quinta-feira, janeiro 21

Opção Fundamental - Identidade e Experiência Existêncial


Experimentem colocar três ou mais pessoas com curiosidade existencial num só espaço, e o resultado é um coração cheio. 
Normalmente, dizem, que não podemos viver sem o outro, faz parte da condição de sobrevivência. Assumimos que não podemos falar de um Eu sem alteridade, isto porque somos uma construção a partir do Outro, mesmo as nossas motivações pessoais ou profissionais são o desenrolar de um processo profundo que teve origem em alguém que não em nós mesmos. (familiar ou social). 
Como lidamos, constantemente, com sensibilidades vitais múltiplas, isto é, corpo, intelecto, espiritualidade e raízes sociais, tentamos gerir as informações do Outro com as nossas próprias sensibilidades, por vezes temos medo de nos desentender, mas, quem tem medo de se desentender, nunca poderá entender-se. Na intersubjetividade não há lugar ao julgamento, só ao entendimento.   
Ora, conseguimos perceber que somos dependentes dos outros, quando confrontados com a Escolha.   
Não ter a capacidade de decisão por si só, (não-decidir é já uma decisão) compromete-nos connosco de forma existencial, ao invés da escolha por si, que nos remete para a responsabilidade da ação. 
Decidir e escolher são oportunidades que nos valorizam enquanto Ser e as relações múltiplas, a que estamos sujeitos, ajudam-nos a confrontar Eu enquanto comunicação do Outro. 
No entanto, sentimo-nos, muitas das vezes, condenados a uma liberdade aparente, isto é, a uma fonte de insatisfação, a um vazio que nos leva a uma frustração, por vezes, medo de aceitar e de ser aceite.  
Todos procuramos opções de vida que nos tornem felizes e insaciavelmente apaixonados pela curta vida que temos. A opção fundamental é perceber, nalgum momento o que queremos ter em mão, e a partir desse momento chave usamos a nossa existência para dar sentido ao nosso projeto de vida. Como chegamos à opção fundamental? Não chegamos. Vamos morrer sozinhos e desamparados, sem nunca ter descoberto a verdade que nos ampara. O sorriso da fotografia é evidência dessa mesma descoberta. Há que imaginar que somos felizes. Porque só assim o conseguiremos ser. 

Atelier Escrita Criativa - 23-01-2016



"A 23 de janeiro, a segunda sessão deste ano irá ter como autor convidado Afonso Cruz. O escritor será o dinamizador de um atelier de Escrita Criativa, a ter lugar na Casa Museu Fernando Namora, das 10h às 13h e das 14h30 às 17h30, seguido de uma sessão de autógrafos."

As inscrições são limitadas!


Nota Biográfica


Além de escritor, Afonso Cruz é também ilustrador, cineasta e músico da banda The Soaked Lamb. Nasceu em 1971, na Figueira da Foz, e viria a frequentar mais tarde a Escola António Arroio, em Lisboa, e a Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, assim como o Instituto Superior de Artes Plásticas da Madeira e mais de cinquenta países de todo o mundo. Já conquistou vários prémios, distinguindo-se os mais recentes Prémio Autores para Melhor Ficção Narrativa eo Prémio Nacional de Ilustração 2014, com o livro "Capital".




segunda-feira, janeiro 18

quinta-feira, janeiro 14

quarta-feira, janeiro 13

De - Cisão

A de-cisão é o caminho para uma construção da consciência autêntica e permanente de si-mesma. Quando confrontados por ela estamos prontos a convidar a morte a jogar xadrez, até lá, brincamos às damas.

terça-feira, janeiro 12

Queen & Annie Lennox & David Bowie - Under Pressure



Na WWW quando não conseguimos ser expressivos o suficiente, colocamos, postamos, divulgamos material de outros. Normalmente é assim. Não serei diferente. Aquele verde fato, e aquele penteado à mete-nojo merecem ser divulgados.

