segunda-feira, julho 10

Um drama, um sonho, uma estrada... e 7 palmos de terra

Ao volante do Chevrolet pela estrada de Sintra,
Ao luar e ao sonho, na estrada deserta,
Sozinho guio, guio quase devagar, e um pouco
Me parece, ou me forço um pouco para que me pareça,
Que sigo por outra estrada, por outro sonho, por outro mundo,
Que sigo sem haver Lisboa deixada ou Sintra a que ir ter,
Que sigo, e que mais haverá em seguir senão não parar mas seguir?

Vou passar a noite a Sintra por não poder passá-la em Lisboa,
Mas, quando chegar a Sintra, terei pena de não ter ficado em Lisboa.
Sempre esta inquietação sem propósito, sem nexo, sem consequência,
Sempre, sempre, sempre,
Esta angústia excessiva do espírito por coisa nenhuma,
Na estrada de Sintra, ou na estrada do sonho, ou na estrada da vida...

Maleável aos meus movimentos subconscientes do volante,
Galga sob mim comigo o automóvel que me emprestaram.
Sorrio do símbolo, ao pensar nele, e ao virar à direita.
Em quantas coisas que me emprestaram eu sigo no mundo
Quantas coisas que me emprestaram guio como minhas!
Quanto me emprestaram, ai de mim! Eu próprio sou!
...
Na estrada de Sintra ao luar, na tristeza, ante os campos e a noite,
Guiando o Chevrolet emprestado desconsoladamente,
Perco-me na estrada futura, sumo-me na distância que alcanço,
E, num desejo terrível, subido, violento, inconcebível,
Acelero...
Mas o meu coração ficou no monte de pedras, de que me desviei ao vê-lo sem vê-lo,

À porta do casebre,
O meu coração vazio,
O meu coração insatisfeito,
O meu coração mais humano do que eu, mais exacto que a vida.

(...)
(Mais uma vez 7 palmos de terra terminaram... as segundas - feiras, perderam outra vez o sentido)

domingo, julho 9

Deus morreu… mas não encontro o corpo!

sábado, julho 8

Um ano de devaneios

Iniciei este blog como forma de atenuar a minha frustração por uma rapariga.
Estava de férias e não me apetecia estudar para os exames, que eram muitos, no entanto queria que este espaço fosse um lugar de simplificação do mundo abstracto em que vivemos, como o titulo afirma: “tendências simplicistas”, queria mostrar ao mundo isso mesmo. Arte, cultura, opiniões, politica, filosofia, religião… tudo isto sob a forma do simples, em suma, o mundo entrega-me a matéria, eu simplifico como catalizador o mais importante ou belo, o resto deixo para vocês. Quis na maioria dos casos mostrar-me imparcial a tudo, mas não consegui.
Uma nova tendência anda por aí, já existe há um tempo, mas aproveito a boleia para falar do youtube, é um espaço de partilha de vídeos, fica então o mote para visitarem e verem o que para mim são os 5 melhores vídeo clipes do mundo da música.

quinta-feira, julho 6

Esta teoria é interessante...

domingo, julho 2

A iniciação massiva do universo e dos que nele habitam

Nietzsche abriu as perspectivas de algumas mentes. Algumas, porquê? Porque dada a altura histórica e talvez todo o contexto social a que se revelaram, fez com que só alguns pudessem ter acesso ao seu pensamento progressista e podemos dizer revolucionário, mas a questão essencial é a da motivação linguística e emocional a que ele nos preenche a cada palavra que escreve. No entanto esses intelectuais, sofreram deveras com a arrogância crítica e criativa, como é óbvio, a que Nietzsche se expôs. No entanto a “luta” dele estava certa, e não havia margem de manobra porque estava sozinho, os responsáveis da época, desde políticos a educadores, não pretendiam mudar nada e não se sentiam com vontade de admitir que o fracasso social, histórico, político e educacional estava gasto. Tudo estava gasto. E gasto porquê? É simples, quando entramos num programa social e digo programa porque é fácil de admitir que as nossas camadas sociais aos poucos tornam-se anti-sociais e é necessário uma actualização, a todos os níveis. O que se passou foi que, essas actualizações foram feitas só nalguns programas, quais programas? A matéria o inumano o imaterial. E o humano foi claramente deixado ao acaso. Quando Nietzsche reparou que o universo andava a andar de uma maneira pouco saudável chamou a atenção. Resultado? Ficou doido, maluco, maníaco. E quem fez essa avaliação psiquiátrica? Os impuros num mundo impuro. Em suma: os adeptos estão a apelar ao voto e esforço dele. Os media, mas principalmente a Internet vai ter um papel importante na destruição total e eu estou lá…este e este também.

