terça-feira, dezembro 2

III Workshop de Formação Prática - Certificação em Método PROJECT@ - 17 Janeiro 2009‏

O curso realizar-se-á no Sábado, DIA 17 DE JANEIRO DE 2009, entre as 15h e as 19h30.
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O Plano de Formação pretende realizar Acções de Formação para vários sectores de actividade, num quadro genérico de aplicação da Filosofia a temas/problemas do mundo contemporâneo.
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Assim, o público-alvo do curso é o mais diverso, desde professores, educadores, consultores, pais e encarregados de educação, gestores, técnicos, licenciados em Filosofia à procura do 1º emprego e todos os profissionais com funções profissionais que exijam competências de comunicação, orientação e aconselhamento.
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Tema: «Certificação em Método PROJECT@ - Consultoria Filosófica»
Programa:
1. Introdução ao Método.
2. Competências e Técnicas.
3. Consulta filosófica - Supervisão.
4. Conclusões e Avaliação.
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Inscrições:
Preço: € 35,00 - Estudantes: € 30,00 (inclui material de trabalho).
Reserva: € 5,00 (pago até 1 semana antes).
Pagamento no dia do Workshop: € 35,00 + € 5,00.
Tel: 289301356
Local:FAUST – Instituto de Língua e Cultura
Rua do Forte Novo, 758125 Quarteira - Portugal
Mais Informações

domingo, novembro 30

WORKSHOP Filosofia para Crianças, Criatividade & Meia Dúzia de Chapéus às Cores‏

Formadora: Joana Sousa – Certificação em Six Thinking Hats® de Edward de Bono
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Público-alvo: professores, educadores de infância, profissionais da educação, pais… Todos os interessados em conhecer e dominar técnicas que visem desenvolver a capacidade cognitiva da criança, bem como as competências dos pensamentos crítico, criativo…
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Data de realização: 13 de Dezembro de 2008 Duração: 6 horas
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Valor: 50€ + IVA (Inclui todo o material de trabalho e Coffe Break) <--
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No final do Workshop será entregue a cada um dos participantes um Certificado de Frequência emitido pelo Centro Immensus Saberes.
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Módulos de trabalho:
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I – Introdução à Filosofia para Crianças
II – Metodologias possíveis em Filosofia para Crianças
III – A Proposta Educativa de Edward de Bono
IV – Tony Buzan e os mapas mentais para crianças
V – Aplicabilidade das técnicas no processo ensino-aprendizagem
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Inscrições e informações através dos seguintes contactos:
Tlm: 969371927 Tlf: 219174529 E-mail: info@immensus-saberes.pt

+inf: O Blog da Joanita

quarta-feira, novembro 26

Bernardo Sassetti em Angra do Heroísmo


No "A União" de hoje - A FELICIDADE

O conformismo é uma forma de optimismo, da mesma maneira que melancolia é uma depressão “saudável”.
Uma pessoa optimista acredita na melhoria de determinada acção, um conformista para além de acreditar, não a revela. Um melancólico é um depressivo não medicado. Ambas estas situações têm como fundamento a felicidade. Não existe nenhum padrão de felicidade, por isso é que se torna tão subjectivo falar de tal coisa. O que pode ser felicidade para a Vânia, pode não o ser para a Joana.
O Filósofo Leibniz, por exemplo, defendia que o Homem é regido por um ser superior (Deus) e que a inteligência (razão) teria a capacidade de dominar todos os instintos maniqueístas do homem, dizia ele, que mesmo havendo desgraças nas acções humanas ou de fenómenos naturais, estas deveriam ser encaradas sempre como “o melhor dos mundos possíveis”. Então ficaríamos com o seguinte: - Tive um acidente grave… mas podia ter morrido. Este tipo de pensamento é válido em diversas situações, porém, não acredito que seja uma boa definição de felicidade, isto porque, o “melhor dos mundos possíveis” só é valido para crentes. Quem não é crente não pode relacionar as acções boas ou más como o melhor dos mundos possíveis.
Se dermos uma pequena vista de olhos na amazon, reparamos que os livros de auto-ajuda, onde a felicidade está subentendida, são os que mais vendem, isto porque descobriu-se que a felicidade é rentável, é um tema urgente, que ultrapassará os limites da lógica. O optimista acredita que será feliz, um pessimista só o é, porque é realista, ora, quais os argumentos para tornar alguém feliz? Epicuro dizia que temos de conseguir controlar as emoções, ou seja, entrar em estado de ataraxia – ausência de perturbações. Como conseguimos ausentar-nos de inquietações, sem ignorar os tempos modernos? Dinheiro, guerras, fome etc… conseguir, conseguimos, para isso basta seguirmos a nossa virtude, o nosso desprendimento com o material, e seguir a via da verdade, da nossa verdade, e essa verdade tem um nome, Felicidade, o que é afinal a felicidade? Não sei o que é a felicidade, mas sei que há pessoas felizes.