terça-feira, dezembro 29

Paul Virilio - dromologia

imaterialidade
ciberespaço
acidente
técnica
velocidade
produção
matéria
mediatização
distanciação
crítica
dimensão
desumanização
entusiastas
desvio
resistência
imperativo
pensar
ruptura
intensidade
mutação
industrial
contaminação
aproximação
imagem
retroação
totalidade
divisão
consequência
percepção
digital
ilusão

quinta-feira, dezembro 17

A Filosofia dos Ovnis - Manuel Curado

"Pondere-se o caso das narrativas sobre encontros com seres sagrados. As religiões parecem apontar para realidades fora dos seres humanos. Os textos de todas as religiões descrevem poderes não humanos. Porém, é impossível encontrar um único texto, um único parágrafo que represente qualquer coisa que não seja humana. Uma análise fina dos textos sagrados mostra constantemente estruturas humanas. Repare-se no vasto conjunto de textos sagrados que parecem mais afastados da experiência humana: as histórias da criação do mundo. Nas milhentas narrativas de criação do mundo de todas as religiões da Terra não há nada que não seja humano. Nós trabalhamos; os deuses fazem qualquer coisa para ocupar o tempo; nós procuramos perfeição; os deuses criadores criam perfeição; nós preocupamo-nos com os nossos filhos e com os nossos haveres; os deuses preocupam-se com a sua criação e com o que os seres criados andam a fazer. De facto, é difícil ou até mesmo impossível encontrar um único texto religioso que fale de Religião. Todos os textos religiosos ocupam-se das novelas da vida quotidiana de todos nós em versão bigger than life."

Texto Completo: AQUI

segunda-feira, dezembro 14

Casa de Oliveira Salazar - Natal 2015

(foto de Vítor Corveira)

Provocação? Admiração? 
Este será o lugar do futuro Centro de Estudos do Estado Novo. Assim o espero.

The Man with the Movie Camera(1929) - “O documentário está no cinema.”



Esta é a fonte do cinema Europeu. Quer se queira, quer não, este filme ainda hoje inspira gerações de realizadores e aspirantes ao mundo do cinema.
"Vertov alia a sua presença no filme e a presença do aparato cinematográfico à ideia de registar as pessoas sem que elas se apercebam."
Para um olhar mais atento: O Documentarismo do Cinema - Manuela Penafria (http://www.bocc.ubi.pt/pag/penafria_manuela_documentarismo_cinema.pdf)

sábado, novembro 28

Vodafone Natal 2015

A publicidade é uma figura enigmática do espaço social, digo isto porque, está em todo o lado mas não é para toda a gente.  Esta ferramenta tem espaço e tempo próprio, e é isto que a torna irritante, quantas ferramentas conseguem ser socialmente transversais?
Estimular os sentimentos da populaça deve ser excitante para todos os arrogantes-demoníacos que trabalham em publicidade. Estes duendes de satã, através da técnica criativa da tecnologia, procuram na fraqueza humana o consolo da compreensão ou entendimento humano que eles mesmo não possuem, isto porque, usam a subtileza saloia para transmitir um sentimento individual numa demonstração global. 
As pessoas deviam sentir-se violadas por existirem campanhas publicitárias que divulguem de forma descabida a frustração do amor, da relação, da intersubjectividade num video de um minuto, como se o Eu e o Tu, aliás, o Nós, coubessem numa televisão. Deixem isso para a literatura.
Estes pacóvios promovem a escravidão do consumo: comprem, comprem... primeiro está o consumo, depois as relações humanas. Quando se lembram, isto é, quando lhes dá jeito, mascaram-se de profetas da união. É um paradoxo dos tempos modernos. Malditos!

sábado, novembro 14

quinta-feira, novembro 12

Deixem comunicar as pessoas. Moralismos tecnológicos


 

Comunicamos com mais gente, comunicamos com melhor gente. Comunicamos melhor. A tecnologia é um meio para um fim último. Não me venham com moralismos. 

quarta-feira, novembro 11

Stefan Auf Der Maur - Acert, Tondela


A Estética, enquanto disciplina filosófica, nunca me cativou muito. Grandes pensadores dedicaram grande parte da sua vida ao estudo da "obra de arte"... Eu entendo o que os moveu, mas não consigo ter a mesma empatia acerca do assunto. Uma obra de arte, enquanto manifestação individual, vale o que vale... é uma manifestação, nada mais.


segunda-feira, novembro 9