domingo, junho 18

Mundial de criatividade 2006

É verdade que o futebol é considerado o -desporto rei, mas vai muito para além disso, existe toda uma logistica de cerebros que tornam o espectáculo muito interessante. Para todos aqueles que dizem que o futebol é todo igual, aqui fica a diferença.

quarta-feira, junho 14

descontrolo

Estou, eu, sim... o gvilhovsky... "mamado" :)
simplicidade maxima nas palavras, feliz, talvez não.
Afinal a emoção vem primeiro que o sentimento, já dizia o velho Damásio, maldito!
Vou sobreviver a este mundo, vou controlar a sentença mal escrita da gramatica...
Vou finalmente, 23 anos depois, render.me ao "sistema"...
Venha o sistema, venha ele, estou à espera dele... sem medo
Afinal... eu sou um heroi cheio de "estórias" e voçes?
Eu simplesmente consegui ao longo deste tenpo ferir as ideias... já viram isto? ferir as ideias!
Fraude...
Mas mesmo assim, estou estou aqui... sem medo.

sábado, junho 10

"Casas" do mundo

Nós por cá temos cultura, história e a arte de uma nação , do outro lado do Atlantico temos um sistema bem mais complexo, mas que mesmo assim não deixa de ser interessante.
São Tomé e Principe festeja o dia de Portugal, é preciso gostar mesmo de "nós", mas será que nós gostamos deles? Que fazemos nós por este paraíso?

sexta-feira, junho 9

Acho que já ninguem -O compreende

"Ser independente não é para toda a gente e é um privilégio dos fortes. E quem o procura, mesmo tendo os melhores motivos para isso, mas sem ser obrigado a fazê-lo, mostra sem dúvida, que não é apenas forte, mas também ousado até à extravagância.
Penetra num labirinto e multiplica os perigos que a vida já traz consigo; destes, não é o mais pequeno o facto de ninguém ver com os seus próprios olhos como e onde se perde, onde fica isolado e é destroçado por um Minotauro escondido nas cavernas da consciência. Se tal pessoa é aniquilada, isso acontece tão longe da compreensão dos homens que estes não podem senti-lo, nem ter compaixão – e tal pessoa não pode voltar para trás, nem sequer regressar à compaixão dos homens."
( cap. 29; Para além do bem e do mal, Nietzsche)

sábado, junho 3

Finlândia, sem medo!

Os nórdicos, nomeadamente os finlandeses são e demonstram aquilo que na sua essência possuem, falo de um espírito pessoal e com carácter. Não temem as suas origens nem o mundo que os rodeia. Existe uma frase que simplifica todo o pensamento a que me refiro, -“o segredo do sucesso é não ter medo do fracasso”.
Na ultima edição do -Festival da Eurovisão, os “Lordi” banda vencedora, entraram a “matar” e “rebentaram” com todo o preconceito a que o festival já nos tinha habituado, acredito que novas tendências e performance vão surgir, com medo ou sem medo aqui estão eles:Hardrock halellujah

sábado, maio 20

As mães do presente ou os filhos do futuro?

A harmonia da cultura ou a totalidade de um pressuposto aculturado são temas que devemos passar em revisto todos os dias da nossa vida, talvez tão importante como o sentir do querer da vida, manias minhas provavelmente, mas educar é um processo quase maquiavélico. Eu não quero ser educador de nada, mas queria educar não educando.
Quando se repara em excursões de dezenas de escolas das redondezas da Covilhã e não só, a deslocarem-se à incubadora enorme que molda tudo para uma plataforma plástica insensível que só mata, mas atenção isto não mata o corpo, mata o espírito a cultura tradicional e um pouco de tudo, mas isso é outra historia. É verdade que os miúdos vão ver o Noddy a um centro comercial, mas quem são os educadores que toleram estas coisas? O continente das compras é lindo por fora, então de noite é um verdadeiro espectáculo heraclitiano, pois quando se entra o continente dos desalojados é fortíssimo em impacto a.cultural, só não vê quem não quer, pois quando se passa por cima ou pelos lados o espectáculo é literalmente de fachada e com isto deparamos na verdadeira essência do que eles nos querem transmitir, mas eles quem? Existem falhas puras na educação e na maneira de como não se quer ensinar, mas o conteúdo é pragmático porque se cai no favoritismo fácil de educar e agradar a putos que esperam de nós os mais velhos o melhor dos melhores. Eu fiquei triste por ver educadoras a levarem miúdos a um continente para verem um boneco que daqui a 2 ou mais anos está esquecido na memoria, mas fico contente por ainda ter na memoria uma excursão que fiz aquando garoto ao jardim zoológico, ainda tenho na memoria e pelo menos descobri que as galinhas não nascem no continente nem num frigorifico de cozinha.