domingo, novembro 23

quarta-feira, novembro 19

A minha crónica de hoje no "A União" - “A escola é a retrete cultural do opressor”

Os professores são uns desgraçados, sempre foram. A profissão nunca teve uma autonomia digna das suas funções. O ensino universitário, aquele que devia servir de alavanca para a inovação, perde todos os anos financiamentos importantíssimos, isto porque, passaram de estruturas académicas sólidas do conhecimento, a estruturas polivalentes do ensino secundário. O problema dos professores é o mesmo problema do estado, desorientação total. Os professores sabem disso, e estas manifestações são prova disso. Os professores sempre foram o verdadeiro exército particular do estado. O estado ordena e os Docentes obedecem. Estas são as regras que ditam o “negócio” da educação. Os recrutas - os alunos, são meros cabaços que se limitam a uma prestação de serviços que ignorantemente desconhecem, e aqueles cuja consciência é rara, ou são domesticados à força ou estudam numa privada. Os motins acentuam-se porque esta epifania global que iluminou os docentes, veio fortalecer a ideia de que não há ensino em Portugal. Ensinar é um conceito abstracto que poucos conseguem decifrar, tanto ex ministros da educação como do ensino superior fizeram o que conseguiram para manter o seu exército ignóbil o mais ordenado possível, mas os Socialistas tinham razão, a liberdade adquirida no 25 de Abril é a liberdade dos portugueses, ou seja, dos professores também, e eles sabem muito bem que são livres de se manifestar, mas não de reformar a instituição feita por eles e não pelo estado.
Amanha celebra-se o dia Mundial da Filosofia. Esta data decretada pela UNESCO em 2005 veio relembrar ao mundo que o Homem deve agir de forma ética e integral, num mundo globalizado e multicultural. A única formação capaz de criar um espírito critico e criativo é banalizada e massacrada no ensino porque a sua “utilização” pode criar ainda mais destabilização à velha e arcaica instituição, o estado.
O estado chama projecto nacional a mega obras públicas, os portugueses também… a educação e cultura, que são o pilar de uma civilização, têm que ser vistas como um projecto nacional, e aí, os professores pecam, porque são um projecto nacional mas desconhecem essa realidade, logo, não reivindicam o que é seu por direito.
Será a procura dessa realidade um problema exclusivo da filosofia? A realidade é a verdade, esta é a nossa verdade, infelizmente já não se ensina a pensar.

quarta-feira, novembro 12

A minha crónica de hoje no "A União" - Convencer faz bem!

