Tenho 23 anos, mas gostava de ter 32, o que eu quero é simples. Quero nadar com um escafandro em pleno atlântico, que se lixem as baleias e a GREENPEACE, gostava de ser vizinho de todos os meus professores para lhes poder fazer a vida negra, sem que eles saibam quem os provocara. Gostava de ver Carmina Burana, nu com uma garrafa de whisky rasca apoiada na cabeça de uma norueguesa desdentada e mal cheirosa, viciada em marijuana também ela rasca. Gostava de ser um coqueiro, para atirar cocos a turistas pseudo rebeldes que mijam no meu belo troco castanho, tudo isto sob a forma de ironia rasca.
Num mundo de rascas, eu quero ser o mais rasca, o melhor entre os rascas.
Com tanta malvadez, eu tenho que ser o Lúcifer, não aquele que transporta a luz, mas sim aquele que traz a moral, os valores, a vida decadente, tudo é decadente sem que ninguém se aperceba, a profissão do homem é o marketing e a publicidade, pois é, tudo está camuflado para ser vendido ou dado. Que se lixe o homem, que se lixe a mulher, que se lixe tudo, porque eu sou tudo e sou quem controla tudo, ninguém ouse tocar-me, porque o seu destino será perigoso, e eu sei que todos são perigosos mas ninguém o admite, a ignorância é também ela bela e paradoxal. Mas ninguém a consegue equiparar à minha, eu sou o rei, eu não sou o duplo sou o actor principal, eu não sou o que decora pessoas, eu sou a própria pessoa, eu crio, eu vingo-me eu sou genuíno, eu sou perfeitamente normal.
Com isto tudo, precisava de uma mulher perfeita, alguém tipo uma professora de Historia que conheci quando era pequeno, mas que actualmente fosse da minha idade, alguém que tivesse o sotaque dos Açores, mas que fosse da Gronelândia, uma maluca, uma doida, mas que isso não passa-se de puros devaneios emocionais e simplesmente normais, tinha que ser morena, não… loira, mas… eu também gosto da cor ruiva, isso não interessa, tinha que ser órfã, seria genial encontrar alguém órfã, sempre tive esse fetiche, talvez porque precisaria do dobro do amor e carinho, sim, e eu tenho muito amor e carinho para dar, filha única, pobre, mas não de espírito, erudita, para me manter o espírito aberto, tem que adorar novas tecnologias, tem que ter um espírito de executiva de dia e de pagã à noite, tem que ser criativa e emocionalmente original, para juntos nos rirmos enquanto o charro dura, ou então enquanto a garrafa de whisky rasca perdura. É isso… dói-me a cabeça, vou-me deitar, mas antes, vou regar as minhas pequenas arvores de fruto, devia chover, gostava que chovesse, mas não era preciso ser muito, bastava a noite toda.
Num mundo de rascas, eu quero ser o mais rasca, o melhor entre os rascas.
Com tanta malvadez, eu tenho que ser o Lúcifer, não aquele que transporta a luz, mas sim aquele que traz a moral, os valores, a vida decadente, tudo é decadente sem que ninguém se aperceba, a profissão do homem é o marketing e a publicidade, pois é, tudo está camuflado para ser vendido ou dado. Que se lixe o homem, que se lixe a mulher, que se lixe tudo, porque eu sou tudo e sou quem controla tudo, ninguém ouse tocar-me, porque o seu destino será perigoso, e eu sei que todos são perigosos mas ninguém o admite, a ignorância é também ela bela e paradoxal. Mas ninguém a consegue equiparar à minha, eu sou o rei, eu não sou o duplo sou o actor principal, eu não sou o que decora pessoas, eu sou a própria pessoa, eu crio, eu vingo-me eu sou genuíno, eu sou perfeitamente normal.
Com isto tudo, precisava de uma mulher perfeita, alguém tipo uma professora de Historia que conheci quando era pequeno, mas que actualmente fosse da minha idade, alguém que tivesse o sotaque dos Açores, mas que fosse da Gronelândia, uma maluca, uma doida, mas que isso não passa-se de puros devaneios emocionais e simplesmente normais, tinha que ser morena, não… loira, mas… eu também gosto da cor ruiva, isso não interessa, tinha que ser órfã, seria genial encontrar alguém órfã, sempre tive esse fetiche, talvez porque precisaria do dobro do amor e carinho, sim, e eu tenho muito amor e carinho para dar, filha única, pobre, mas não de espírito, erudita, para me manter o espírito aberto, tem que adorar novas tecnologias, tem que ter um espírito de executiva de dia e de pagã à noite, tem que ser criativa e emocionalmente original, para juntos nos rirmos enquanto o charro dura, ou então enquanto a garrafa de whisky rasca perdura. É isso… dói-me a cabeça, vou-me deitar, mas antes, vou regar as minhas pequenas arvores de fruto, devia chover, gostava que chovesse, mas não era preciso ser muito, bastava a noite toda.