sábado, maio 13

Se há criativos, eles estão por aqui
Cada vez mais perto!
Se não fossemos tão compulsivos perdíamos ou ganhávamos?

domingo, abril 9


Muito brevemente. Verdade e mentira, pavor e ilusão. Todo o Ser quer e procura a verdadeira essência da felicidade, nada mais pode confrontar o homem senão a busca eterna pela felicidade. Se hoje falamos do eterno retorno ou do ciclo hermenêutico é porque nunca deparamos a essência monstruosa da nossa função. Se para Platão a filosofia é a busca da felicidade, então é porque tem razão, na medida em que ao questionarmos todo o pormenor criativo com que nos deparamos podemos é certo entrar no mundo das verdades e, fugirmos do tal circulo a que a maioria das almas (Ser) está condenado.
Se no mito de Sísifo o pesadelo da pedra no cimo da montanha for concluído então é porque queremos mesmo saber a verdade e entrar na revelação que nos vai libertar do eterno retorno.
Se no filme de Igmar Bergman -Sonata de Outono, as duas e principais personagens “lutam” por uma verdade, que apesar de tudo nunca foi construída neste tal começo de luta, o passado é confrontado com o futuro/presente (nenhuma delas pensou que voltaria a entrar em confronto directo por uma causa tão nobre como a felicidade). Se a mãe (Ingrid Bergman) tinha a sua felicidade no mundo da música, já a filha (Eva) procurava a felicidade numa mãe ausente.
Se hoje andamos confusos, cegos, ou até mesmo se somos desordeiros de um pensamento intacto, então é porque e acredito que seja o melhor caminho para a felicidade que não vai aparecer hoje, mas quem sabe, um dia. Hoje andamos aos circulos, amanha em linha recta.

sexta-feira, abril 7

Um Conto para adultos

Houve em tempos grandiosos um homem que se achava inteligente, mas que na realidade era muito mais inteligente do que ele proprio se achava. Na verdade a vida dele foi feita sempre dentro de um percurso um pouco tradicional mas sempre com uma grande veia progressista. O tal percurso foi maravilhoso porque na realidade ele só deu valor a toda esta riqueza humana e experimental quando de vez em quando olhava para trás e reparava no valente sentido que a vida nos pode dar.
Entretanto com o passar do tempo o seu património cultural, cientifico e humano começou a ter muita e pesada influencia num pequeno país chamado Lvzity, porque todas as pessoas começaram a ter um medo submisso a uma pessoa que simplesmente era genial mas cuja capacidade intelectual aterrorizava o mundo em seu redor. Começando ele a aperceber-se dessa manipulação horrível e tornou-se escravo de uma maneira muito própria, que era o medo do mundo.
Para ele todas as pessoas podiam ser ladras, ele pensava constantemente que os simpáticos queriam roubar a sua inteligência e por exemplo, que os, desordeiros estavam com muita inveja do seu saber e que deveriam ser aniquilados de repente. O império durava à mais de 2 décadas, tinha já um mundo controlado onde os seus empregados o olhavam de uma maneira virtuosa.
Nada o conseguia parar a não ser o amor que tinha em olhar para um belo de um sorriso honesto, até que um dia ele se apercebeu que as pessoas não o amavam pelo que ele era mas sim pela inteligência. A inteligência não lhe dizia nada porque ele achava que se devia aproveitar os dons que Deus lhe tinha dado, então era como se de um serviço público se, trata-se. Com tanto pensar descobriu que o mundo todo era uma fraude e com tanta raiva ficou, que escreveu um livro intitulado :”O Saber que nunca alcança o Ser”. Com este livro ganhou prémios e muitos mais prémios, o que, o deixavam enfurecido, porque mais uma vez era a sua inteligência que ganhara e não ele.
O livro era uma critica pura e dura a toda a forma de ciência e modelos teóricos criados com um intuito puramente de enclausurar o ser numa plataforma fácil e desonesta.
Para tentar remediar esta revelação ontológica, ele parte para uma reestruturação da sua mente. Foi então que descobriu o que poderia significar a morte e, com isto o tempo que ele não teria para compor o seu reino. Partiu o mais rápido possível para a descoberta da sua verdadeira razão de existir. Conheceu mestres, discípulos diferentes, mas não chegou a conclusão nenhuma porque toda a verdade não era diferente de todas as verdades que já possuía. Enlouqueceu, porque deixou de usar a inteligencia para usar a humildade humana e o coração atestado de pura inteligência.

