentalistas porque estes não se deixam convencer, aliás, já estão convencidos com o seu conhecimento, daí não se deixarem entranhar num outro modelo epistemológico.
Não existe nenhum paradigma nisto, o mundo não está pior ou melhor do que há 2000 anos, Jesus Cristo, por exemplo, fazia os milagres, para quê? Para convencer, a nossa lista poderia ser infindável mas o que se torna interessante é que as técnicas evoluem, e são essas que nos interessam, isto porque, quanto mais e melhores foram as técnicas mais nós evoluímos e mais felizes nos tornamos, porquê? Porque é genético e nós gostamos.