A populaça gosta de ser convencida, é genético. No teatro político, ganha quem convencer melhor, nos empregos mantém-se quem conseguir convencer da forma mais genuína, no desporto a ideia é convencer os adeptos. Já imaginaram se o desporto não tivesse adeptos? Será que valia a pena fazer desporto, claro que valia, mas não teríamos aquele mediatismo típico dos desportos, nunca devemos esquecer o caso de Pequim 2008.
Em todas as campanhas políticas existem matrizes que se devem seguir para alcançar a atenção do eleitorado. Um beijinho ali, um miminho nas criancinhas e um sorrisinho que conquista qualquer pessoa. Porém, este fenómeno eleitoral é típico e característico. O certo, é que continua a convencer.
Convencer é uma arte milenar. A retórica, no verdadeiro sentido, apresenta-se como – o convencer para o “bem comum”, ao contrário dos sofistas, que convencem com o imperativo do “bem próprio”.
Parece que todo este jogo (visto por uma perspectiva Vieirinha) é um horror cheio de manipulações e interesses oportunistas e uma incansável luta por uma posição anti-altruísta. Contudo, sempre fomos assim, de uma maneira mais inocente, mas sempre mantendo a nossa posição individual.
Ao nascermos, choramos para convencer os mais velhos. São estes mecanismos que nos conduzem à evolução. Progredimos porque nos deixamos convencer, e regredimos porque gostamos de ser convencidos. O mais interessante é que detestamos pessoas convencidas. Não suportamos fundamentalistas porque estes não se deixam convencer, aliás, já estão convencidos com o seu conhecimento, daí não se deixarem entranhar num outro modelo epistemológico.
Não existe nenhum paradigma nisto, o mundo não está pior ou melhor do que há 2000 anos, Jesus Cristo, por exemplo, fazia os milagres, para quê? Para convencer, a nossa lista poderia ser infindável mas o que se torna interessante é que as técnicas evoluem, e são essas que nos interessam, isto porque, quanto mais e melhores foram as técnicas mais nós evoluímos e mais felizes nos tornamos, porquê? Porque é genético e nós gostamos.

quinta-feira, outubro 30

Inovação na Gestão, empatia na construção.

Coaching é um método de gestão “sempre em alerta”, cuja função consiste em proporcionar a todos os colaboradores de uma – organização um desempenho notável de crescimento emocional e profissional. Conseguir responder a todos os desafios da malha organizacional é fazer parte de uma tarefa com contornos que rondam o social e pessoal, é neste comprometimento profissional que o coaching realça a mais-valia do relançamento intuitivo, emotivo do indivíduo. UPPER HUMAN solidifica-se num mercado onde a ética empresarial é uma sombra e onde os valores sensíveis do humano são descredibilizados , porém, a afirmação de uma disposição nobre onde existe a subscrição absolutamente necessária do conhecimento e da vontade emotiva cheia de objectivos autênticos renascem para dar forma ao HOMEM AUTÊNTICO.Nascida em Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, este projecto liderado por Gustavo Couto, um emergente gestor nas relações contemporâneas, provoca um calafrio na atitude de liderança e consegue provar que a teoria e prática existem como fundamento sapiente de uma necessidade intemporal da economia e da gestão. A necessidade de um portal de investigação e de divulgação está a caminho. Passem pela UPPER HUMAN... AQUI com uma nova dimensão para breve mas com capacidade de intervenção para já.

segunda-feira, outubro 6

Herbie e o 5 de Outubro

O dia 5 de Outubro de 2008 ficou marcado para a maioria dos portugueses por duas coisas; O discurso do Presidente da República e a estreia dos Gato Fedorento. Para a minoria dos Portugueses, o dia 5 de Outubro ficou marcado pelo belíssimo concerto do Herbie Hancock, que encerrou o X AngraJazz, e é precisamente pela minoria que me vou debruçar.
Herbie ganhou (2008) o grammy de álbum do ano e melhor álbum de jazz contemporâneo pelo álbum River: The Joni Letters, a humildade com que se apresentou em cena fazia prever uma interessante noite de jazz com um vestígio de funk. Porém concordo muito com a ideia apresentada no filme – 24 h party people de Michael Winterbottom, de que “o jazz é uma merda, porque divertem-se mais os músicos em palco que os espectadores”. Um dos motivos do sucesso de Herbie passa pela inovação criativa e pela variação musical com que se apresenta sempre em cada actuação, o que refuta a tese apresentada em cima.
O musico de Chicago veio até Angra do Heroísmo com um sexteto e pronto a entranhar e devastar toda uma sala esgotada do Centro de Congressos. De inicio, o modo afável com que abordou o público agradecendo a todos a presença, e onde o humor primou por ser a tempo inteiro e não o típico – Olá Portugal com sotaque estranho, evoluiu para uma sonoridade decadente e quase nihilista, porém a progressividade sonora e o espiritualismo artístico e contemporâneo elevaram o auditório a um estado de transe raro onde diversos momentos geniais fizeram o publico aplaudir verdadeiramente e honestamente o momento de puro prazer musical. Herbie apresentou o último álbum, e deu-nos o prazer de um encore muito divertido. As imagens estarão disponíveis muito brevemente.