sábado, março 25

Existência!

Breve, rápida.
Liberdade! Sentimos, sabemos.
O grande arquitecto (como os maçons gostam de dizer), teve que ser o pai dela, isto porque se ele foi livre para nos criar, tambem nós temos pedaços dessa criação ou seja possuimos tambem liberdade, porque a liberdade é o unico meio que nos faz aproximar de Deus ou dos Deuses, na medida em que ao sermos imperfeitos, vamos cair em acções imperfeitas e logo a seguir vamos "suplicar" ao grande arquitecto para nos ajudar e assim ficamos "dependentes" dele. Por isso liberdade é má, determinismo pior ainda. Qualquer pessoa que se diz livre nunca o é, é um imperativo não o ser. Mas como combater esta tendencia? Se ser livre é fazer parte da criação, então estamos complectamente dependentes de Deus, mesmo que não queiramos -isto faz com que tudo não passe de uma "birra" de meia, média idade. Se Sartre dizia na Náusea: "estamos condenados à liberdade", é porque tem razão, imaginemos: Se o mundo fosse perfeito, se morrer não tivesse sentido, ou até mesmo se as guerras nao existissem, mas atenção tudo isto é derivado da morte, a morte assusta em qualquer caso, as guerras são sinonimo de morte, as doenças igual a sofrimento ou morte, enfim tudo tem em vista o clima -MORTE, mas se formos fieis vamos acreditar na vida ou numa vida melhor, mas continuando, se tudo fosse perfeito então nunca nos iriamos lembrar de Deus ou dos Deuses, logo a maior arma e cuja "virtude" mais aplaudimos é a nossa maior fraqueza. Hoje ninguem sabe o que é a liberdade, porque ela anda perdida, mas um dia vamos descobrir.
Que a liberdade desapareça e que venha a verdade. Seja ela qual for.

terça-feira, março 21

Não ao sofrimento

Ok, é verdade.
Não entendo a dor emocional, mas entendo a fisica. As diferenças não são muitas, enquanto que umas "matam" (fisicas) outras por sua vez moem (emocionais), já dizia a sábia e popular frase.
Como entender o porquê da nossa existencia? Há também quem lhe chame de Personalismo, apesar de ser (na minha humilde opinião), mas já agora, porque tem de ser -"humilde opinião"?
Quem cabe julgar a nossa humildade? Deus? Mas e quem não acredita, já não é humilde? Os outros - sociedade? Voltemos ao Personalismo. Personalismo é algo, agora vou ser acusado de "básico" por alguem que sabe mais da matéria, mas eu não errei, porque, Personalismo é mesmo algo.
Tenho um amigo ou uma amiga é indiferente, que precisa de um pulmão, eu neguei-o, estou triste.

sexta-feira, março 17

Uma adaptação vinda do Interior

Um homem morto pode ter mais valor que vivo, certo?
Estamos a falar de um homem, não de homens, isto porque, cada caso é um caso e, a generalização da adulteração da verdade vai estar sempre condicionada acerca do homem, que não questiona a simplicidade mas prolifera a verdade, uma verdade que nos torna cépticos e cegos. Mas as verdades e as intenções são puras, é claro, a ignorância refinada é o elemento forte da totalidade de verdades.
Quando surgem as primeiras dificuldades e não somos capazes de encarar isso de uma outra forma, talvez poética, vem o medo, e o desaparecimento de todas as boas memórias escritas, mas divinas.
Ontem eram treze à mesa, hoje continuam os treze mas talvez embriagados, não do vinho de Canã, mas de um vinho diferente e também de uma sede diferente.