quarta-feira, maio 24

segunda-feira, maio 22

Quase lá


Nascia uma nova categoria sensível no momento em que entrava no teu carro, nada de muito profano mas também não muito sagrado.
Só vagas palavras podem descrever as deslocações históricas do movimento cinésico que nos espantavam durante o ócio contemplativo da viagem.
Foi sempre a viagem.
A nossa viagem.

quinta-feira, maio 18

FILMES (IR)REFLETIDOS: JORNADAS DE FILOSOFIA DO CINEMA



PROGRAMA


18 DE MAIO
Anfiteatro da Parada / Universidade da Beira Interior

9H30
Abertura oficial
Paulo Serra – Presidente da Faculdade de Artes e Letras

10H00
Crítica de cinema e experiência estética
Tito Cardoso e Cunha

Do cinema filosófico à filosofia cinemal
André Barata

Oh my god, it’s full of stars! O sublime em 2001 – Odisseia no Espaço
Luís Nogueira


14H00
Liv Ullmann: reflexões e sensibilidades de uma atriz melancólica
Ana Catarina Pereira e Anderson de Souza Alves

Peixes e Deuses: A condição humana em Lifeboat de Hitchcock
Ana Leonor Morais Santos

A estética de Tocha ou uma experiência do recolhimento
José A. Domingues

Falar com o cinema de Asghar Farhadi – carta aberta dirigida ao realizador iraniano: O Vendedor ou as interpelações que começam pela vingança
António Rebelo

sexta-feira, março 31

Anos 80


Quando um corte de cabelo consegue definir uma década é porque algo de errado existia naquele tempo.

segunda-feira, janeiro 30

sexta-feira, janeiro 27

quarta-feira, agosto 24

Encalhados


Diz-se encalhado a todo aquele que está onde não deve estar, ao ex-cêntrico -fora do centro-, aquele cuja função representa uma natureza modificada. Encalhado é o oposto do movimento, o que está parado.
No entanto, esta natureza extrema tem um sentido declarado de ilusão sobre uma liberdade ligada ao nada, a um não ser, a uma rejeição da sua virtude.
Há encalhados, e encalhados.

terça-feira, agosto 23

Acerca da Conquista no Amor


Dia após dia vamos sendo um bocadinho mais para nós. Esta sensação maravilhosa de conquista, de consciência que os relacionamentos são uma maratona e não um sprint, a sensação de ter todo o tempo do mundo para alguém, para nós.
É como se estivéssemos a tecer um tapete, o tapete das nossas vida, o tapete dos nossos Eus. Um tapete onde há desenhos mais ou menos bonitos. Um tapete que muitos vão querer pisar ou esconder no lugar das coisas perdidas.

Este tapete é um tapete inacabado, que procura estar em constante transformação. Sem tamanhos, sem formas, sem utilidades, só um tapete.
Somos os artesãos, somos as Moiras, somos aquilo que quisermos ser. No limite, seremos um tapete, um belo, mas imperfeito tapete.


domingo, agosto 21

Expressão


Ao exprimir-nos corremos um risco...mas quando nos calamos, estamos a demitir-nos da verdade.
Que horror!
Isto parece aquela música dos Clã...


Não Essencial



Essência significa o que é, "o que verdadeiramente é". Numa linguagem filosófica, o conceito de essência assume aquilo pelo qual o ente é determinado  a estar presente ou ausente. Já Essencial é o que constitui a essência. 
Muito difícil? 
Eu sei, para mim também. 
Ironicamente, estes conceitos foram explorados, de forma muito rigorosa, por um povo, que mais tarde se veio a perceber, não ter entendido o que é a essência e o essencial, reduzindo tudo à sua volta em algo não-essencial.

sexta-feira, agosto 19

Remedios Varo Uranga - Dead Leaves


Os nossos desejos e experiências devem ser interpretados da forma mais radical possível, sem complexos. 
Não podemos viver como a ruiva que Remedios Varo apresenta em "Dead Leaves": cujo desejo de desconstruir o passado em busca de uma consolação poética que leva a uma negação modelada da sua própria vida, isto é, da sua experiência. 
Saibamos interpretar, não sentados, nem sozinhos, o radicalismo que foi e é a nossa vida. 
Uma ruiva, com aqueles atributos, incapaz de se ligar aos outros, precisa, inevitavelmente, de algo mais...algo que a leve a construir e a assumir os seus desejos... Afinal, desconstruirmos para construir, certo? 

quinta-feira, agosto 18

Por onde andas?


Normalmente, o que mais desejamos é o que mais nos aterroriza.

segunda-feira, agosto 15

Maturidade da consciência


Maturidade da consciência:

Encontrar o lugar certo para nós (eu e ela), e vi-ver a banalidade do dia-a-dia como uma bênção.

quinta-feira, agosto 11

Descobrir o estóico que há em nós


Só um estóico consegue conceber a ideia de dor no amor. Só alcançamos a felicidade se percebermos como o outro funciona e, a partir daí, viver como se de uma maratona eterna se tratasse. O pior é que nem todos querem ser estóicos, mas todos querem a felicidade sem dor. Quem não quer?

terça-feira, agosto 9

Felicidade enclausurada


Imaginemos que teríamos 300 caracteres para conseguir atrair a mulher da nossa vida. Que palavras usar? O que reforçar; riqueza e promessas? Escrever o que valorizamos - ou não- na pessoa e aquilo que somos e o que não somos, mas ansiamos ser ou ter? Poderá o amor caber num espaço de 300 caracteres?

(usei 300 caracteres para escrever este texto)

domingo, agosto 7

Guarda de Objectos


Na Filosofia o Objecto, é aquele que se opõe, o que a-parece em frente ao sujeito, numa análise redutora, é tudo aquilo que não é consciente, por isso é que fica de fora do sujeito, do que verdadeira-mente interessa, mas que ainda assim possui a capacidade de ser guardado, catalogado, apreendido pelo sujeito. Ainda bem que existem lugares com sujeitos que guardam objectos, os nossos objectos.


A foto foi tirada no estádio do dragão, Porto.

sábado, agosto 6

Os Inúteis de Fellini e a fabulosa despedida com sabor a prelúdio.

 
A nossa vida é um conjunto de rotundas; umas maiores, umas mais pequenas, umas com mais ou menos saídas.
Uma rotunda presume uma entrada e uma saída, existe para facilitar quem anda na estrada, quem se movimenta, consegue criar a ilusão que somos livres e cuja decisão do caminho é nossa
Moraldo, grande Moraldo. Aquele desassossegado que em Os Inúteis de Fellini provoca o nosso espírito a fazer algo, a reflectir sobre a nossa rotunda.
Fellini, através de Moraldo, não nos diz como sair da rotunda, vai mais longe, diz-nos que quando pensamos na rotunda, na nossa rotunda, é sinal que já estamos fora dela, um sintoma de que encontramos-nos a caminho do desconhecido, numa espécie de salto de fé existencial.
Moraldo, na sua despedida com sabor a prelúdio, enquanto se despede de Guido, fica constrangido por não saber qual o seu destino. Este é o momento, é a chave da nossa natureza inquietante, mais do que saber para onde vamos, temos que ir, temos que embarcar, confiar na rebeldia do nosso espírito e seguir rumo ao sossego, porque sentindo o desassossego, conseguimos escutar, e escutando, conseguimos partir.
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G: Se não sabes para onde vais, porque vais?
M: Não sei. Tenho que sair daqui, tenho que partir.
G: Mas não estás cá bem?
M: Adeus Guido...
:
Bem Vindo, Moraldo!