sexta-feira, outubro 3

World Philosophy Day 2008

From 20-11-2008 to 21-11-2008 (Global Event - Palermo, Italy)
The international event for Philosophy Day will take place in Palermo, Italy, on 20 and 21 November 2008. Philosophers, students, journalists, academics, diplomats and other friends of philosophy will discuss in Palermo “Power and Rights” The topic has been chosen to contribute to debates on the occasion of the 60th anniversary of the Universal Declaration of Human Rights.

Melhor é Possível - Filme de campanha PSD

O pequeno filme faz parte de um elemento de propaganda eleitoral que o Partido Social Democrata dos Açores apresentou recentemente. A animação é simples e tenta promover a acusação de uma realidade açoriana, se bem que a crise é geral. A ideia de uma animação chamou-me a atenção e merece destaque. Tentar captar um novo eleitorado através da criatividade é positivo, mas será que resulta? Isto porque a narrativa não foi propriamente direccionada para os mais novos, faltou um outro elemento que conseguisse ter a mesma valorização que a animação teve. Mas a ideia está lá.

quinta-feira, setembro 25

Porno Diesel - 11 de Outubro de 2008

Este anuncio publicitário revela-se crucial para activar o espírito critico da populaça. Do ponto de vista artistico ou criativo; o pequeno anuncio não vulgariza, mas também não pasma a alma. É simplesmente arrojado e isso basta para dar que falar, enfim... a ideia é essa não é?!

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quinta-feira, setembro 18

Bibliografia - Contributos, Filosofia da Mente, Corpo - Mente.

CURADO, M, Luz misteriosa. A consciência no mundo físico, Vila Nova de Famalicão, Quasi Edições 2007
E. Swedendorg, Regnum Animale, 1744.
H. Bergson, A Evolução Criadora, Edições 70, Lisboa, 2001
K. Jaegwon, Mind in a Physical World, MIT Press, 2000.
K. Nordström e J. Ridderstrale, Capitalismo Karaoke, Editor Público, 2006
Lutjen – Drecoll / Rohen, Atlas da Anatomia: Os Sistemas Funcionais do Corpo Humano, Editora Manole, 2002
P. S. Churchland, Brain-Wise Studies in Neurophilosophy, MIT Press, 2002.
REY, G, Contemporary Philosophy of Mind, Blackwell Publishers Inc., 1997
Santo Agostinho, Confissões, Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa, 2000

Recursos Multimédia:

http://books.google.com/
Newsweek, edição online de 26 de Janeiro de 2004
http://en.wikipedia.org/wiki/Emergence
http://www.lehigh.edu/~mhb0/emergence.html
http://www.rmki.kfki.hu/biofiz/cneuro/tutorials/como/comoall/

sexta-feira, setembro 12

The Love Guru - A ignorância é rentável

“The Love Guru” apresenta-se como uma sarcástica e irónica homenagem aos valores espirituais e não religiosos da actual sociedade ocidental. Ainda sem data de estreia marcada para Portugal, o filme remete-nos para uma sociedade básica a nível de pensamento e ingénua nas causas do amor e da relação. O argumento é inteligente e atinge a subtileza, comparado com o estilo de filme que é, a narrativa é típica de filmes desta natureza (grandes produtoras = grandes lucros logo grandes clichés) mas a leveza com que o filme expressa o “espiritualismo” e o “comercio” do mesmo é certamente perspicaz e merece algum destaque.
Mike Myers apresenta-se menos exposto à caracterização que lhe é característica em filmes como "Austin Power – GoldMember", porém este alcança um bom nivel na performance musical, "The love guru" é um filme obrigatório para toda a populaça e culturas.
Circulou uma petição lançada pela comunidade Hindu americana onde se sentiu ofendida pela imagem que o filme transmitia do Hinduísmo, depois de ver o filme não achei o filme delinquente nem tampouco a roçar a ofensa religiosa. O filme é sim, um sábio e irónico “ataque” em que até Gil Vicente se iria identificar.
O Oriente está na moda, as pessoas procuram palavras que tenham o efeito aspirina C, ou seja, que resolvam os seus problemas, querem conforto, e toda a espiritualidade oriental dá o que procuram. A crítica como sempre, deu nota negativa ao filme, mas... vejam!

quarta-feira, setembro 10

O Ateísmo ciêntifico emergente - Monsenhor Ângelo Alves

A Fundação Voz Portucalense acabou de editar 500 exemplares de uma belíssima obra filosófica, onde reúne um conjunto de textos publicados por Monsenhor Ângelo Alves no jornal Voz Portucalense. O sub titulo é Evolução Natural ou Criação Divina? O prefácio é de D. Manuel Clemente.
A compilação revela sem preconceitos toda a ideia e polémica criacionista que assola a nova tendência cientifica e filosófica.
M. Ângelo Alves apresenta uma imparcialidade relevante e contesta o espírito livre do pensamento Humano. O que me fascinou também, foi o facto de que existem pensadores que fogem da "seita" dos analíticos. É interessante mas ao mesmo tempo assustador saber que a "Internet" é dominada por poucos analíticos, mas são bastante aguerridos no seu pensamento. É possível adquirir o livro nas Editoras religiosas de cada Diocese (Jornal da Beira - Viseu p.e) ou então por mail vp@voz-portucalense.pt
M. Ângelo Alves é professor Jubilado da Faculdade de Teologia do Porto - Universidade Católica. Doutor em Filosofia pela Universidade Gregoriana de Roma, é autor entre outras obras, dos livros - O sistema Filosófico de Leonardo Coimbra (1962) e - Leonardo Coimbra, Filósofo da Liberdade e do Amor Infinito (2003)

terça-feira, setembro 9

Alan Ball regressa com True Blood



Client: HBO Agency: Digital Kitchen Concept: Rama Allen, Shawn Fedorchuck Executive Creative Director: Paul Mattheaus CD/Designer: Matthew Mulder Designer/Compositor: Ryan Gagnier Designer: Rama Allen, Camm Rowland, Ryan Rothermel Director: Rama Allen, Morgan Henry, Matthew Mulder, Matt Clark, Trevor Fife Executive Producer: Mark Bashore Producer: Morgan Henry, Kipp Christiansen

A Liberdade de Existir (2/2)

Uma outra tese apresentada por diversos autores é a da Superveniência. Como já foi referido atrás, o Homem existe como – Ser num mundo físico.[1] Existe um Dualismo, que faz com que o Corpo propriamente dito se apresente num nível básico da física, e os fenómenos mentais, como a consciência etc. emergem num nível superior da física.
A Superveniência apresenta-nos uma teoria em que os fenómenos de nível superior emergem dos de nível básico.
O relacionamento de propriedades provoca um estímulo irredutível, ou seja, a relação entre o físico e o não físico é inegável, porque existe uma ligação (Epifenomenismo).
Jaegwon Kim reivindica as propriedades que emergem do físico como o Fisicalismo da Superveniência. O grande paradigma dos Fisicalistas é não conceber um lugar para a mente e que esta não seja propriedade da mesma. Contudo, Kim vai mais longe e consegue de forma refinada expor a questão primordial do mundo físico. De onde vem o Físico? O mundo tal como o conhecemos é um conjunto de “nadas” que se juntam para formar propriedades de matérias agregadas em partes. A congregação física (Fisicalismo) é por si só uma Superveniência das próprias substâncias.[2] Como já vimos, estes níveis básicos da física (massa, forma, tamanho, electricidade etc.) mas àquilo que chamamos se sistemas complexos (organismos biológicos) parecem à primeira vista não – físicos, porque não são investigados ou estudados pelas ciências físicas. De acordo com isto os sistemas mentais (juízo, sentimentos, emoções…) são propriedades relacionadas à existência não - física.
Se a substância X emerge da Y então X apresenta-se como Y x 2? A Superveniência indica (supera) a independência, ou a maioridade atingida pelas propriedades mentais junto das físicas, ou seja, existe uma independência entre as propriedades “básicas” das “superiores”. A física fica de “fora” dos eventos mentais.
Kim devora todo este conceptualismo fisicalista porque analisa o fenómeno Humano na categoria da demonstração. Isto quer dizer que quando olhamos por exemplo para uma escultura, apesar de pedra o efeito trabalhado cria a emoção de ser belo ou não, eis a Superveniência resumida.
Epifenomenismo, Superveniência e Emergentismo possuem o mesmo grau de identificação. São na prática a mesma coisa, cujo papel é refutar de certa forma o radicalismo do fisicalismo reducionista. O Emergentismo foca a relação entre as partes, é precisamente nessa mesma união que surge a matéria sensível. Esta relação só pode ser solidificada perante várias possibilidades, como a necessidade de existir uma condição e uma espécie de conjuntura. Depois desta abordagem sistémica a dinâmica “emerge” dando a possibilidade aos “nadas” de se conseguirem articular para fomentar a capacidade de se tornarem propriedades novas.
Estas redes independentes podem ser vistas como um formigueiro. Onde a escala de cada habitat é visto como propriedades dos sistemas biológicos ou seja, emergentistas. A ideia trabalhada pelos actuais “emergentistas” é quase toda ela computacional e onde envolve questões sobre a Inteligência Artificial e da Computação.
Considere uma mesa de cozinha. Uma mesa parece ser uma entidade de seu próprio direito - grande, com uma forma particular, sólida, capaz de suportar objectos menores, e assim por diante».
Mas nós supomos também que esta é feita de moléculas, e, por sua vez, átomos, e, numa volta mais adicional, várias partículas sub-atomicas. Talvez a única realidade física é o swarm dos quarks, neutrões, e electrões que compõem a tabela, e todas as outras propriedades, do sólido, não dão forma, e assim por diante, não são mais do que manifestações das interacções entre aquelas partículas. [3]
É na computação de sistemas de informação complexos que o emergentismo se desloca para a contemporaneidade. Se na Superveniência os sistemas ditos complexos são de foro social e cognitivo, e onde o ente é analisado num ambiente do próprio sistema naturalista, o emergentismo tem o mesmo efeito mas em matérias e redes de produtos de propriedades novas e mecânicas ou artificiais. Porque o Futuro passa por tudo aquilo que esteja fora de uma manualidade. Assim, a nova ferramenta tem o nome de mente (criatividade).
Contudo, a definição mais proclamada sobre o emergentismo é a de uma visão da natureza estratigráfica, por camadas e essas camadas são dispostas em termos de complexidade de forma crescente.
[1] Referimo-nos a teses de Brian McLaughlin, Karen Bennett e Lloyd Morgan.
[2] K. Jaegwon, Mind in a Physical World, MIT Press, 2000.
[3] M. H. Bickhard e D. T. Campbell, Emergence in http://www.lehigh.edu/~mhb0/emergence.html. Todas as traduções apresentadas são da minha autoria.